sábado, 28 de abril de 2012

JMN distinguido pelo Instituto Geomar 28 Abril 2012

José Maria Neves foi distinguido esta sexta-feira com um prémio na Alemanha, atribuído pelo Instituto Geomar. Antes de visitar a Alemanha, José Maria Neves passou pelo Luxemburgo onde identificou com Jean-Claude Juncker novas áreas de cooperação, como são os casos das energias renováveis, ciências do conhecimento e habitação.

JMN distinguido pelo Instituto Geomar
O prémio atribuído a José Maria Neves reconhece o trabalho que o Governo de Cabo Verde vem desenvolvendo no campo da pesquisa dos mares. Cabo Verde e Alemanha, através da Geomar, mantêm uma forte cooperação a esse nível.
Durante a sua visita ao Estado da Renânia Palatinado, José Maria Neves teve um encontro de trabalho com o ministro-presidente do Estado, Kurt Beck.
Ao participar em conferências que apresentavam projectos no domínio das energias renováveis, pode ouvir directamente da fonte, o projecto “100% Energias Renováveis para Cabo Verde”, financiado pelo Luxemburgo e elaborado pelas instituições alemãs. Afinal, o Chefe do Governo foi à Alemanha em busca de novas parcerias para o sector. A Alemanha, frisa-se, está na vanguarda destas novas tecnologias, sobretudo o Estado da Renânia Palatinado, que é o mais forte da Europa em termos de Energias Renováveis (solar, eólica e gás natural) e da Agrociência.
Hoje, sábado, o PM terá encontros diplomáticos, e encontrar-se-á com a comunidade cabo-verdiana em Hamburgo, antes do regresso a Cabo Verde, passando mais uma vez por Lisboa.
Já no Luxemburgo, Jean-Claude Juncker confirmou o interesse do Grã Ducado em reforçar a cooperação com o nosso país em matéria das energias renováveis, lembrando que este país foi o financiador do projecto “100% Energias Renováveis para Cabo Verde”, desenvolvido com instituições tecnológicas alemãs. E é este projecto que tem norteado as acções do Governo da Praia.
O Terceiro Programa Indicativo de Cooperação (PIC III/2011-2015) , que incide em áreas como a educação, formação, emprego, água, saneamento, saúde e ajuda alimentar com um fundo de 60 milhões para projectos em Cabo Verde “será completado por uma cooperação no domínio das energias renováveis”, frisou Jean-Claude Juncker.

Guiné-Bissau: Presidente e primeiro-ministro podem integrar governo de transição

O porta-voz do Comando Militar, que tomou o poder no dia 12 de Abril na Guiné-Bissau, admitiu que o primeiro-ministro e o Presidente interino libertados na tarde desta sexta-feira, 27, podem integrar um governo de transição.

Guiné-Bissau: Presidente e primeiro-ministro podem integrar governo de transição
 
Se Raimundo Pereira for Presidente será Presidente de um governo de transição, se Carlos Gomes Júnior for Primeiro-ministro será de um governo de transição, "não será Primeiro-ministro no resultado das eleições anteriores", disse Daba Na Walna em conferência de imprensa.
Se o PAIGC (maior partido, no poder até dia 12) "apresentar Carlos Gomes Júnior para o governo de transição será uma proposta boa para estudar", disse o porta-voz em resposta aos jornalistas, acrescentando que "tudo está em aberto" e que o Governo eleito foi afastado.
Na conferência de imprensa, Daba Na Walna afirmou que a força da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) que pode chegar ao país até domingo, irá para assistir à retirada da missão angolana (Missang) e para garantir a segurança de pessoas vulneráveis, como antigos membros "do governo que caiu".
Vem também, disse, para garantir a segurança de pessoas que futuramente serão chamadas a depor nos julgamentos relativos aos assassínios políticos no passado recente no país. "Fizemos questão de dizer à CEDEAO que há um problema de impunidade crónica que tem de ser resolvido, ou através da Justiça ou de uma Comissão de Verdade e Reconciliação".
De acordo com o porta-voz, o período de transição será de um ano, uma imposição da CEDEAO, já que o Comando queria dois anos, e uma equipa técnica da comunidade da África Ocidental vai discutir a modalidade de "arranjos constitucionais", e "garantir a formação de um novo governo o mais rápido possível".
Daba na Walna informou que a Assembleia Nacional Popular vai continuar como órgão, porque não foi dissolvida, ao contrário do Governo eleito que deixou de estar em funções.
"A CEDEAO disse que vai accionar mecanismos para combater o tráfico de droga. Temos a percepção de que os barões da droga estão a tomar conta da política neste país", prosseguiu.
A missão da CEDEAO irá também, acrescentou, apoiar a Guiné-Bissau na realização de um recenseamento e de eleições dentro de um ano, provavelmente legislativas e presidenciais.

quarta-feira, 25 de abril de 2012




Filho do arquitecto Nuno Portas e da colunista Helena Sacadura Cabral, irmão de Paulo Portas - que abandonou ontem as Jornadas Parlamentares do CDS nos Açores, viajando para a Bélgica - e de Catarina Portas, pai de André e Frederico Portas, Miguel cumpria o seu segundo mandato como eurodeputado do BE, tendo obtido como cabeça-de-lista o melhor resultado de sempre do partido nas últimas eleições europeias. O irmão pelo qual o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, disse um dia numa entrevista na televisão ser capaz de se atirar a um poço -e vice-versa - tinha 53 anos e integrou o movimento Política XXI a partir de 1994, uma tendência que viria a ser englobada no Bloco de Esquerda, mas afastada da direcção.
Ao contrário de Francisco Louçã, defendia que o BE deveria procurar entendimentos à esquerda - incluindo o PS - para formar governo a médio ou longo prazo.
A sugestão do "amigo libanês", que publicou no Facebook, revelava mais um dos grandes amores de Miguel Portas, depois da família, do jornalismo e da política: a região do Mediterrâneo, destino de muitas viagens e tema de dois dos seus livros.
PERFIL
Nasceu em Lisboa a 1 de Maio de 1958 e licenciou-se em Economia pelo ISEG em 1986, o mesmo ano em que assumiu a direcção da revista cultural ‘Contraste'. Redactor e depois editor internacional no semanário ‘Expresso' (1988), dirigiu ainda o semanário ‘Já', em 1996. Detido pela PIDE aos 15 anos, a política tornou-se na sua ocupação principal, depois de ser eleito ao Parlamento Europeu, em 2004, com 4,92% - e reeleito, em 2009, com 10,73%.

