sábado, 17 de dezembro de 2011

Autárquicas em S.Vicente: Do Carmo e Nelita na hora do tudo ou nada

A Comissão Política Regional do PAICV em São Vicente reúne-se neste sábado para decidir quem vai concorrer à Câmara Municipal local com a estampa tambarina: o líder local, João do Carmo, ou a deputada Filomena “Nelita” Vieira. E pelo contar das espingardas na CPR, em que cada um tenta arregimentar milimetricamente o apoio dos 15 membros que integram aquele órgão, é difícil prever para que lado penderá a balança.

Autárquicas em S.Vicente: Do Carmo e Nelita na hora do tudo ou nada
Com cada um a jogar a sua última cartada, é já notável a campanha acérrima que antecede esta reunião da CPR. Um dirigente que pediu anonimato adverte que ninguém deve cantar vitória antecipada, porque a luta entre os apoiantes das duas candidaturas promete ser renhida até à contagem final dos votos.
De ambas as partes há uma firme convicção de vitória. Um apoiante de João do Carmo garante que este jovem político tem “todas as condições para sair dessa reunião da Comissão Política, a que preside, como candidato do PAICV às autárquicas de 2012”. O argumento é que JC poderá colher o apoio da maioria dos membros da CPR (muitos dos quais ajudou a integrar neste órgão), com destaque para os que representam a JPAI e a Federação Nacional das Mulheres do PAICV.
Ainda mais confiante está um dos dinamizadores do projecto autárquico da Nelita. “Feitas as contas, temos já assegurado o voto de pelo menos 9 dos 15 membros da Comissão Política Regional”, avança a nossa fonte, para quem é “quase seguro” que Filomena Vieira terá o apoio da maioria dos membros da CPR.
Tendo o MpD confirmado esta semana o seu apoio à candidatura do edil Augusto César Neves à Câmara Municipal de S.Vicente, a reunião da CPR do PAICV está a ser aguardada com muita expectativa pelos tambarinas. “A vitória ou derrota do PAICV nas autárquicas de 2012 em S.Vicente vai ser jogada este sábado, tudo vai depender da escolha que a CPR fizer. Um é para sonhar, outro é para perder”, avisa um dirigente, para quem os dois concorrentes devem assumir, previamente, o compromisso de manter o partido unido, evitando a reedição do conflito que eclodiu nas presidenciais deste ano.
A sessão do referido órgão contará com a presença do presidente do PAICV, José Maria Neves, do secretário-geral, Armindo Maurício, e do coordenador da Comissão Nacional para as Autárquicas, Júlio Correia, além do vice-presidente, Manuel Inocêncio Sousa, que mediou as negociações entre as duas partes para evitar a realização de primárias.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Adriano Moreira: "O mercado transformou-se numa espécie de credo que ameaça o Estado providencial"

A Europa deve deixar de lado os complexos hegemónicos, combater os seus próprios demónios e não repetir erros do passado neste momento em que a situação mundial atinge patamares de supercomplexidade. A leitura é do professor português Adriano Moreira, que no último sábado recebeu o primeiro título de Doutor Honoris Causa atribuído pela academia em Cabo Verde. O antigo ministro do Ultramar do regime salazarista realça que o mercado transformou-se numa espécie de credo, que ameaça o bem-estar global. O perigo está por todo o lado e no meio de tantas incertezas, Adriano Moreira destaca que Cabo Verde é chamado a desempenhar um papel estratégico na segurança do Atlântico. Neste exclusivo ao asemanaonline, o professor nega que tenha autorizado a reabertura da colónia penal do Tarrafal, mas os documentos provam o contrário.

Adriano Moreira:
Por: João Almeida
Essa crise por que passa a Europa pode significar o fim da economia liberal ou das políticas ditas de direita?
Em primeiro lugar, devo dizer que a situação mundial já corresponde não ao sentido da complexidade, mas da supercomplexidade. Julgo que hoje poucos analistas e académicos serão capazes de dar uma visão racionalizada daquilo que está acontecer no mundo. Em relação à Europa eu julgo que se deve ter em conta o seguinte: depois da conferência de Berlim de 1885 e da decisão que os europeus tomaram de fundar ou terminar aquilo que se chama império euromundista, os discursos dirigidos aos parlamentos os governos dizem claramente que devem dominar as matérias-primas, os mercados dos produtos acabados, as energias. Essa posição de hegemonia originou duas guerras, que foram chamadas mundiais mas que realmente foram guerras civis dos europeus. Foram os demónios interiores europeus que provocaram esse cataclismo com sacrifícios para a humanidade crescentes. A Europa logo a seguir perdeu essa hegemonia.
Está a querer reificar a tese de que a soberania do Ocidente na geopolítica mundial acabou?
É isso, porque a crise não é da Europa. Todo o ocidente está abrangido por esta alteração. O que aconteceu, a meu ver, com a Europa? Eu julgo que no processo europeu houve alguns erros. Em primeiro lugar, a população dos estados europeus em geral não participou nas políticas, só conheceu as políticas pelos efeitos. Em segundo lugar, os parlamentos nacionais escassamente participaram na evolução das políticas europeias. Finalmente, o alargamento da Europa nunca foi precedido de estudos de governabilidade, não há estudos prévios de fronteiras amigas. De todo o modo a circunstância da crise mundial em que nós estamos tem um efeito em relação à Europa: se o senhor ler os relatórios do PNUD do século passado – que foi ontem - vai ver que a fronteira da pobreza que divide as sociedades ricas, afluentes e consumistas das sociedades pobres passava ao sul da Saara; neste momento com o turbilhão do mediterrâneo a fronteira da pobreza ultrapassou o mediterrâneo e portanto há um grande risco para a Europa é que se acentue a uma divisão entre ricos e pobres…
Mas é o fim da economia liberal?
Acho que temos de ser prudentes nisso. Em primeiro lugar, a unidade da Europa tem de ser preservada. Julgo que este é o primeiro grande desafio. Se se deixar aprofundar a diferença entre povos ricos e povos pobres com esta movimentação da fronteira da pobreza e isso afectar o processo europeu, a Europa deixa de ter voz no Mundo e isto tem de ser evitado. Portanto, o primeiro grande desafio é manter a unidade europeia, com alterações que forem necessárias, preservando o Euro porque se o Euro explodir a unidade europeia não poderia manter-se. É uma questão vital para os países mais débeis porque é a unidade europeia que lhes pode manter num caminho de desenvolvimento sustentável.
Órgãos institucionalizados de governança mundial secundarizados
A crise na Europa seria a consequência de certo eurocentralismo e não abertura da economia europeia a novos mercados como África ou ao chamado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China)?
Não, pelo contrário. A Europa é hoje uma economia aberta. Aquilo que penso que foi grave e sério é que os órgãos institucionalizados de governança mundial estão a ser secundarizados. Por exemplo, essa crise económica hoje já global, mas nunca viu convocar o Conselho Económico e Social das Nações Unidas, nem Assembleia Geral das Nações Unidas, contudo viu aparecer um organismo chamado G20 – e que eu já chamo muitas vezes G2 mais 18 – que faz directivas que imagina que pode orientar o G194, ou seja, a Assembleia-Geral das Nações Unidas. Estabeleceu-se também uma espécie de credo do mercado e esse credo não tem regulação porque não há órgãos que a estabeleçam. O mercado deve ser livre, mas precisa de ser regulado, porque há princípios, há ética… Mas não há nenhuma regulação internacional e é por isso que a ordem mundial precisa ser revista.
Concorda com a ideia de que para a Europa manter-se enquanto grupo deve haver um núcleo duro e sem este núcleo o Euro não sobrevive?
Acho que ainda é cedo para falar isso. Em todo o caso qualquer que seja a organização decisória - naturalmente o voto dos países não vai ser igual - é necessário não atingirmos aquilo a que chamamos o directório porque na Europa sempre que houve directório, houve quebra da paz.
Esta ideia de directório remete-nos à tese de colonização por parte da Alemanha, como escrevem alguns jornais europeus, a propósito das dívidas dos bancos portugueses e espanhóis para com a banca alemã...
Acho que em relação ao futuro a única coisa que nós podemos saber é isso: salvaguardar a unidade da Europa. Agora para haver essas decisões é preciso ter presente que vivemos numa época de supercomplexidade. O que significa que juízo de certeza ninguém pode fazer; juízo de probabilidade arriscam-se a ser enganados e juízo de possibilidade é o que está ao nosso alcance. E o que mantém a coesão desses juízos é o objectivo de salvaguardar a unidade da Europa, com pequenos passos, passos seguros e com um limite. Nada que se aproxima do modelo do directório.
O desaparecimento do estado social é deitar a esperança pela janela
Como comenta o facto que essa crise de mercado ter deflagrado em Espanha, Portugal, na Grécia sob governos de esquerda. Diluiu-se a fronteira esquerda/direita, o que vale é o capital?
O que acontece é que a interdependência mundial é suficiente para que a circunstância seja coactiva de qualquer tido de governo, seja esquerda seja da direita. O que acontece neste momento é que a circunstância envolvente coage todos os governos. Agora a resposta dos governos é que podem ser diferentes, com acento tónico num lado ou acento tónico noutro lado. Para mim, há um limite que é o estado social. Acho que o desaparecimento do estado social é deitar a esperança pela janela. O estado social tem de estar presente neste processo evolutivo. Já a caracterização ideológica dos governos está no tal regime da complexidade.
Li há dias a tese de Benoît Hamon, do Partido Socialista francês, de que uma parte da esquerda europeia, à semelhança da direita, deixou de pôr em causa que é preciso sacrificar o Estado providencial, do bem-estar social, para estabelecer o equilíbrio orçamental e agradar aos mercados. Como vê isso?
Não há dúvida de que o mercado transformou-se numa espécie de credo. E o credo do mercado até uma voz: fala pelas estatísticas. E em relação ao estado social julgo que tem duas contribuições fundamentais: uma é a doutrina social da igreja e outra é o socialismo democrático porque convergem em muitos pontos. As pessoas críticas muitas vezes não reparam que as constituições quando estabelecem o estado social estabelecem uma principiologia. Não são disposições imperativas; dizem por exemplo o ensino deve ser tendencialmente gratuito, a saúde deve ser tendencialmente gratuita, porque tem que haver uma relação entre o que se faz e a capacidade financeira de o fazer. Portanto se há uma crise é evidente que a capacidade financeira de enfrentar o estado social diminui. Agora o que seria um erro era eliminar a principiologia porque eliminá-la é deitar a esperança dos povos pela janela. Temos de conseguir responder à crise e reabilitar a capacidade que se perder em muitos aspectos.
Essa resposta tem sido de cortes, de políticas de austeridade, de medidas restritivas, mas os cortes nos salários não podem prejudicar ainda mais a economia real?
É evidente que neste momento - quando o objectivo fundamental para os governos é equilibrar os orçamentos - as restrições que estão a ser feitas vão ter um aspecto negativo na economia real. Por isso exige muita sabedoria porque tem de se equilibrar os orçamentos, mas fazê-lo de maneira que os efeitos negativos sejam menos gravosos possíveis. Sacrifícios já estão a ser inevitáveis, designadamente na parte mais pobre da Europa em que eu incluo Portugal, mas temos de passar por este período de sacrifícios sem deitar fora os objectivos.
Como vê a relação da Europa com o grupo ACP (Grupo de Estados de África, Caribe e Pacífico), no novo contexto?
A Europa tem que remeter para a história a hegemonia e neste momento reconstruir uma relação, sempre no respeito pela contratualização, pelo direito internacional… É um novo paradigma de que ainda andamos à procura.
Já que é um dos promotores da parceria especial entre Cabo Verde e a União Europeia, como vê o futuro dessa parceira?
Como sabe, há uma organização de segurança no Atlântico Norte (NATO), mas neste momento é preciso pensar na segurança no Atlântico Sul. Devemos articular a segurança do Atlântico Norte com a do Atlântico Sul. E digo articular porquê? Porque nem todas as soberanias que estão no Atlântico Sul são de língua portuguesa, mas o número de soberania de língua portuguesa é extremamente importante. E justamente Cabo Verde está na linha divisória e vai ser chamado a responder a esse desafio porque a insegurança do mar está a aumentar, a pirataria volta a aumentar e a circulação marítima vai aumentar pois é mais barata do que os outros meios de circulação… Portanto, isso exige essa organização. O papel de Cabo Verde – tal como a Madeira, Açores, Canárias – é estratégico. A circunstância vai exigir.
E como vê Cabo Verde hoje?
Vejo que o desenvolvimento, sem esconder as carências, é visível. Sobretudo é notável a imagem internacional de Cabo Verde em comparação com a de outros países recentemente independentes. A imagem de credibilidade, de respeito, de cumprimento dos deveres internacional é muito sólida.
Duas faces de um homem: o intelectual que acredita no nível diferenciado do cabo-verdiano; o ministro do Ultramar que autorizou a abertura de campo de trabalhos forçados em Chão Bom
O professor tem dito que aposta no nível cultural do cabo-verdiano, tanto que a Cidade da Praia teve um liceu com o seu nome. Sempre acreditou nessa evolução positiva de Cabo Verde de que acaba de falar desde a independência?
Desde e antes. Eu até, num momento em que era difícil, cheguei a defender que Cabo Verde tinha de ter o mesmo estatuto de que os Açores e a Madeira. Nesse tempo era um passo importante, nunca foi possível na altura conseguir as razões e as oportunidades necessárias, mas há documentação sobre isso. Tive sempre uma grande intimidade com os problemas de Cabo Verde e era evidente que o nível cultural era diferente e Cabo Verde nunca foi um território de indigenato.
Mas há a polémica reabertura da Colónia penal do Tarrafal que tem dado muito que falar nos últimos dias?
O que eu digo é que o Tarrafal estava fechado, quando fui ministro. Por isso, acho que não tenho de me meter na opinião destas pessoas e aconselho a estudar a história do Tarrafal.
História: Assinou a portaria sobre o campo de trabalho forçado de Chão Bom
Apesar de dizer que não tem nada a ver com a colónia penal do Tarrafal, uma portaria de 17 de Julho de 1961 comprova que, enquanto ministro de Ultramar do regime salazarista, Adriano Moreira autorizou a abertura de um campo de trabalho forçado em Chão Bom. O registo histórico está publicado no Boletim Oficial.
Justamente por isso muitos cabo-verdianos questionam a atribuição do Doutor Honoris Causa a Adriano Moreira, ainda que a Universidade do Mindelo justifique que o título foi atribuído ao académico. Não se pode esquecer que por trás do professor há o homem, o político que foi ministro de um dos regimes políticos mais fechados do Ocidente cujo acto afectou negativamente estas ilhas.

sábado, 10 de dezembro de 2011

REAL VERSUS BARÇA

Messi e Ronaldo (foto AP)

José Mourinho e Cristiano Ronaldo, Pep Guardiola e Lionel Messi. São as figuras que, hoje, transcendem a importância do clássico por aquilo que já representam no futebol mundial. Esta noite, escrevem mais um capítulo numa história gloriosa que vai perdurar para sempre. E, por isso, este Real Madrid-Barcelona é também mais do que o jogo mais importante de Espanha.

«O Barça sem Messi é uma grande equipa, mas com Messi é extraordinária. O mesmo acontece com o Real sem e com Ronaldo». A frase de Deco, ao Mundo Deportivo, resume, com simplicidade, o que, afinal, todos pensam. Os dois melhores jogadores da actualidade tornam o clássico ainda mais atractivo e é impossível fugir à ideia de que este também é um jogo entre ambos. Disputam o mesmo espaço mediático e o reconhecimento como melhor do mundo a larga distância da concorrência. Têm-no provado, nesta edição da Liga espanhola, que não há como eles. Com estilos e personalidades diferentes, acabam por estar unidos nos resultados que produzem em campo. Têm ambos 17 golos.

Mas as semelhanças não se ficam por aqui: têm também as mesmas assistências, seis. E, curiosamente, quase os mesmos foras-de-jogo, 13 do argentino contra 12 do português. Carregam, também, os sonhos de milhões de adeptos. Nas duas últimas épocas, Cristiano Ronaldo, 26 anos, bibota de ouro, só marcou três golos ao Barcelona, em sete jogos. Está longe de Alfredo di Stefano, o madridista com mais golos contra os catalães. Messi, por sua vez, está a um passo de tornar-se o melhor marcador de sempre da história do Barça nos clássicos com o eterno rival: em 15 jogos, assinou 13 golos contra Casillas; tem menos um que César. Nas casas de apostas, são os prováveis marcadores para esta noite, claro.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ponto de situação: 200 dias para o início

 

Com os 16 participantes no EURO 2012 confirmados e a prepararem-se para o sorteio da fase final, a 2 de Dezembro, o UEFA.com dá-lhe a conhecer os mais recentes preparativos na Polónia e na Ucrânia.
    Ponto de situação: 200 dias para o início
Adeptos no Estádio Municipal de Wroclaw, a 11 de Novembro, quando a Polónia perdeu com a Itália por 2-0 ©Cyfrasport
 