Corpo vai estar no Palácio das Galveias

Velório de Miguel Portas no sábado em Lisboa


O velório do eurodeputado Miguel Portas, que morreu ontem, na Bélgica, decorrerá no próximo sábado, no Palácio Galveias, em Lisboa, seguindo-se uma "sessão evocativa" no dia seguinte, revelou esta quarta-feira o coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã.


"O corpo [de Miguel Portas] será trasladado para Portugal, o velório decorrerá no sábado no Palácio Galveias, na biblioteca municipal, um espaço cedido pela Câmara Municipal de Lisboa, a quem agradeço, e haverá uma sessão evocativa, com os amigos, no domingo à tarde, seguindo aliás as indicações que ele nos deixou. E com o convite a todas as pessoas que se queiram associar e que partilharam em algum momento das suas ideias, das suas intenções, do seu sorriso, dos seus combates. Ali os esperamos", disse Francisco Louçã, numa declaração aos jornalistas no Parlamento.
Miguel Portas, que foi também um dos fundadores do Bloco de Esquerda, morreu na terça-feira à tarde, aos 53 anos, no Hospital ZNA Middelheim, em Antuérpia, vítima de cancro.
Em 2004, tornou-se o primeiro deputado a ser eleito pelo Bloco para o Parlamento Europeu, onde trabalhava até agora, integrado no Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde (GUE/NGL), a sexta maior família política da assembleia europeia, na qual Portugal é o terceiro país mais representado (a seguir a Alemanha e França), com dois deputados do Bloco e outros tantos do PCP.

Guiné-Bissau: Governante angolano diz que golpe foi preparado após morte de Malan Bacai Sanhá

 

O golpe de Estado realizado a 12 de Abril na Guiné-Bissau começou a ser preparado logo a seguir à morte do Presidente Malan Bacai Sanhá, a 09 de Janeiro, acusou esta terça-feira, 24, em Luanda um governante angolano.

Guiné-Bissau: Governante angolano diz que golpe foi preparado após morte de Malan Bacai Sanhá
 
A acusação foi feita pelo vice-ministro da Defesa, Salvino de Jesus Sequeira "Kianda", que implicou o antigo Presidente e actual candidato presidencial Kumba Ialá no golpe, durante uma intervenção no debate realizado esta terça-feira no parlamento angolano, para a votação de uma resolução sobre a Guiné-Bissau.
Segundo Salvino Sequeira, Kumba Ialá manobrou os militares guineenses para protagonizarem um golpe de Estado, tendo mesmo dado uma soma de dinheiro ao chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, general António Indjai.
"A preparação do golpe de Estado começou a partir da morte do ex-Presidente Malam Bacai Sanhá" e, nessa ocasião, o ex-Presidente Kumba Ialá chegou a Bissau, proveniente do estrangeiro, salientou Salvino Sequeira.
Kumba Ialá ter-se-á dirigido ao Estado-Maior General das Forças Armadas, depois de ter apresentado condolências à família de Bacai Sanhá, onde se reuniu com o general António Indjai, a quem entregou uma soma em dinheiro.
"O Chefe de Estado das Forças Armadas da Guiné-Bissau e o candidato Kumba Ialá são parentes. A mulher de Kumba Ialá é tia do CEMFA", explicou o general "KIanda", acrescentando que, uma vez no Estado-Maior, Ialá "fez um discurso aos militares que lá estavam e, inclusive, tirou dinheiro e entregou ao Chefe de Estado-Maior General".
Na intervenção hoje perante os deputados angolanos, o vice-ministro da Defesa caracterizou as forças armadas guineenses como sendo maioritariamente formadas por antigos guerrilheiros.
"As forças armadas da Guiné-Bissau têm um efectivo de quatro mil homens e a maioria deles são elementos que vieram da guerrilha. Quase todos eles são guerrilheiros e, até hoje, infelizmente, mantêm aquela consciência guerreira. Acham que eles é que são os donos do país e que nenhum político dentro da Guiné-Bissau deverá falar mais alto do que um militar", considerou.
"Daqui podemos ver por que é que os golpes de estado na Guiné-Bissau vêm sucedendo uns atrás de outros", reforçou.
Relativamente à alegação feita por deputados da oposição acerca do material bélico levado pelo contingente militar angolano para a Guiné-Bissau, considerado desproporcional face ao objectivo do envio daqueles efectivos, para a reforma dos sectores de defesa e segurança guineenses, Salvino Sequeira respondeu que não é "com paus e brinquedos" que se formam militares.
"O protocolo fala de formação de pessoal e as forças da Guiné-Bissau não podem ser formadas com paus ou brinquedos. Teve que se levar armamento, teve que se levar técnicas de combate, teve que se levar técnicas de fogo, portanto, o que é que lhes vamos ensinar se eles não têm armamento?", questionou.
Salvino Sequeira acrescentou que Angola mantém estacionados na Guiné-Bissau 232 militares e 38 polícias, razão pela qual considera não ter fundamento que aqueles 270 efectivos representem uma ameaça à estabilidade guineense.