Ponto de situação: 200 dias para o início

Com os 16 participantes no EURO 2012 confirmados e a prepararem-se para o sorteio da fase final, a 2 de Dezembro, o UEFA.com dá-lhe a conhecer os mais recentes preparativos na Polónia e na Ucrânia.
A contagem decrescente para o UEFA EURO 2012 atinge uma nova fase na segunda-feira, data que assinala 200 dias até ao início da fase final do torneio, em Varsóvia. Os assuntos futebolísticos estão quase decididos, com a fase de qualificação terminada e as 16 equipas a prepararem-se para o sorteio em Kiev, de sexta-feira a uma semana. O UEFA.com faz um ponto de situação de como as coisas estão a progredir fora de campo na Polónia e na Ucrânia.
EstádiosPolónia: O renovado Estádio Municipal de Poznan foi inaugurado no ano passado, seguindo-se, já este Outono, a impressionante Arena Gdansk e, a 11 de Novembro, o Estádio Municipal de Wroclaw. Estão a ser dados os retoques finais no Estádio Nacional de Varsóvia, palco do jogo de abertura do UEFA EURO 2012, e que deve estar concluído no próximo mês.
Ucrânia: A Arena Lviv tornou-se no quarto e último estádio ucraniano a ser apresentado a nível internacional, na passada terça-feira, com a co-anfitrião, orientada por Oleg Blokhin, a vencer a Áustria por 2-1. Quatro dias antes, a selecção tinha inaugurado o renovado Estádio Olímpico de Kiev, que vai acolher a final do UEFA EURO 2012, com um emocionante empate a três golos frente à Alemanha. O Estádio Metalist, com o aspecto de uma teia-de-aranha, em Kharkiv, e a ultra-moderna Donbass Arena foram inaugurados em 2009.
Infra-estruturasPolónia: A reconstrução e reconfiguração das linhas de comboio locais, que servem os estádios em Gdansk, Wroclaw e Varsóvia, estão bem encaminhadas, como parte de uma grande actualização do sistema ferroviário nacional. Está a ser construído um novo sistema de transporte no aeroporto da capital polaca, enquanto decorre uma renovação geral da rede rodoviária polaca.
Ucrânia: O trabalho na rede rodoviária do país prossegue, apesar do obstáculo que constitui o Inverno, e as ligações ferroviárias de alta velocidade também registam evoluções favoráveis. Os aeroportos que servem as quatro cidades-sede sofreram grandes alterações, com terminais modernos, pistas de aterragem maiores e novas torres de controlo em construção ou praticamente concluídas. Verificou-se um investimento significativo em hotéis na capital desde Abril de 2007, quando a organização do UEFA EURO 2012 foi atribuída à Polónia e à Ucrânia.
Equipas-anfitriãsPolónia: A equipa de Franciszek Smuda é imprevisível, mas ainda assim há confiança para o futuro, com base no evidente barómetro dos jogos amigáveis. Ao longo dos últimos 18 meses, a Polónia venceu Costa do Marfim (3-1), Noruega (1-0) e Argentina (2-1); empatou com Alemanha (2-2) e Grécia (0-0) – e perdeu por 2-0 com a Lituânia. Essa inconsistência pode ser a desvantagem de ter uma equipa tão jovem, se conjugada com o talento de elementos como o guarda-redes Wojciech Szczęsny e a dupla do Borussia Dortmund, composta por Robert Lewandowski e Jakub Błaszczykowski, capitão de equipa aos 25 anos. O futuro é brilhante.
Ucrânia: Oleg Blokhin, que guiou a Ucrânia até aos quartos-de-final do Campeonato do Mundo de 2006, regressou ao comando técnico em Abril, mas depois do sucesso inicial a equipa passou por dificuldades, perdendo com França (1-4), Suécia (0-1), Uruguai (2-3) e República Checa (0-4). Essa série de quatro derrotas – um recorde nacional – terminou com o triunfo sobre a Bulgária (3-0), e desde então já venceram Estónia (2-0) e Áustria (2-1), com um emocionante empate 3-3 com a Alemanha pelo meio, há dez dias.
Sorteio da fase final do torneio
O sorteio da fase final do UEFA EURO 2012 vai realizar-se no Palácio das Artes, em Kiev, às 16h00 (hora de Portugal Continental) de sexta-feira, dia 2 de Dezembro. As 16 equipas vão ser sorteadas em quatro grupos de quatro, para a prova que começa dia 8 de Junho de 2012.
Pote 1: Espanha (vencedora em 1964, 2008), Holanda (1988), Polónia, Ucrânia
Pote 2: Alemanha (1972, 1980, 1996), Itália (1968), Inglaterra, Rússia (1960)
Pote 3: Croácia, Grécia (2004), Portugal, Suécia
Pote 4: Dinamarca (1992), França (2000), República Checa (1976), República da Irlanda
BilhetesOs adeptos podem revender os seus bilhetes para o UEFA EURO 2012 ao preço de custo e à primeira oferta, através da plataforma de revenda de bilhetes oficial do UEFA EURO 2012, até 1 de Março de 2012.
Mascotes
Slavek e Slavko vão suceder a Trix e Flix, que fizeram as delícias dos espectadores presentes no UEFA EURO 2008. As novas mascotes somaram 56 por cento numa votação pública, realizada o ano passado.
Voluntários
Entre Junho e Outubro, 23.965 candidatos (um recorde na competição), provenientes de 142 países, candidataram-se a 5.500 vagas. As entrevistas terminaram na semana passada, com uma rapariga a viajar desde a Austrália para ter a sua, e a lista final ficará concluída até ao fim do ano. No entanto, o processo de formação já começou, e 270 voluntários vão assistir ao sorteio da fase final.
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Declaração no encerramento da Missão do FMI em Cabo Verde

Uma Missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) liderada por Janet Stotsky visitou Cabo Verde entre 15 e 29 de Novembro de 2011 com o objectivo de discutir a segunda e última revisão do Instrumento de Apoio às Políticas (PSI), aprovado pelo Conselho Executivo do FMI em Novembro de 2010.
A missão manteve encontros com o Primeiro-Ministro, José Maria Neves, com a Ministra das Finanças e Planeamento, Cristina Duarte, com o Governador do Banco de Cabo Verde, Carlos de Burgo, e com outros funcionários do governo e representantes da sociedade civil, com os parceiros de desenvolvimento e com o sector privado. Concluída a visita, a chefe da missão emitiu o seguinte comunicado:
"A economia de Cabo Verde está a expandir a um ritmo mais moderado, apoiada na actividade de um sector de turismo forte e na implementação do programa de infra-estruturas públicas. Não obstante, cresceram os riscos às perspectivas diante da continuidade das dificuldades económicas e financeiras na Europa. Houve também uma retomada da inflação este ano, resultado da alta dos preços dos combustíveis e dos bens alimentares, muito embora a inflação subjacente continue contida. O orçamento está a ser executado de acordo com o programa alargado de gastos públicos com infra-estruturas, essencialmente financiado com créditos externos altamente concessionais. A paridade da moeda continua a actuar como uma adequada âncora monetária. A contenção, por parte do governo, da sua política fiscal e monetária no final de 2011 ajudaram a conter a perda de reservas, embora os défices corrente externo e da conta financeira se tenham alargado de maneira significativa em relação ao ano passado".
A missão saúda o compromisso das autoridades de reduzir o défice púbico e de exercer contenção ao crédito em 2012 para conter o impacto dos choques externos, e acrescenta que as autoridades precisarão de responder atempadamente e com flexibilidade à evolução do cenário económico e financeiro. As autoridades deverão assegurar que a rede de protecção social continue a ser adequada para atender às necessidades da população mais vulnerável, e que os gastos de capital sejam de alta qualidade; num ambiente de crescimento mais moderado, será necessário criar espaço suficiente para o crescimento do crédito privado.
Segundo a avaliação da missão, os rácios do serviço da dívida pública continuam dentro de parâmetros moderados; mas a missão recomenda que as autoridades se comprometam com um quadro fiscal e monetário de médio prazo que reduza o rácio dívida pública externa/PIB a um nível abaixo de 50% do PIB e que aumente a cobertura das reservas.
As autoridades continuam a registar progressos no âmbito das reformas estruturais para aprimorar o sistema fiscal, a gestão das finanças públicas e a transparência e a implementação da política monetária, todos elementos fundamentais para apoiar o crescimento económico e a competitividade.
A missão reconhece os esforços das autoridades no sentido de reforçar o quadro legislativo para o sector financeiro e incentiva vigilância na supervisão das instituições financeiras, considerando os elevados riscos internos e mundiais. Há espaço para intensificar o ritmo da reestruturação das empresas públicas deficitárias e para melhor integrar o fundo da segurança social e as autarquias na formulação das políticas fiscais e na gestão das finanças públicas.
A segunda avaliação do PSI deverá ser examinada pelo Conselho Executivo do FMI no final de Janeiro de 2012. A missão agradece às autoridades a excelente colaboração e hospitalidade."
CASO "PARQUE-AUTO E OFICINAS DA POLÍCIA NACIONAL": FINANÇAS QUASE ENTREGA TERRENO DE BANDEJA À SOGEI~

Os jurisconsultos Vieira Lopes e David Lima apresentaram na terça-feira, 29 de Novembro, uma acção ao Ministério Público para impedir que, "por inação" do Ministério das Finanças, um importante lote de terreno na Várzea da Companhia vá parar à posse da Sogei, imobiliária de Jorge Spencer Lima, "Scapa". Em disputa está o espaço onde outrora existiram as oficinas da Polícia e das Obras Públicas e onde a Sogei conta erguer um hotel de cinco estrelas depois de anular, através de um embargo judicial, a titularidade do espaço pelo Estado. O património em causa está estimado em 60 mil contos. O caso já reportado pelo A NAÇÃO é de novo retomado com novos elementos.

AUTÁRQUICAS’2012: MPD ANUNCIA CANDIDATOS NA SEGUNDA-FEIRA

O MpD deve começar a anunciar, a partir da próxima segunda-feira, 5, os nomes dos seus candidatos para as autárquicas de 2012. As sondagens terminaram ontem, quarta-feira, e, para já, ditaram várias surpresas.
Terminou, quarta-feira, 30, os estudos de opinião encomendados pelo MpD antes de escolher os candidatos para as autárquicas de 2012.
 
AMBIENTE: ATERRO SANITÁRIO DE SANTIAGO "NASCE" CHEIO DE MAUS VÍCIOS


A construção do Aterro Sanitário de Santiago nem bem começou e já é alvo de um braço de ferro entre a Câmara Municipal de São Domingos, os alegados proprietários do terreno e o Governo. Dois embargos – um administrativo e outro judicial – , já foram avançados contra o empreendimento, cujo custo está avaliado em 8,5 milhões de euros, financiados pela União Europeia e o Governo de Cabo Verde.
 
CULTURA: HIP-HOP DO MINDELO AINDA ESTÁ VIVO

Animadores de antena das rádios no Mindelo (São Vicente) falam sobre as músicas que chegam aos seus programas, do que falam os jovens que fazem do Hip-Hop Crioulo uma forma de intervenção. O Movimento ainda não morreu, consideram, mas o futuro parece sombrio.

DUDÚ RODRIGUES: UM ARTISTA EM CONSTRUÇÃO

Com apenas 23 anos, Dudú Rodrigues, activista cultural e artista plástico, já participou em várias exposições individuais e colectivas, workshops no país e no estrangeiro. Após seis anos de estrada, hoje sente-se mais maduro na sua arte, mesmo assim considera-se um "artista em construção", em busca de um sonho: ver a arte plástica mais valorizada.

CÔNSUL-GERAL DE CABO VERDE NO BRASIL, AGUINALDO ROCHA, AVISA:"A CRISE SÓ SE COMBATE COM INVESTIMENTOS"

Aguinaldo Rocha, cônsul-geral de Cabo Verde em São Paulo, Brasil, entende que o Governo pode estar a entrar numa via perigosa ao pretender combater a crise com contenção de investimentos. Rocha baseia-se na experiência brasileira onde essa cartilha, depois de vários anos de implementação, teve de ser posta de lado.

URBANISMO: DO INFERNO PARA O ALTO DA GLÓRIA... MESMO ASSIM AO "DEUS-DARÁ"

Os moradores do Alto da Glória (antigo Inferno), bairro espontâneo surgido há mais de 10 anos e situado entre Terra Branca e Achada Eugénio Lima, acusam a Câmara Municipal da Praia (CMP) e o Governo de nada fazer para melhorar as suas condições de vida. Aqui, reclamam, falta tudo. E dizem-se por isso entregues ao "deus-dará".
 
CASAS DE LATA DE SÃO VICENTE PREOCUPAM…MAS SEM SOLUÇÃO À VISTA

As casas de lata espalhadas pela ilha de São Vicente são motivo de preocupação de políticos, muitas vezes, nas épocas eleitorais. O problema é antigo e, longe de diminuir, aumenta a cada dia que passa. Será culpa de quem?

ESTÁDIO DA VÁRZEA: UM ELEFANTE BRANCO QUE NÃO ILUMINA

Inaugurado há mais de nove meses, com pompa e circunstância, o sistema de iluminação artificial do Estádio da Várzea (na Praia) continua sem poder "dar a luz", impedindo, assim, aos "rebentos" de desfrutarem de um investimento que ultrapassou os 20 mil contos.
No dia da inauguração, em plena campanha para as Eleições Legislativas de 2011, e após a actuação de Jorge Neto e de uma sessão de fogo-de-artifício, o edil Ulisses Correia e Silva prometeu luz para o futebol da Região Desportiva de Santiago Sul, evitando, assim, a realização de jogos e treinos sob o sol abrasador do início da tarde. So que até esta data não passou de promessa.

Relacionamento no Atlântico Sul e oportunidades para Cabo Verde

Este é o tema de uma conferência que a ilha de São Vicente acolhe nesta sexta-feira, 2 de Dezembro, no quadro do Cluster do Mar e do Centro Internacional de Negócios. A conferência é antecedida pela assinatura de um acordo de cooperação entre a CI - Cabo Verde Investimentos e a Sociedade de Desenvolvimento da Madeira.

O acordo visa a implementação do Centro Internacional de Negócios, um projecto aguardado com enorme expectativa pelas, sobretudo pelas autoridades e instituições económicas e empresárias de Cabo Verde, particularmente da ilha de São Vicente.
As mudanças em curso no xadrez internacional e que colocam novos desafios e oportunidades no Atlântico Sul também chamam a atenção do país, que de acordo com a Câmara do Comércio de Barlavento, deverá posicionar para potenciar as vantagens comparativas da sua situação na encruzilhada do Atlântico, na perspectiva do desenvolvimento do Cluster do Mar e do Centro Internacional de Negócios.
Que relações devem ser desenvolvidas com o Atlântico Sul? Qual o papel que se espera dos protagonistas nessas relações? Que oportunidades e ameaças para as regiões e para os países no corredor Atlântico? Qual o posicionamento de Cabo Verde neste contexto? Que lições das Zona Franca de Madeira? Estas são algumas questões que vão ser respondidas na conferência desta sexta-feira, 2 de Dezembro, em São Vicente.
Os conferencistas são Luís Amado, economista e especialista em políticas e estratégias e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, e Francisco Costa, presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira.

Nani nomeado para equipa ideal do ano

O luso-cabo-verdiano do Manchester United, Nani, está na lista dos 55 futebolistas nomeados para a equipa do ano de 2011. O “onze” ideal, instituído pela FIFA e pelo sindicato internacional de futebolistas profissionais (FIFPro), será divulgado no dia 9 de Janeiro de 2012, conjuntamente com o prémio de melhor jogador do mundo, o qual o internacional português também está entre os 23 nomeados.

Nani nomeado para equipa ideal do ano 
 
A lista de 55 futebolistas é feita num conjunto de 50 mil jogadores profissionais dos dois organismos, a FIFA e a FIFPro. A equipa será formada por um guarda-redes, quatro defesas, três médios e outros três avançados. Além de Nani, Cristiano Ronaldo, Pepe e Ricardo Carvalho são os outros portugueses entre os 55 candidatos.
A campeã mundial e europeia Espanha lidera a lista, com 12 candidatos, seguida do Brasil (oito), Alemanha, Inglaterra (ambos com cinco) e Portugal (quatro). Mas ainda há craques de França, Holanda, Itália, Costa do Marfim, Argentina, Uruguai, Sérvia, Suécia, Camarões, Colômbia, País de Gales, Bélgica.
Nesta sua estreia nos nomeados, Nani aparece na lista dos médios – apesar de ser um estremo – e terá concorrência forte de jogadores como Xavi Alonso, Garath Bele, Iniesta, Kaká, Lampard, Pirlo, Ozil, Touré, Xavi, entre outros.
Os 55 candidatos:
Guarda-redes: Buffon (Itália, Juventus), Casillas (Espanha, Real Madrid), Neuer (Alemanha, Bayern Munique), Valdes (Espanha, Barcelona), Van der Sar (Holanda/Manchester United).
Defesas: Abidal (França, Barcelona), Daniel Alves (Brasil, Barcelona), Ricardo Carvalho (Portugal, Real Madrid), Ashley Cole (Inglaterra, Chelsea), Patrice Evra (França, Manchester United), Rio Ferdinand (Inglaterra, Manchester United), Vincent Kompany (Bélgica, Manchester City), Philipp Lahm (Alemanha, Bayern Munique), Lucio (Brasil, Inter), David Luiz (Brasil, Chelsea), Maicon (Brasil, Inter), Marcelo (Brasil, Real Madrid), Nesta (Itália, AC Milan), Pepe (Portugal, Real Madrid), Piqué (Espanha, Barcelona), Puyol (Espanha, Barcelona), Sérgio Ramos (Espanha, Real Madrid), Thiago Silva (Brasil, AC Milan), John Terry (Inglaterra, Chelsea), Vidic (Sérvia, Manchester United).
Médios: Xabi Alonso (Espanha, Real Madrid), Gareth Bale (Gales, Tottenham), Sérgio Busquets (Espanha, Barcelona), Fabregas (Espanha, Barcelona), Iniesta (Espanha, Barcelona), Kaka (Brasil, Real Madrid), Lampard (Inglaterra, Chelsea), Nani (Portugal, Manchester United), Mesut Ozil (Alemanha, Real Madrid), Andrea Pirlo (Itália, Juventus), Schweinsteiger (Alemanha, Bayern Munique), David Silva (Espanha, Manchester City), Wesley Sneijder (Holanda, Inter), Yaya Toure (Costa do Marfim, Manchester City), Xavi (Espanha, Barcelona).
Avançados: Aguero (Argentina, Manchester City), Benzema (França, Real Madrid), Edinson Cavani (Uruguai, Nápoles), Drogba (Costa do Marfim, Chelsea), Samuel Eto¿o (Camarões, Anzhi), Radamel Falcão (Colômbia/Atletico Madrid), Mario Gomez (Alemanha, Bayern Munique), Ibrahimovic (Suécia, AC Milan), Lionel Messi (Argentina, Barcelona), Neymar (Brasil, Santos), Cristiano Ronaldo (Portugal, Real Madrid), Wayne Rooney (Inglaterra, Manchester Utd), Luis Suarez (Uruguai, Liverpool), Robin van Persie (Holanda, Arsenal), David Villa (Espanha, Barcelona).