Durão Barroso saúda José Maria Neves pelo "trajecto extraordinário" do país 25 Abril 2012

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, saudou o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, pelo “trajecto extraordinário de progresso” que o país tem feito num passado recente, nomeadamente nos últimos cinco anos enquanto parceiro especial da União Europeia. Esta felicitação ocorreu ontem, dia 24, por ocasião da assinatura do acordo de mobilidade entre Cabo Verde/União Europeia.

Durão Barroso saúda José Maria Neves pelo
 
Acordo de Mobilidade entre Cabo Verde/União Europeia

O acordo de mobilidade assinado ontem, em Bruxelas, visa facilitar a circulação dos cidadãos cabo-verdianos no espaço europeu. Este acordo de mobilidade vai permitir a determinados grupos de cidadãos cabo-verdianos entrarem e permanecerem no território europeu por 90 dias (três meses), sem necessidade de visto.
O grupo de cidadãos que poderá beneficiar deste acordo são diplomatas, fazedores de cultura, jornalistas, homens de negócios e portadores do passaporte de serviço de Cabo Verde.
Esta informação foi confirmada pela Portuguese News Network (PNN) junto de uma fonte que acompanha o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, na visita que realiza hoje à sede da União Europeia, em Bruxelas.
Este documento foi rubricado por quatro pessoas, nomeadamente pelo Chefe do Governo, José Maria Neves, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, a embaixadora de Cabo Verde junto da UE, Maria de Jesus Mascarenhas, e por um Comissário Europeu.
Este acordo, que se enquadra na Parceria Especial que existe entre Cabo Verde e Bruxelas, era um dos mais esperados pelos cabo-verdianos, dentro do que os políticos de ambos os lados têm designado de “edifício da parceria Estratégica”. Um dos objectivos deste acordo é ainda controlar a entrada de pessoas na Europa provenientes do arquipélago, com particular incidência naqueles que vêm do continente africano e usam Cabo Verde como porta de entrada para o continente europeu.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Passos Coelho responde a Soares e a Alegre

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho respondeu esta terça-feira ao ex-presidente da República Mário Soares e a ao ex-deputado Manuel Alegre, afirmando que Portugal "está a tentar recuperar a liberdade face ao exterior".

"Estamos a tentar recuperar a liberdade face ao exterior", disse esta terça-feira Passos Coelho, sublinhando que o objectivo das medidas do Governo é que os portugueses possam "voltar a respirar e a decidir de acordo com o que são as suas aspirações".
Sobre a ausência de Mário Soares e Manuel Alegre das comemorações oficiais do 25 de Abril, em solidariedade para com os militares de Abril que se recusaram a participar nas iniciativas por discordarem da linha seguida pelo Executivo, Passos Coelho desvalorizou tal posicionamento.
"Estou habituado a que, ao longo dos anos, algumas figuras políticas queiram assumir protagonismo em datas especiais", afirmou o primeiro-ministro.
Confrontado com o facto de se tratarem de figuras da história do País, o governante foi claro: "Todos os países têm figuras históricas. Esta data especial [25 de Abril] não pertence aos governos, pertence ao País."

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Tribunal Constitucional?!

Um luxo caro, para disfarçar a crise e a falência da Justiça em Cabo Verde. Mas quem pagará o luxo :

- Os que têm procurado mais este viveiro de empregos para os seus “boys” e mais este meio de instrumentalizarem ainda mais a Justiça,

ou

- O Povo, já vergado sob o fardo excessivo das mordomias?

Por: Vieira Lopes *

Tribunal Constitucional?!
 
1. A criação de um Tribunal Constitucional não fazia parte do texto da Constituição da República de 1992 (Lei Constitucional nº 1/IV/92, de 25.Set.), nem do da Revisão extraordinária (Lei de Revisão Constitucional nº 1/IV/95, de 13.Nov.).
2. Foi a 1ª Revisão ordinária (Lei Constitucional nº 1/V/99, de 23.Nov.) que, em vez de eliminar e corrigir o que carece de revisão - que é o sistema incoerente e deficiente de fiscalização concreta da constitucionalidade, nitidamente em contradição com o alcance e a força da Constituição - acrescentou esta aberração, numa escalada de despropósitos, em que, depois de um abismo, vem outro abismo.
3. Por razões outras, que manifestamente não são a Justiça nem melhor justiça, na Revisão de 2010 (Lei Constitucional nº 1/VII/2010, de 3.Maio), em vez de se corrigir o sistema defeituoso de fiscalização concreta e substituí-lo por sistema pleno coerente, garantístico da constitucionalidade, não só das normas legais ordinárias, mas também dos actos (e decisões administrativas e judiciais), aquele sistema escolástico-sibarítico, obtuso e defeituoso, de fiscalização de constitucionalidade foi aumentado (arts. 214º, nº 1, e 215º) no sentido de Cabo Verde, país pequeno, exíguo, pobre e a vegetar de ajudas externas, passar a ter um ... Tribunal Constitucional !
4. Na realidade, isso irá traduzir-se em mais despesas, em mais de cem mil a duzentos mil contos por ano, para Cabo Verde ter um Tribunal Constitucional, para decidir uns 3 ou 4 recursos de inconstitucionalidades por ano: um custo para os Contribuintes de mais de 30.000 contos por cada processo de constitucionalidade, numa lógica de desperdício de finanças públicas, a que nem mesmo os países ricos hoje se permitem!
5. Se, à partida, não há nenhuma garantia de que venha a ser bom tribunal; se, à partida, o estado lamentável de total descalabro e falência da Justiça, de falta de qualidade no próprio Supremo Tribunal de Justiça, evidencia e permite ver que o Tribunal Constitucional não será nenhum tribunal por aí além, senão mais um a somar-se aos outros no mar calamitoso da injustiça e da negação da Justiça ao Povo, aos carenciados e aos herdeiros e proprietários desapossados e espoliados (pelos mais empenhados na criação de um Tribunal Constitucional); porém, à partida, uma coisa certa é que o Tribunal Constitucional é um luxo caro despropositado - insuportável para o Povo e os Contribuintes (trabalhadores manuais, trabalhadores liberais, empresas), que já vergam e se contorcem sob o peso dos impostos - para garantir boas colocações aos “boys” e protegidos dos maiores partidos, que vão saltar de contentes pelas mordomias que a criação do TC lhes vai proporcionar.
6. À partida, não fica por demais repetir que mais uma coisa certa é que, pela correlação entre os gastos e os poucos recursos de constitucionalidade, o custo destes será milionário: se o TC decidir 4 recursos num ano, o custo de cada recurso para os Contribuintes será de muito mais de 30.000 contos!
7. É natural que para aqueles que usufruem as mordomias (e seus padrinhos), que mostram não se importarem com o que custam à Nação, ao Povo e aos carenciados, nem com o que significam os gastos desnecessários a que obrigam o Estado, quando há gritantes e prioritárias necessidades insatisfeitas, a questão é só de fazer (fazer = copiar) mais leis, de criar mais tachos, para os protegidos de um ou de outro partido.
8. Mas nesta hora em que países com poderio económico cortam nos gastos, em que o país de onde foi plagiado o Tribunal Constitucional cogita seriamente eliminá-lo para poupar aos Contribuintes o sacrifício do luxo caro dispensável que é o Tribunal Constitucional, desacredita os Deputados de Cabo Verde estarem a congeminar ou a compactuar a criação de um TC, ou seja, de mais um tribunal, a somar-se aos que já existem, e que funcionam muito mal.
9. O Governo, que tem resistido sensatamente à peregrina e malsã ideia, que fique agora atento, firme e pronto a resistir, em nome e a bem da Nação, do Povo e dos mais carenciados, caso os senhores Deputados, que deixaram passar em estatuto fascista (o da Ordem dos Advogados, aprovado pela Lei nº 91/VI/2006, de 09.Jan.), reincidam na desgraça de tirarem da cartola o desnecessário, mas excessiva e incomportavelmente caro TC.
10. Os defensores da ideia do TC, que têm contribuído para a instrumentalização, a decadência e falência da Justiça, em Cabo Verde, desde o assalto à OACV e a sua transformação em instrumento de desviar a justiça e fazer dela Inquisição contra os Advogados que denunciam trafulhices e malfeitores, com a criação do TC vão alargar o campo da sua actuação perversa com mais serventuários de serviço incrustados por 9 anos no TC, aumentando assim a impunidade com que esses malfeitores não só alienaram e privaram o país das suas melhores empresas públicas, como também das terras que pisamos, que, fiados na impunidade, roubam aos legítimos donos.
11. A realidade do país ostenta a fragilidade e a falência da Justiça por vários motivos, um dos quais se torna cada dia mais notório, que é a falta de Magistrados impolutos, incorruptíveis, competentes e dedicados, já para os tribunais existentes, de modo que a ideia de criar o Tribunal Constitucional também evidencia total falta de realismo (se há falta de bons Juízes e Juízas, como os haverá para o TC?!...), que desmistifica e põe a descoberto a iniciativa do TC como falso salto em frente, para ocultar e tentar disfarçar o problema real, crónico, de falência e falta de Justiça em Cabo Verde, que o TC vai agravar.
12. Mas se a desconsideração às carências do Povo e do País é tal que Deputados, esquecidos das necessidades e misérias do Povo, que, em todas as Ilhas, viram durante a campanha eleitoral, tramam essa corda para a apertar na garganta da Nação e do Povo; então, que o Governo e as Finanças tomem a defesa da Nação e do Povo e deixem, para as calendas gregas em que tem andado, o Tribunal Constitucional, até que uma revisão sensata da Constituição, com auscultação e intervenção da sociedade civil, varra de vez a cruel e obtusa ideia de sobrecarregar a Nação, o Povo e os carenciados com o fardo de um tribunal dispendioso para decidir uns 4 ou 5 recursos por ano, forma cínica de tentar encobrir que, excepção feita a poucos Magistrados (que nem por isso recebem louvores ou apreço, quando não perseguições), tudo vai mal na Justiça !
Praia, Abril 17, 2012
* Advogado

Café do Fogo exportado em grande quantidade para a Holanda

A empresa Fogo Coffee Spirit comprou, até hoje, entre 22 e 23 toneladas de café produzido nos Mosteiros, o equivalente a 40 por cento da produção de 2012. A meta, segundo Licínio Andrade, presidente da Associação dos Produtores de Café (Procafé), é chegar à marca dos 25 mil quilos de café cereja vermelho.

Café do Fogo exportado em grande quantidade para a  Holanda
 
Neste primeiro ano de actividade, a empresa investiu cerca de 18 mil contos na aquisição de equipamentos que chegaram agora ao município. A maquinaria vai começar a ser instalada em meados de Maio próximo, afirmou Andrade.
Criada em finais de 2011, a Fogo Coffee Spirit tem como accionista maioritária a empresa holandesa Trabocca que detém 51 por cento das acções. Mas também conta com a sociedade da Casa Rodrigo, com 44 por cento das quotas, e a associação dos produtores de café dos Mosteiros que ficou com cinco por cento.
Até ao momento, a empresa já adquiriu quase 23 toneladas de café produzido este ano nas encostas montanhosas dos Mosteiros. O produto será exportado para a Holanda.
No que diz respeito às queixas dos produtores quanto ao preço estipulado por cada quilo de café, Licínio Andrade lembra que o valor foi devidamente negociado entre os agricultores e a Fogo Coffee Spirit.
“Por cada quilo de café cereja vermelho os produtores recebem 82 escudos, por ser este um ano de investimentos. A partir do terceiro ano, o quilo de café subirá para 100 escudos, estando acordado um aumento anual de dez por cento a partir do quarto ano”, sublinhou.
Espetacular Neymar está a um golo dos 100 pelo Santos (com vídeo)

Neymar voltou a partir a loiça este domingo diante do Mogi Mirim, com vitória do Santos por 2-0. Fez a assistência para o primeiro e marcou ele próprio o segundo em mais uma jogada de belo recorte técnico.