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Neymar afirma preferir Neymar a Messi (foto AP)
 
«Neymar é melhor que Messi» - Pelé


Pelé aproveitou a antevisão de um possível encontro entre Barcelona e Santos no próximo Mundial de Clubes, para dizer que a nível individual prefere Neymar a Messi.

«Individualmente Neymar é melhor que Messi. Ele remata com o pé esquerdo, com o pé direito, é um excelente jogador. Tem facilidade para descair para as duas alas. Para mim, individualmente, é o melhor», afirma o mítico brasileiro.

Sobre o jogo entre Santos e Barcelona, Pelé acredita que vai ser uma partida dura para os espanhóis: «Se não houver nenhum desastre, o Santos e o Barcelona vão passar à final. Estou seguro que, jogando-se apenas num jogo, será mais duro para o Barcelona que para o Santos».

Para Pelé, há apenas um factor que diferencia o Barcelona do Santos, a estabilidade: «A única coisa em que o Barcelona supera o Santos é que jogou 4 anos com a mesma equipa».

O brasileiro diz que numa partida as diferenças são mínimas e que «tudo pode acontecer», deixando palavras de incentivo à sua antiga equipa, o Santos, que vai participar no Mundial de Clubes, em Dezembro, no Japão.

Oásis Atlântico investe 25 milhões de euros em hotel de luxo em Cabo Verde

O grupo hoteleiro português, Oásis Atlântico, vai erguer mais um hotel na ilha do Sal. O novo Oásis Salinas Sea será uma unidade de cinco estrelas com 338 quartos e abrirá as portas entre Maio e Junho de 2012. A confirmação é do administrador executivo do grupo, Alexandre Abade, adiantando que se trata de “um investimento de cerca de 25 milhões de euros”.

Oásis Atlântico investe 25 milhões de euros em hotel de luxo em Cabo Verde
O Oásis Salinas Sea vai contar com 338 quartos, incluindo um resort, num espaço de 17.500 metros quadrados, a cerca de 15 minutos do aeroporto internacional Amílcar Cabral.
“Esperamos que esta unidade seja a alavanca para o grupo Oásis dar um salto qualitativo na presença hoteleira de Cabo Verde”, defendeu Alexandre Abade, ao Diário Económico.
Actualmente, o grupo tem seis unidades, quatro hotéis de quatro estrelas em Cabo Verde: Oásis Atlântico Belorizonte e Oásis Atlântico Novorizonte na Ilha do Sal, o Oásis Atlântico Praiamar, na ilha de Santiago, e o Oásis Atlântico Porto Grande, em São Vicente, e dois hotéis de cinco estrelas no Complexo Fortaleza, no Brasil: o Oásis Atlântico Imperial e Oásis Atlântico Fortaleza.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Defensor de Cabo Verde no Congresso dos EUA anuncia retirada

 

Com a decisão do representante de Massachusetts, Barney Frank, de não se recandidatar ao cargo nas eleições de 2012, perde-se em Washington, uma das vozes que mais sensibilizou o Congresso americano a favor de Cabo Verde.

Defensor de Cabo Verde no Congresso dos EUA anuncia retirada 
 
Em Junho, durante um jantar de gala em homenagem ao antigo Presidente Pedro Pires, Barney Frank assegurou às autoridades cabo-verdianas de que trabalharia para que Cabo Verde seja o primeiro a conseguir o segundo pacote do Millennium Challenge Corporation (MCC).
Frank, um democrata e ex-professor da Universidade de Harvard, disse nesta segunda-feira, 28, que sua decisão de não se recandidatar foi motivada, em parte, pela nova distribuição dos círculos eleitorais, em Massachusetts, após os resultados do recenseamento de 2010.
Com essas mudanças, o Distrito 4 – que cobre Boston, Brookline, Newton, Bedford e Fall River –, perderá a cidade baleeira (New Bedford), uma área que historicamente vota no Partido Democrata.
O Presidente Barack Obama divulgou um comunicado elogiando o serviço público prestado à nação por Barney Frank, reclassificando o deputado como um "defensor feroz do povo de Massachusetts e dos norte-americanos”.
Frank, eleito pela primeira vez para a Câmara dos Representantes em 1980, é actualmente presidente da Comissão Financeira do Congresso e um impulsionador das reformas da Wall Street, depois do colapso financeiro de 2008.
"Uma das vantagens de não correr para a função é que não terei de fingir que gosto de pessoas de quem realmente não gosto", brincou o Congressista na conferência de imprensa que convocou para dar a conhecer sua decisão de não se recandidatar nesta terça-feira 29.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Exibição de mariachi mexicanos (foto de arquivo) (foto AP)
Unesco: ritual índio e música mariachi também são património imaterial
 
Além do fado, a Unesco reconheceu também este domingo a música mariachi, do México, como herança cultural imaterial da humanidade.

A organização já tinha divulgado uma lista de manifestações típicas que devem ser urgentemente protegidas, como o yaokwa, a principal cerimónia do calendário ritual dos enawenê-nawê, povo indígena do noroeste do Mato Grosso, no Brasil.

Entre os escolhidos, um ritual agrícola de plantação de arroz realizado em Hiroshima, no Japão; o conhecimento dos xamãs de Yuruparí, na Amazónia colombiana; um desfile de cavaleiros realizado na República Checa ou a peregrinação a um santuário inca do Peru.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Cristina Duarte e Carlos Burgo em ponto de rebuçado

As relações entre a ministra das Finanças, Cristina Duarte, e o Governador do Banco de Cabo Verde, Carlos Burgo, estão ao rubro. Depois do bate-boca público à volta do Orçamento Geral do Estado para 2012 numa autêntica “sabatina” sobre Finanças Públicas, o ambiente é de cortar à faca entre estas duas instituições que devem transmitir ao país e ao mundo um clima de estabilidade macro-económica.

Cristina Duarte e Carlos Burgo em ponto de rebuçado
A gota de água que fez transbordar o copo caiu na última terça-feira, quando Carlos Burgo resolveu esticar ainda mais a corda, ao impedir dois técnicos das Finanças de participar nas reuniões entre o Banco Central e uma missão do FMI, que se encontra em Cabo Verde. Um acto temerário de Burgo que, além de alterar uma prática de há largos anos, é reputado por analistas económicos como sendo de extrema gravidade. Um ex-responsável do Banco Central chega mesmo a vaticinar que, à luz da lei, este incidente dá à ministra razões suficientes para demitir o governador do BCV.
Está instalada uma profunda crise institucional entre o Banco de Cabo Verde e o Ministério das Finanças. Na origem, os números do Orçamento de Estado para 2012, que Cristina Duarte defende com unhas e dentes, e Carlos Burgo critica, pelo seu carácter “despesista”.
Mas a gota que fez transbordar o copo aconteceu esta semana, perante uma equipa do Fundo Monetário Internacional que está em Cabo Verde em missão regular de serviço. O governador do BCV, segundo fontes do A Semana, impediu dois técnicos do Ministério das Finanças de acompanhar as reuniões de trabalho entre o Banco Central e os técnicos do FMI, como, aliás, é prática há vários anos. A postura radical de Carlos Burgo, exactamente na presença de uma equipa daquele organismo da Bretton Woods, caiu mal junto do Ministério das Finanças, que a interpretou como uma reacção extrema à dura resposta de Cristina Duarte aos reparos feitos pelo governador do BCV ao OGE de 2012.
A governante, agastada com as críticas “inoportunas” de Carlos Burgo disse, nas vésperas do debate parlamentar sobre o OGE, em alto e bom som que “o BCV não precisa ensinar a missa ao vigário”. Mais, mandou dizer ao governador do BCV que é ela quem manda na política financeira do país.
Terá sido essa “boca” da Kity que levou Carlos Burgo a mostrar que também no BCV é ele quem manda, e barrou a entrada aos técnicos das Finanças que normalmente acompanham as reuniões entre o FMI e o Banco Central. O certo é que este incidente acabou por entornar o caldo, mergulhando de vez as duas instituições numa grave crise institucional, sem precedentes em Cabo Verde. O clima é de forte tensão.

Ataque e contra-ataque

Na verdade, os sinais de algum desacordo entre Cristina Duarte e Carlos Burgo começaram a surgir já nas projecções sobre o desempenho da economia cabo-verdiana para os próximos tempos. O governo perspectiva um crescimento de 6-7 por cento, enquanto o BCV revê esse indicador em baixa – entre 4 e 5 por cento este ano, havendo indícios de abrandamento em 2012.
Os pontos de vista diferentes das duas instituições acentuaram-se nas vésperas da aprovação do OGE, quando o governador do BCV criticou o “irrealismo” que rodeou a elaboração do documento. Ao apresentar o relatório sobre a Política Monetária nacional, Burgo disse ao país e a quem o quisesse ouvir, que o quadro orçamental para 2012 aponta para uma desaceleração das receitas fiscais, uma queda dos donativos, aumento das despesas correntes, redução das despesas de investimento. Tudo contribuindo também para a desaceleração da economia.
E de conta em conta, o governador do BCV veio publicamente recomendar uma moderação no recurso ao endividamento interno, única forma, segundo ele, de estabilizar as reservas sem penalizar o financiamento ao sector privado. Ou seja, entende Carlos Burgo que o recurso sistemático do Governo à divida interna poderá sufocar os privados nacionais, fragilizando, desta forma, a economia.
De desabafo em desabafo, o governador do BCV ainda faz correr tinta numa longa entrevista ao jornal Expresso das Ilhas e assinando artigos de opinião publicados nos jornais da praça onde vai dizendo que a política orçamental adoptada pelo governo nos últimos anos, o de 2012 em particular, tem sido expansionista. Pede mais “qualidade dos investimentos públicos para que possam traduzir-se no aumento do potencial de crescimento da economia”, e sugeriu cortes radicais nas despesas de investimento. Cabo Verde, segundo o governador do BCV, é um país de risco baixo, mas que se aproxima do nível de risco moderado, o que obriga a que “a política de endividamento e o investimento tenham em conta o risco acrescido”.
Em reacção, a ministra das Finanças garantiu que o programa de investimentos não vai parar porque, a acontecer, seria pior para Cabo Verde.
Embora admita riscos devido à crise internacional, Cristina Duarte disse não haver sinal de recuo dos parceiros internacionais: “Temos projectos financiados pelo Banco Africano de Desenvolvimento, com o Banco Mundial e a União Europeia, que não dão nenhum sinal da suspensão dos desembolsos”. Também no que respeita aos projectos financiados por Portugal, a governante garantiu que tudo continua como estava e que o governo português não deu nenhuma indicação de suspender qualquer programa ou financiamento.
“Portanto, o BCV não precisa ensinar a missa ao vigário”, concluiu Cristina Duarte. A frase, forte por sinal, não mereceu qualquer reacção pública do governador do Banco de Cabo Verde. Mas a resposta de Carlos Burgo não se fez esperar e veio de forma radical, rompendo com tudo o que pudesse restar de “djunta-mon” e coabitação pacífica entre as duas instituições: impediu os técnicos das Finanças de entrar no BCV e participar nas reuniões com o FMI. Um caso sem precedentes e que abriu uma enorme ferida entre o Banco Central e o Governo.

Ponto de ruptura

Para alguns analistas, as relações entre o Governo e o Banco Central devem ser sempre as mais cordiais e consentâneas, pois “o Banco Central é o instrumento de política financeira do Governo. O BCV é o principal fornecedor de dados ao Ministério das Finanças”. Entretanto, analisa um economista, os últimos acontecimentos fizeram com que Cristina Duarte e Carlos Burgo atingissem o ponto de ruptura.
“O que aconteceu dá à ministra das Finanças ene razões para propor ao Conselho de Ministros a demissão do governador do BCV, por interfererir nas políticas do governo – o BCV tem como função criar e garantir a estabilidade financeira do país, pelo que nunca o governador pode contestar ou criticar publicamente as políticas do governo. Isso é contradizer a função do Banco Central e constitui razão suficiente para provocar a demissão do governador com justa causa”, analisa um ex-governador do BCV.
O nosso interlocutor esclarece ainda que o governador do BCV “não pode fazer política, limita-se a executar as políticas financeiras adoptadas pelo governo”. “O governador pode até sugerir ou propor alterações ao Orçamento mas, internamente, e nunca na comunicação social. E Carlos Burgo cometeu essa gaffe de extrema gravidade porque em vez de criar estabilidade está a perturbar o sistema, dizendo ao mercado que o que o governo afirma é falso, o que não é de todo a sua função. O BCV, tal como INE, limitam-se a fornecer dados, sem os interpretar. Quem faz isso é o governo e os analistas. Portanto, agindo desta forma, Burgo deu motivos para Cristina Duarte o demitir com justa causa, alegando falta de confiança”, conclui esse analista, que já foi dirigente do BCV.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Jesus e a liderança: «O Benfica só depende de si»

 


 





 







 
Jesus espera um jogo apaixonante contra o Sporting, como são sempre os dérbis, e diz que este ano os leões têm mais qualidade que no ano passado. Repetir a exibição de Manchester é o que o técnico das águias pretende e vencer, claro, para continuar na frente e espreitar o resultado do FC Porto.
«Os dérbis Benfica x Sporting são jogos sempre apaixonantes, jogos pelos quais os adeptos têm uma paixão muito forte», começou por dizer o treinador do Benfica, na conferência de imprensa de antevisão ao desafio com o rival lisboeta. «Amanhã vai ser igual. Temos o nosso rival, da nossa cidade, queremos jogar ao nível que jogámos em Inglaterra, estamos confiantes e sabemos que somos capazes de o fazer».

«Vai ser um jogo intenso e com muita qualidade. O Sporting este ano, na minha opinião, tem jogadores mais evoluídos do que no ano passado. Vai ser um jogo muito bem disputado», projectou. O treinador dos encarnados considera que o Sporting tem «jogadores que individualmente podem fazer a diferença», tecnicamente evoluídos, que «carregam a equipa» e muito «fortes no último passe e no passe longo». Esperando que a equipa de Domingos Paciência aposte maioritariamente no contragolpe, Jesus garante que a sua equipa está «preparada».
A liderança está à vista para qualquer uma das equipas que se defrontam este sábado e o que Jesus pretende é vencer e ficar à espera de um deslize dos dragões.

«Também me lembro que no ano passado, à quinta jornada, quando nos defrontámos, o Sporting tinha sete pontos e o Benfica três, portanto as situações perspectivam-se melhores para o Benfica este ano porque tem mais pontos e está melhor classificado que no ano passado. Para ficar em primeiro o Benfica só depende de si», atirou, Jesus, completando de seguida: «E depende, claro, do resultado do FC Porto».
«Nos dérbis não há favoritos», atira o técnico das águias, que usa a classificação da temporada passada, quando as duas equipas se defrontaram, para comprovar isso mesmo: «A classificação da época passada diz-nos que não transmite favoritismo nenhum. Espero que jogo tenha muita qualidade dentro de campo e que fora do campo ambas as claques façam deste jogo uma festa».
Ainda assim, e não atribuindo qualquer favoritismo à sua equipa, Jesus deixa elogios ao Sporting, que está «mais forte que no ano passado», algo que se deve à «qualidade» dos jogadores que este ano aumentaram ainda mais a qualidade que o plantel leonino já possuía.

Saviola «de certeza», Luisão em dúvida
Questionado sobre os jogadores disponíveis para a partida de amanhã, Jorge Jesus foi directo: «O Saviola de certeza. Quanto ao Luisão, amanhã temos treino e ainda há a possibilidade de fazermos um último teste. Mas o Saviola sim, está a 100 por cento».
Caso Luisão não recupere, o técnico não se mostra preocupado. Há três soluções para alinharem ao lado de Garay no eixo da defesa: «Miguel Vítor, Jardel e Javi. São três opções, até lá vou optar, caso seja necessário», sublinhou.

O jogo de Inglaterra pode ter desgastado a equipa e por isso Jesus vai decidir apenas amanhã quem vai lançar na partida.
João Capela? Interessa a qualidade, não a experiência
Jesus não quis comentar a nomeação de João Capela para dirigir o dérbi, muito criticada pela suposta falta de experiência do árbitro. «A qualidade de um árbitro, de um jogador ou de um treinador não se vê pela experiência. Quando se tem qualidade, independentemente de ter poucos anos de arbitragem, que me parece o caso, não se coloca essa questão».
O mesmo diz o técnico das águias quanto aos vários jogadores  que se preparam para disputar um dérbi lisboeta pela primeira vez. «A experiência tem a ver com qualidade. Logo, jogar mais ou menos dérbis, pode não ser muito importante. Há jogadores que ainda não tiveram esse privilégio, porque é um privilégio estar num dérbi destes, mas são jogadores com qualidade, experiência de selecção, dérbis nos seus países», justificou, lembrando que ainda assim, na Europa não há muitos dérbis com a dimensão de um Benfica x Sporting.
Caixa de segurança «não me diz respeito»
Tema polémico em semana de dérbi, a caixa de segurança onde vão ser «colocados» os adeptos do Sporting. Jesus diz que «há coisas mais importantes sobre o jogo para se discutir» e prefere não comentar temas que não lhe dizem respeito. «O que me importa é que os meus jogadores e os do Sporting justifiquem, dentro de campo, quem é o melhor, que proporcionem um bom espectáculo».

No trilho certo
Questionado sobre os empates que as águias somaram em Manchester, na Luz diante do emblema inglês, no Dragão e na recepção ao FC Basel, Jesus desvalorizou. «O que passou já foi, estamos sempre a melhorar. Estamos no caminho certo, tentamos sempre ser humildes e melhorar, não pensamos que já conquistamos alguma coisa porque não conquistamos nada»

Jorge Humberto, um cabo-verdiano de sucesso em Portugal

Jorge Humberto defende hoje, 25, a sua tese de mestrado na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa. Filho de cabo-verdianos optou por viver em Portugal, mas sem nunca se desligar de Cabo Verde, que agora foi reencontrar no “Bairro Alto da Cova da Moura nos Títulos de Imprensa”. Director de uma empresa de comunicação que trabalha com empresas crioulas e portuguesas, este cabo-verdiano tem trilhado uma carreira de sucesso em terras lusas.