O avançado leva já 99 golos pelo Santos, assumindo, com o golo deste domingo, a liderança da tabela dos melhores marcadores do Paulistão.

Com a vitória, o Santos qualificou-se para as meias-finais do Paulistão, onde vai encontrar o São Paulo.
Mourinho de regresso ao Chelsea? (foto AP)
Abramovich prepara proposta milionária para resgatar Mourinho

Roman Abramovich, proprietário do Chelsea, está disposto a pagar o que for preciso para convencer José Mourinho a regressar a Stamford Bridge na próxima época.

Segundo noticia o Daily Mail, o empresário russo quer um treinador forte e experiente para o Chelsea e elegeu o special one para reconstruir a equipa, que deverá perder algumas das principais referências no próximo verão.

Um fonte próxima do clube londrino revelou ao jornal britânico que «a determinação de Abramovich é de tal forma grande, que está preparado para bater o ordenado de Mourinho no Real Madrid e pagar uma compensação para libertar o treinador dos dois anos de contrato» que tem com o clube merengue.

Abramovich deverá, segundo a mesa fonte, oferecer um salário anual de 9 milhões de libras – cerca de 11 milhões de euros – a Mourinho, e uma compensação de 25 milhões de libras – 30 milhões de euros – para comprar a saída do português do Bernabéu.

domingo, 22 de abril de 2012

Emigrantes cabo-verdianos entre os empresários norte-americanos que querem investir no país

Júlio Rodrigues, Albertina Pereira e Jaqueline da Silva são três cabo-verdianos dos 12 empresários norte-americanos que estiveram esta semana no país. Querem investir em Cabo Verde para, como refere Júlio Rodrigues, “trazer uma vida melhor para os cabo-verdianos”.

Emigrantes cabo-verdianos entre os empresários norte-americanos que querem investir no país
A ideia de juntar um grupo de empresários para virem investir em Cabo Verde partiu do próprio Júlio Rodrigues. Usou os seus contactos e conseguiu reunir este grupo de bancários, homens de negócios ligados à construção civil, à hotelaria, saúde, energias e educação.
O líder do grupo, o presidente da Câmara do Comércio da cidade de Brockton, Chistopher Cooney, cidade de onde todos os empresários são provenientes, diz que a construção da primeira escola americana em Cabo Verde “está certamente na nossa mente”.
Outro dos objectivos destes empresários é abrir um banco em Cabo Verde. “Se muitos cabo-verdianos metem lá dinheiro (no banco Harber One) por que não abrir um banco em Cabo Verde?”, questiona Júlio Rodrigues. Presidente do Cape Vert Wind, empresa ligada às energias renováveis, Júlio Rodrigues tem um projecto de dessanalização e energia em Santa Cruz que, segundo a sua previsão, deve arrancar dentro de um mês.
Já Albertina Pereira, cabo-verdiana nascida na ilha do Fogo, tem como objectivo abrir uma farmácia e um laboratório em Cabo Verde. Após constatar as carências do país, quer trazer mais saúde aos seus compatriotas.
Jaqueline da Silva, enfermeira, também quer intervir na área da saúde. Como os outros empresários, veio para Cabo Verde explorar as oportunidades de negócio. Preocupada com a qualidade de saúde que os pacientes recebem em Cabo Verde, quer abrir uma empresa de consultoria para treinar as pessoas na prevenção de doenças, educá-las e mantê-las constantemente actualizados, a par das novidades. Chistopher Cooney referiu que em Dezembro devem chegar mais empresários americanos ligados à saúde, pública e privada, também com o objectivo de investirem no país.
Todos estes empresários planeiam vir mais vezes a Cabo Verde. É o caso de Jass Stewart, membro do Conselho Municipal da cidade de Brockton. “Estive no país em 2010 e fiquei fascinado pelas oportunidades que Cabo Verde tem”, afirmou.
“Dentro de quatro/cinco semanas chegam mais empresários americanos”, referiu Júlio Rodrigues. Fez questão de notar que isto é uma forma da América contribuir para economia de Cabo Verde e isto “é apenas o início”, sublinhou.
Nesta estada em Cabo Verde, os empresários norte-americanos encontraram-se com o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, com a ministra das Finanças, Cristina Duarte, com empresas nacionais como a Tecnicil e com os bancos BCN e Caixa Económica. Alguns empresários partiram sexta-feira, enquanto outros foram ainda à ilha do Sal, um mercado em que têm interesse.
A vinda destas empresas a Cabo Verde pode constituir um contributo decisivo para a empregabilidade dos cabo-verdianos, pontua Júlio Rodrigues. "Este é um acontecimento importante para o estreitar das relações entre Cabo Verde-Estados Unidos da América", asseguram todos,.

Guiné Bissau: Força da ONU pode chegar dentro de uma semana

O envio de uma força multinacional para a Guiné-Bissau mandatada pelo Conselho de Segurança da ONU pode ser concluído rapidamente, no prazo de uma semana, disse à agência Lusa a embaixadora do Brasil junto da ONU.


Guiné Bissau: Força da ONU pode chegar dentro de uma semana
 
Maria Luiza Ribeiro Viotti, que preside à configuração Guiné-Bissau da Comissão da ONU para a Consolidação da Paz, anunciou após uma reunião do Conselho de Segurança, que o envio da força foi pedido pelo ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, a par dos homólogos de Portugal e Angola, em nome da CPLP.
Segundo Viotti, a "constituição da força" ainda está por determinar, mas a sua missão é clara: a "protecção das autoridades civis, a restauração do poder civil".
"Neste momento, é preciso uma condenação muito clara ao golpe. Não é possível admitir e contemporizar com tentativas de tomar o poder por via militar. Há recomendações de sanções e envio de uma missão CPLP-CEDEAO, tudo isso o Conselho deverá considerar", adiantou.
Os intervenientes apelaram à tomada de medidas urgentes para solucionar a crise, numa reunião que teve lugar pouco depois de ser anunciada, em Bissau, a nomeação de autoridades de transição, continuando o primeiro-ministro e presidente interino detidos em parte incerta.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Operação Lancha Voadora: Suspeitos acusados, bens apreendidos

O Ministério Público deduziu acusação criminal, esta semana, a dezena e meia de pessoas alegadamente relacionadas com a operação Lancha Voadora e, ao mesmo tempo, mandou confiscar os bens patrimoniais dos suspeitos e de mais cinco empresas sediadas na cidade da Praia. Do grupo, constam os nomes de três funcionários da imobiliária Editur (Nilton Jorge, Sandro Spencer e Nerina Rocha), processados por terem supostamente mentido à equipa de investigação, na eventual tentativa de encobrirem o patrão, o arguido José Teixeira.

Operação Lancha Voadora: Suspeitos acusados, bens apreendidos
 
Conforme apurou este jornal, Veríssimo Pinto, Paulo Pereira, Quirino dos Santos, Carlos Gomes Silva, António “Totony” Semedo, Ernestina “Nichinha” Pereira, Ivone de Pina Semedo e Luís Ortet, todos presos na cadeia de S. Martinho, foram acusados, de uma forma global, dos delitos de tráfico de droga agravado, associação criminosa para tráfico, detenção e posse de arma de guerra e lavagem de capitais. No caso específico do ex-Presidente da Bolsa de Valores, o Ministério Público relacionou-o formalmente com os crimes de associação criminosa, tráfico e lavagem de capitais, os três delitos de que vinha acusado desde o início da investigação deste caso e que o mandaram para a prisão preventiva na cadeia de São Martinho. “Não há nenhuma alteração nesse aspecto”, soube A Semana.
No tocante aos outros arguidos, o proprietário da Escola de Condução Prevenção Rodoviária, José “Djoy” Gonçalves, o mestre de barcos Jacinto Mariano, o gestor da Editur, José Teixeira, e José Alexandre Oliveira, todos a aguardar julgamento em liberdade, acabaram acusados de associação criminosa, lavagem de capitais e posse de arma de guerra.
Além das pessoas individuais, cinco empresas pertencentes a alguns dos arguidos acabaram também implicadas neste mediático processo pelo Ministério Público. São os casos da Imopraia, Autocenter, Editur, Aurora Internacional e da imobiliária Tecno-Lage. A primeira sociedade pertence a Paulo Pereira – tido como um dos grandes cabecilhas da rede de droga -, a segunda ao ex-Presidente da Bolsa de Valores, Veríssimo Pinto, a terceira e a quarta geridas pelo empresário José Teixeira, e a quinta fruto de uma sociedade empresarial entre António “Totony” Semedo e Luís Ortet.
Feitas as contas, serão quinze pessoas e cinco empresas que estão formalmente implicadas neste processo judicial. Recorde-se foi desencadeado por uma operação da PJ intitulada Lancha Voadora e que culminou na apreensão de 1501,3 quilos de cocaína pura na cidade da Praia, em Outubro de 2011. Isto além de veículos, uma lancha, armas de guerra e munições que estavam na posse de pessoas entretanto detidas pelas autoridades policiais.
Agora que conhecem as acusações que impendem sobre os seus constituintes, os advogados interessados têm um prazo de quinze dias para solicitarem ao Tribunal da Praia a abertura de Audiências Contraditórias Preliminares (ACP). Esse procedimento é uma espécie de pré-julgamento, em que o juiz analisa os argumentos e as provas apresentados pela defesa e a acusação e decide se o caso deve ou não ser submetido a uma audiência de julgamento. Se nenhuma ACP acontecer, o Tribunal da Praia terá que julgar os réus no espaço máximo de dois anos, por haver pessoas detidas preventivamente.
Por enquanto, a investigação da PJ está encerrada, a não ser que venham a surgir novas informações susceptíveis de envolver outros suspeitos neste mediático caso de narcotráfico. A operação Lancha Voadora, refira-se, facultou a maior apreensão de droga em Cabo Verde, país que, há muitos anos, tem sido utilizado como plataforma para o transbordo de drogas destinadas ao mercado europeu.

Barcelona: Messi entre as pessoas mais influentes do Mundo

 

O internacional argentino Lionel Messi, do Barcelona, ocupa o 86.º lugar entre as pessoas mais influentes do mundo, segundo a classificação revelada pela revista Time.

A lista é liderada pela sensação Jeremy Lin, de 23 anos, dos New York Knicks, que surpreendeu tudo e todos na NBA. O basquetebolista norte-americano de ascendência chinesa é uma das sensações desta temporada.

O tenista sérvio Novak Djokovic, actual número um mundial, ocupa o 14.º lugar. Lionel Messi, de 24 anos, ocupa o 86.º posto.