Jorge Humberto, um cabo-verdiano de sucesso em Portugal 
 
Na realidade, Jorge Humberto Ramos Fernandes nasceu em Angola, um “menino Jesus” de 1970. Quis o destino que a mãe, Rosa Pereira Ramos, natural de Chã das Furnas, em Ribeira Grande, Santo Antão, o fosse dar à luz no dia 25 de Dezembro em Angola. Com o marido, Eugénio Fernandes de Andrade, natural de Mosteiros, Fogo, viajam mais tarde para Cabo Verde, onde chegam a 5 de Julho de 1975, dia em que o arquipélago se torna independente.
Dois anos depois, a família ruma a Portugal, e fixa residência na Amadora, onde ainda hoje Jorge Humberto vive e constrói carreira. Um concelho com forte presença da emigração cabo-verdiana e que agora serve de tese de mestrado deste crioulo que se licenciou em Ciências da Comunicação, uma influência do seu irmão Rui Pereira, actualmente administrador da TIVER, na Praia.
A tese de mestrado analisa o bairro Alto da Cova da Mora nos títulos de imprensa portuguesa - os diários Público e Correio da Manhã e ainda o semanário Expresso – entre Janeiro de 2006 e Dezembro de 2007, anos “marcantes para o bairro e sua comunidade”, como defende o autor da tese.
Isto, para tentar compreender de que forma o território e os assuntos relacionados com o mesmo são retratados pelos jornais, sabendo-se que o bairro Cova da Moura é constituído, na sua maioria, por cabo-verdianos.
Actualmente, Jorge Humberto é director da Scripsigest, marketing e serviços, uma empresa que se destina a ser útil às empresas de Cabo Verde e de Portugal, na área da comunicação global e procura ser a “ponta de lança de Cabo Verde nos negócios da comunicação”.
Com sede em terras lusas esta empresa surge no seguimento de trabalhos feitos, desde os anos 90, por Jorge Humberto na área da comunicação e marketing. Em relação estreita com o irmão Rui Pereira, e já organizou diversos eventos como é o caso da amarCulturas, um projecto de Humberto que se destina a promover conferências sobre multicultura e desenvolvimento que acontecem na Amadora e contam com a presença de importantes figuras cabo-verdianas, portuguesas e de outros países da lusofonia.
Licenciado em Ciências da Comunicação e especialista em Marketing e Relações Públicas, Jorge Humberto tem-se destacado na Amadora como um dos representantes e activistas pela melhoria das condições de vida das comunidades cabo-verdianas nos bairros e pela promoção da formação e emprego para os jovens descendentes do arquipélago, como ele próprio.
Já liderou a Associação de Moradores na Amadora, durante sensivelmente uma década, coordenou o jornal Aliança: Cabo Verde Portugal e também geriu e produziu a carreira da artista internacional Gardénia Benrós.
Jorge Humberto conquistou, igualmente, a admiração e respeito de entidades públicas como o presidente da Câmara da Amadora, e comandantes da Polícia pela sua “incansável luta em prol da comunidade e do bem-estar das populações” e, neste momento, está na forja uma possível candidatura à secção política de um partido, no concelho em que reside.

Governo apresenta lei sobre estatuto da criança e do adolescente

O Governo de Cabo Verde e a UNICEF apresentam a partir das 9 horas desta sexta-feira, 25, no Salão de Banquetes da Assembleia Nacional, Praia, a proposta de Lei do Estatuto da Criança e do Adolescente. O acto será presidido pela ministra da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, Janira Hopffer Almada, e pela Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas e Representante da UNICEF, Petra Lanz.

Governo apresenta lei sobre estatuto da criança e do adolescente 
 
O Estatuto da Criança e do Adolescente é um documento que norteia a prioridade absoluta dos direitos das crianças e dos adolescentes. A proposta define os direitos fundamentais e estabelece o respectivo sistema de protecção, envolvendo e responsabilizando o Estado e a sociedade no seu todo na execução de políticas de saúde, educação, segurança e assistência social, protecção especial e promoção dos direitos e liberdades das crianças e dos adolescentes.
A elaboração do projecto esteve sob a responsabilidade de um consultor internacional, que já entregou a versão final e o mesmo foi discutido e aprovado pela Equipa Técnica da Reforma Legal e Institucional em Matéria de Infância e Adolescência. A cerimónia de encerramento será presidida pelo ministro da Justiça, José Carlos Correia.

Alberto Fernandes é o novo Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas

O coronel Alberto Fernandes é o novo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Cabo Verde. O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, já aceitou o nome de Fernandes, proposto pelo governo, para suceder Fernando Pereira (Tambra) no comando da tropa cabo-verdiana, faltando apenas a confirmação da data da tomada de posse.

Alberto Fernandes é o novo Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas 
 
Alberto Fernandes deixa, assim, a presidência do Serviço Nacional da Protecção Civil para liderar a instituição castrense, conforme, aliás, previsto por este jornal na passada sexta-feira. Na altura, o A Semana avançou que o governo, através do ministro da Defesa, Jorge Tolentino, havia proposto ao PR a exoneração do demissionário Fernando Pereira da chefia do Estado-Maior, acrescentando que o novo CEMFA deveria sair de entre os quatro coronéis actualmente no activo.
Excluído o até agora CEMFA – coronel Fernando Pereira – restavam os nomes de Jorge Paulo Monteiro, actual número dois da hierarquia castrense cabo-verdiana, César Rodrigues, em missão de serviço em Timor Leste, e Alberto Fernandes, que colhia maior consenso.
Encontrado o novo Chefe do Estado-Maior, resta agora escolher o sucessor de Fernandes no Serviço Nacional de Protecção Civil. De notar também que com a nomeação do novo CEMFA, o governo e o Presidente da República deram sinais de perfeita coabitação política, deitando por terra anteriores argumentos e especulações de um relacionamento mais tenso entre o Palácio da Várzea e o Palácio do Plateau.
Recorde-se que as Forças Armadas estavam sem Chefe de Estado-Maior desde Agosto passado, quando o coronel Fernando Pereira pediu a sua demissão do cargo alegando “razões de ordem pessoal”. E sendo as FA uma instituição suprema no capítulo da segurança e protecção à integridade do território nacional, a nomeação do novo CEMFA foi desde logo encarada como uma agora prioridade tanto pelo governo quanto pelo PR, Jorge Carlos Fonseca, que, sem muitos rodeios, acabou viabilizando a escolha do executivo de José Maria Neves.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

OGE 2012 aprovado na generalidade com votos do PAICV

O Orçamento Geral do Estado para 2012 foi aprovado na generalidade esta quarta-feira, 23, com o apoio da bancada do PAICV. O MpD cumpriu a promessa e votou contra, enquanto a UCID absteve-se. Para o primeiro-ministro, José Maria Neves, este OGE revela “prudência e ousadia”. Já Carlos Veiga, líder do partido ventoinha, classifica-o de “imprudente e eleitoralista”, voltando a falar de "verbas para a compra de votos".

OGE 2012 aprovado na generalidade com votos do PAICV 
 
Como já era esperado, o Orçamento Geral do Estado para o próximo ano passou no parlamento com os votos a favor da maioria que suporta o Governo. Com 38 votos a favor do PAICV, 29 contra do MpD, e uma abstenção da UCID, o documento que vai orientar a política pública orçamental para 2012 dividiu opiniões, principalmente ao nível dos gastos e da forma como vai incentivar o crescimento da economia e do emprego.
Admitindo a necessidade de “mudar profundamente o modelo de desenvolvimento interno do país”, José Maria Neves enalteceu o “rigor” do OGE e as directrizes que procura delinear “para o desenvolvimento sustentado do país”.
Aqui, o primeiro-ministro realça o esforço feito no sentido da modernização e aumento da competitividade e produtividade da economia, como forma de contornar a grave crise económica por que passa o mundo.
Reafirmando as previsões de crescimento avançadas anteriormente pela ministra das Finanças – entre 5,5% e 6,5% - JMN disse ainda que a redução da despesa foi uma das preocupações do executivo, condenando a oposição por centrar o debate em "questões laterais e não avançar propostas concretas para o país".
“OGE é mais do mesmo”
No encerramento do debate, Carlos Veiga afirmou que não surgiu nada de novo face ao que tem sido feito até aqui pelo Governo. Para o líder da oposição, o OGE para 2012 não tem em conta os alertas vindos de várias instituições internas e externas – referindo-se em particular ao Banco de Cabo Verde –, por isso cataloga-o como “imprudente”.
Veiga criticou também os gastos públicos previstos, voltou a falar de falta de transparência em alguns dos itens, “sem indicações claras”, aludindo uma vez mais a verbas destinadas à "compra de votos".
Quanto a propostas concretas do seu partido, Veiga optou pelo alívio fiscal das empresas, a revisão do Código de Trabalho, um novo modelo de financiamento da economia e a criação de um travão legal face ao aumento défice e do endividamento.
Apesar das divergências, o líder do MpD abriu a porta à negociação. “Não estamos de acordo com este orçamento, mas estamos disponíveis para apresentar propostas face à situação com que o país se debate actualmente”, disse.
Ao terceiro dia, o OGE2012 lá acabou por seguir em frente, atrasado pelo regresso constante a questões laterais, que resvalaram várias vezes para a troca de mimos entre deputados e membros do Governo.
Na memória geral, ficará certamente o incidente http://asemana.sapo.cv/spip.php?article70406&ak=1 que envolveu o primeiro-ministro, José Maria Neves, o líder parlamentar do PAICV, José Manuel Andrade, e o deputado do MpD, Orlando Dias, pouco digno da casa parlamentar.

domingo, 20 de novembro de 2011

Operação Leoa Ferida: Procuradoria acusa oito pessoas

    

O Ministério Público já deduziu a acusação formal de oito pessoas supostamente envolvidas na operação “Leoa Ferida” sob a tutela da procuradora Killy Almada. São: o proprietário do “Consultório de Fisioterapia, traumatologia, Reumatologia e Reabilitação Física”, Zeferino Ferreira Vaz, três médicos (dois cubanos e um cabo-verdiano), um funcionário do instituto Admilton Cardoso de Pina e mais três arguidos no caso que lesou o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) em milhares de contos.

Operação Leoa Ferida: Procuradoria acusa oito pessoas
Ao que conseguimos apurar, as investigações efectuadas pela PJ e coordenadas pela Procuradora Killy Almada revelaram que as denúncias feitas pelo INPS em Junho eram mais graves do que inicialmente se pensava. “Foram constituídos mais arguidos e reunidas mais provas, acabando a Procuradoria por deduzir acusação formal contra dez pessoas. As investigações confirmaram ainda que houve envolvimento directo de funcionários do INPS. Aliás, para além do Admilton, que está neste momento proibido de se aproximar de qualquer instalação do INPS, houve abandono de lugar e fuga de outros funcionários, que se encontram em parte incerta, estando ainda por apurar se terão ou não envolvimento em outros processos”, indica uma fonte do A Semana.
Segundo a nossa fonte, “as ondas de choque” dentro do INPS têm sido terríveis e vão continuar. Aliás, já determinaram a instrução de vários processos disciplinares internos devido a suspeitas que poderão levar à abertura de mais dossiers. “Dos dez acusados, apenas dois estão detidos, Zeferino Vaz e António Aroche, os que mais beneficiaram com a burla. A sua detenção aconteceu no dia 26 de Junho, dois dias depois da prisão do Admilton de Pina. Mas foi Vaz quem mais ganhou com esta fraude, inclusive ele terá burlado os demais comparsas com quem partilhava os ganhos”.
que vai defender o médico Odair Manuel dos Reis Carvalho, de 30 anos. Para se ter ideia, as provas recolhidas pela PJ indicam que o grupo terá falsificado a assinatura de centenas de beneficiários, entre 300 a 400 pessoas. “Ficou provado que o INPS tinha razão. Aliás, a PJ acabou por indiciar muito mais pessoas do que as inicialmente denunciadas pelo instituto, o que demonstra que a quadrilha era mais bem organizada do que se supunha”, frisa. Por tudo isso, adivinha-se um julgamento pesado, com o envolvimento de vários advogados, incluindo o gabinete de Carlos Veiga,
Os demais acusados continuam sob fortes medidas de segurança, designadamente Termo de Identidade e Residência (TIR), não podem sair do país e foram obrigados a pagar uma elevada caução. Estas medidas são resultado de uma investigação efectuada pela PJ desde 24 de Junho, e que arrolou 11 indivíduos como pertencentes a um grupo organizado que vinha burlando o INPS em milhares de contos, através de facturas e recibos falsos. Destes, só oito têm culpa formada, outros três processos foram arquivados por insuficiência de provas.
A operação começou com a detenção de um funcionário do INPS em Santa Catarina, Admilton de Pina, no dia 24. Prosseguiu depois com a prisão dos médicos e fisioterapeutas António Arouche, Jesus Hidalgo e Odair Carvalho. A sustentar a acusação um conjunto de provas, num total de 15 volumes com milhares de páginas que atestam que o grupo praticou 71 crimes de falsificação de documentos, corrupção activa e uso de atestados ou certidões falsos. Igual número de crimes é imputado a Admilton Pina, que terá praticado crimes de corrupção passiva e peculato. Outros há que se limitaram a falsificar documentos. Mas para chegar a estes resultados, a PJ teve de realizar diligências em vários pontos do país, em simultâneo, incluindo Santa Catarina, Sal e Praia.
Fontes desta polícia estranham por isso que o processo, que foi instruído sob a coordenação da procuradora Killy Almada, tenha transitado para as mãos do seu colega António Claret no momento da acusação. Seria recomendável, dizem, que a magistrada continuasse no processo por dominar os factos, pois foi ela quem recebeu a denúncia, promoveu as prisões iniciais e dedicou semanas de trabalho e estudo ao dossier em causa.
De referir ainda que, até agora, o INPS só conseguiu recuperar três milhares de contos. Acredita-se, no entanto, que depois do desencadear da operação policial “Leoa Ferida”, e tendo em conta as provas reunidas, haverá desenvolvimentos, incluindo novos processos- -crime contra outros sujeitos, entre médicos, clínicas, ópticas, não sendo de excluir o envolvimento de mais funcionários do INPS.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cerco internacional à corrupção vai afectar negócios com Angola


Galp será um dossier inevitável pela ligação da Sonangol à petrolífera portuguesa 
 
Dezasseis meses depois da última deslocação oficial de um primeiro-ministro português a Angola, Pedro Passos Coelho encontra-se nesta quinta feira com o presidente José Eduardo dos Santos, em Luanda, numa visita-relâmpago. Passos Coelho admite que vai à procura de capital angolano, num momento em que a comunidade internacional aperta o cerco aos países com elevados índices de corrupção, no qual Angola tem sido incluído por várias organizações internacionais.

Oficialmente nada indica que o primeiro-ministro aborde o tema da transparência numa visita que quer impulsionar as relações económicas bilaterais.

À edição de quarta-feira do Jornal de Angola, Passos Coelho disse que vê com "muito bons olhos a participação do capital angolano na economia portuguesa e noutras privatizações que o Estado venha a realizar no próximo ano" - citando a TAP, ANA, CTT e empresas no sector dos transportes. Não falou da Galp, mas este é um dossier inevitável pela ligação da Sonangol à petrolífera portuguesa e pelo diferendo accionista nesta empresa.

Questionado pelo PÚBLICO sobre se iria abordar o tema da transparência em Angola à luz das mudanças internacionais, o primeiro-ministro respondeu através do seu gabinete: "A visita servirá para fazer o ponto de situação sobre os principais aspectos das relações políticas e económicas entre os dois países." Concretamente sobre uma proposta de directiva da Comissão Europeia que exige transparência nos negócios de petróleo, gás e diamantes, Passos disse ser "uma questão complexa", que está "em análise" em departamentos como "o Ministério das Finanças e Ministério dos Negócios Estrangeiros".

Apesar da resposta vaga de Passos Coelho, duas medidas recentes, uma americana e outra europeia, estão a forçar a transparência sobretudo nos negócios do petróleo em países como Angola. Nos EUA, vai já entrar em vigor em Janeiro a secção 1504 da lei de reforma financeira "Dodd-Frank" que exige às empresas cotadas em bolsa que detalhem nos relatórios financeiros todos os pagamentos, projectos e governos estrangeiros envolvidos em negócios de petróleo, gás e minérios. A lei pode ter um "grande" impacto global, por "clarificar e tornar o ambiente de negócios mais saudável", antevê António Costa e Silva, presidente executivo da Partex, petrolífera da Gulbenkian.

Também a Comissão Europeia (CE) acabou de aprovar um pacote de medidas que segue a mesma obrigatoriedade e que, a passar a lei, entra em vigor não antes de 2014 - vai agora para o Parlamento Europeu e Conselho de Ministros para ser aprovado.

Organizações internacionais incluem Angola no grupo dos países com índices preocupantes de corrupção: no último relatório de 2010 da Transparência Internacional, aparece no 10º pior lugar em 178, com 0% no indicador "adopção de programas anticorrupção". Na terça-feira, o presidente do Banco Espírito Santo Angola, Álvaro Sobrinho, foi interrogado no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa por suspeita de fraude no Banco Nacional de Angola (ver pág. 23). A situação já está a afectar o sistema financeiro angolano, com reflexos indirectos na imagem do terceiro maior banco português, o BES.

O petróleo, gerido pela empresa estatal Sonangol, representa 60% do PIB e 98% do total das exportações angolanas. Embora tenha publicado as suas contas, a petrolífera foi acusada de "esconder" "milhares de milhões de dólares" pelas organizações Global Witness e Open Society Initiative for Southern Africa - porém, não há acusações directas de corrupção à empresa.

Questionado sobre se a falta de transparência é um problema para as relações económicas e políticas entre Portugal e Angola e para as empresas portuguesas em Angola e angolanas em Portugal, o primeiro-ministro disse: "As relações luso-angolanas, designadamente na área económica, possuem um quadro jurídico próprio, que procuramos aperfeiçoar constantemente, e é nesse quadro que elas se processam."

O petróleo é o produto que Portugal mais importa de Angola, país visto como um parceiro estratégico: é o principal destino das exportações nacionais fora da União Europeia e Portugal é a principal origem das importações angolanas. Os grandes grupos bancários portugueses estão em Angola (BES, Millennium bcp, Caixa Geral de Depósitos (CGD)/Totta, BPI) e há capital angolano no BCP, BPI, Banco BIC Português, que está a ultimar os detalhes de compra do BPN.