Lista das 100 pessoas mais influentes:
1. Jeremy Lin
2. Christian Marclay
3. Viola Davis
4. Salman Khan
5. Tim Tebow
6. E.L. James
7. Louis CK
8. Rihanna
9. Marco Rubio
10. Ali Ferzat
11.René Redzepi
12. Kristen Wiig
13. Anthony Kennedy
14. Novak Djokovic
15. Ben Rattray
16. Jessica Chastain
17. Yani Tseng
18. Raphael Saadiq
19. Elinor Ostrom
20. Samira Ibrahim
21. José Andrés
22. Ann Patchett
23. Dulce Matuz
24. Henrik Schärfe
25. Freeman Hrabowski
26. Maryam Durani
27. Manal al-Sharif
28. Anjali Gopalan
29. Rached Ghannouchi
30. Barbara Van Dahlen
31. Ron Fouchier
32. Donald Sadoway
33. Hans Rosling
34. Asghar Farhadi
35. Sarah Burton
36. Anonymous
37. Pete Cashmore
38. Cami Anderson
39. Ali Babacan e Ahmet Davutoglu
40. Ai-jen Poo
41. Marc Andreessen
42. Preet Bharara
43. Robert Grant
44. Andrew Lo
45. Sharmeen Obaid-Chinoy
46. Alexei Navalny
47. Ray Dalio
48. Hamad bin Jassim bin Jaber al-Thani
49. Chelsea Handler
50. Harvey Weinstein
51. Chen Lihua
52. Warren Buffett
53. Alice Walton
54. Harold Hamm
55. Sheryl Sandberg
56. Sara Blakely
57. Tim Cook
58. Eike Batista
59. Daniel Ek
60. Virginia Rometty
61. Barack Obama
62. Goodluck Jonathan
63. Xi Jinping
64. Fatou Bensouda
65. Christine Lagarde
66. Mario Draghi
67. U Thein Sein
68. Ayatullah Ali Khamenei
69. Mitt Romney
70. Juan Manuel Santos
71. Timothy Dolan
72. Portia Simpson Miller
73. Mario Monti
74. Wang Yang
75. Maria das Graças Silva Foster
76. Andrew Cuomo
77. Iftikhar Chaudhry
78. Mamata Banerjee
79. Walter Isaacson
80. Ron Paul
81. Benjamin Netanyahu
82. Dilma Rousseff
83. Erik Martin
84. Cecile Richards
85. Angela Merkel
86. Lionel Messi
87. Tilda Swinton
88. Hillary Clinton
89. Catherine, Duchess of Cambridge, e Pippa Middleton
90. Adele
91. Matt Lauer
92. Oscar Pistorius
93. Claire Danes
94. Stephen Colbert
95. Rogues
96. Kim Jong Un
97. Mullah Mohammed Omar e Sheik Moktar Ali Zubeyr
100. Bashar Assad

Guiné-Bissau: militares e partidos assinam transição

          

Acordo para a "estabilização e manutenção da ordem constitucional" extingue Assembleia Nacional Popular e prevê eleições num máximo de dois anos. Militares prometem regresso às casernas após a posse do poder civil.

 
 
Os partidos da oposição guineense e o Comando Militar que protagonizou um golpe de Estado assinaram hoje em Bissau um acordo que dissolve o parlamento e cria um Conselho de Transição para marcar eleições num prazo de dois anos.
Os partidos políticos da oposição e o Comando Militar da Guiné-Bissau assinaram hoje um "acordo para a estabilização e manutenção da ordem constitucional", que prevê o regresso às casernas dos militares, após a posse do poder civil.
O acordo foi hoje assinado em Bissau por representantes de diversos partidos e pelos militares, que a 12 de abril protagonizaram um golpe de estado, mas não indica quem será o Presidente de transição, o primeiro-ministro de transição ou quem vai integrar o Conselho Nacional de Transição.

Período de transição até dois anos


Os partidos, segundo o acordo, aceitam a criação do Conselho Nacional de Transição, "um órgão de fiscalização e legislativo para gerir o processo de transição democrática". Fixa-se também "o período máximo de duração da transição democrática em dois anos, que termina com a eleição simultânea de eleições presidenciais e legislativas, com base num recenseamento biométrico e de raiz e com a participação de eleitores guineenses na diáspora".
Além de dissolver a Assembleia Nacional Popular e de os militares declararem "inequivocamente" a transferência do poder para os civis, o acordo hoje tornado público diz que a Constituição será respeitada parcialmente.
Salienta-se que o Comando Militar "declara extinta" a Assembleia e a destituição do Presidente interino e do Governo, e salienta-se que os partidos políticos declaram manter a organização do poder judicial, civil e militar e manter a chefia militar vigente.

Reformas profundas na defesa e luta contra narcotráfico


O acordo, que foi lido por Artur Sanhá, antigo primeiro-ministro (governo PRS, atual segundo maior partido), assinala ainda o compromisso em ser levadas a cabo reformas profundas, nomeadamente no setor de defesa e segurança, lutar contra crimes económicos, o narcotráfico e os crimes organizados.
Artur Sanhá começou por dizer que o Estado da Guiné-Bissau foi confrontado com um "substancial atentado à sua soberania com a demanda de interferência militar perpetrada pelo auto-demissionário primeiro-ministro", ao enviar carta ao secretário-geral da ONU a pedir uma força militar no país.
E acrescentou que a força angolana na Guiné-Bissau (Missang) se tinha vindo a armar e a engrossar os efetivos, sem conhecimento e consentimento das forças armadas da Guiné-Bissau.
Foi esse "facto", indiciando um "claro atentado contra a soberania nacional e integridade territorial", que levou ao golpe militar a fazer o golpe de quinta-feira passada.
No evento hoje em Bissau, o PAIGC, principal partido da Guiné-Bissau, no poder antes do golpe, foi chamado algumas vezes, mas não estava ninguém para assinar o acordo.

"Força do voto prevalece sobre a força das armas", defende Portas


O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas, tinha advertido hoje em Bruxelas que aqueles que, na Guiné-Bissau, persistem na ilegalidade conduzem o país ao isolamento pela comunidade internacional, que julgará de forma diferente aqueles que "caírem em si".
Falando à margem de uma reunião de ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da NATO, Portas revelou ainda que na quinta-feira de manhã rumará a Nova Iorque para participar na reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas que vai dar uma atenção urgente à situação na Guiné-Bissau e que foi convocada na sequência de um esforço diplomático conduzido por Portugal, em associação com o Brasil, a presidência angolana da CPLP e o "legítimo" ministro dos Negócios Estrangeiros guineense.
Paulo Portas disse esperar que a reunião de Nova Iorque, que será realizada na quinta ou na sexta-feira, "constitua um passo importante na avaliação firme que a comunidade internacional tem feito", e do ponto de vista português "bem", de uma situação "extremamente grave" na Guiné-Bissau, que o Governo português encara com extrema preocupação.
Lembrando que em situações como aquela que se vive na Guiné-Bissau "há muitos rumores e incertezas", Paulo Portas disse que é precisamente em momentos como este que é necessário reafirmar valores essenciais, como "tolerância zero com golpes de Estado que podem em causa a ordem constitucional".
O ministro sublinhou ainda, entre outras exigências, que "a vida dos dirigentes legítimos da Guiné-Bissau tem de ser preservada, a sua integridade física tem que ser respeitada e devem ser libertados sem condições", e que "é preciso concluir o processo eleitoral que foi interrompido, porque a força do voto prevalece sobre a força das armas".
Por fim, assinalou, "é necessário uma força internacional que tenha várias parcerias, de forma a ajudar a Guiné-Bissau a libertar-se deste clima de golpe de estado permanente".

Medicamentos não foram entregues ao primeiro-ministro guineense

O primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, continua sem tomar os medicamentos e vê a diabetes subir para níveis perigosos. O funcionário da Cruz Vermelha que disse à imprensa e à delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) ter entregue os medicamentos a Gomes Júnior estaria a mentir.

Medicamentos não foram entregues ao primeiro-ministro guineense
 
Os medicamentos, escreve o Correio da Manhã, não foram entregues. O mesmo sucedeu com a comida, levada ao final da manhã de terça-feira pela advogada do primeiro-ministro, com a devida autorização dos militares, que insistem numa campanha de desinformação.
Na terça-feira à noite anunciaram uma reunião da CEDEAO com o primeiro-ministro detido, no dia seguinte admitiram não ter havido esse encontro. Um ex-prisioneiro da cela onde Carlos Gomes Júnior e o presidente interino, Raimundo Pereira, se encontram detidos contou ao CM que o espaço é imundo, infestado de mosquitos e nele só cabe uma pessoa. Para que um se deite a dormir, o outro tem de estar sentado.
Gomes Júnior só será libertado quando houver segurança
O primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o presidente interino Raimundo Pereira só serão libertados quando existirem condições de segurança, garantiu ontem o porta-voz do denominado Comando Militar que na passada quinta-feira interrompeu o normal funcionamento das instituições democráticas na Guiné-Bissau.
De acordo com o tenente-coronel Daba Nah Walna, em entrevista à rádio Voz da América, “desde o momento em que se forme governo e haja um responsável pelo pelouro da segurança, do Interior”, os militares considerarão “que estão criadas condições para o primeiro-ministro e o Presidente da República serem postos em residência vigiada até se poder provar que não há ninguém que lhes queira fazer mal”.
Militares vão começar a regressar aos quartéis
Os militares na Guiné-Bissau vão começar a regresar aos quartéis. Este é um dos pontos do acordo que vai ser assinado, esta quarta-feira, entre os militares e os partidos da oposição depois do golpe de Estado que aconteceu há uma semana.
O porta-voz do Conselho Nacional de Transição, Fernando Vaz, explicou à TSF os detalhes deste entendimento, que deixa de fora o partido do poder. "Vamos assinar o acordo que terá, de um lado, o comando militar e, do outro lado, os partidos políticos da Guiné-Bissau que se disponibilizaram a ajudar e facilitar a retoma da normalidade do país", afirmou.
Conselho de Segurança da ONU reúne-se amanhã
O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se na quinta-feira de manhã para debater a situação na Guiné-Bissau, afectada por um golpe de Estado militar, disse hoje à Lusa o secretário-executivo da CPLP. Domingos Simões Pereira falava a partir do aeroporto de Lisboa, aguardando o voo que o levará a Nova Iorque, mas realçou que não participará na sessão com o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) será representada por Georges Chicoti, chefe da diplomacia de Angola, país que preside actualmente à organização. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Mamadu Djaló Pires, que se encontrava fora do país quando se deu o golpe de Estado, será ouvido na sessão.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Taur Matan Ruak é o novo Presidente de Timor-Leste

O ex-chefe das Forças Armadas timorenses, Taur Matan Ruak, foi eleito o novo Presidente de Timor-Leste na segunda volta das presidenciais, de acordo com os resultados difundidos nesta terça-feira pelo secretariado eleitoral.


Taur Matan Ruak conquistou 61,23% dos votos, ao passo que o seu adversário, o ex-presidente do Parlamento Francisco Lu Olo Guterres (apoiado pela histórica Fretilin – Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente) se ficou pelos 38,77% dos votos.
A participação cifrou-se nos 73%, especificou o secretário eleitoral.
Estes resultados, com base na totalidade dos votos, deverão ainda ser validados pelo sistema judicial timorense. Os resultados oficiais e definitivos não serão anunciados antes do final da semana.
O novo Presidente de Timor-Leste acredita que conseguirá replicar na política a "transição bem sucedida" que conduziu nas Forças Armadas e não deixará que o país se descontrole, como aconteceu na Guiné-Bissau.
O general e antigo chefe das Forças Armadas de Timor-Leste, 56 anos, quer ser um exemplo para os mais novos. "Acredito nos jovens que estão aqui", afirmou, a 8 de Fevereiro, após anunciar a sua candidatura às presidenciais, que acabou por vencer agora, à segunda volta, contra Francisco Lu Olo Guterres e de ter destronado, na primeira volta, o Presidente em funções, José Ramos-Horta, Nobel da Paz em 1996.
Na mesma altura, o ex-chefe das Forças Armadas disse que recebeu três pedidos dos cidadãos timorenses para o futuro: prosperidade, grandes mudanças e transição geracional. Também lhe pediram um "pensamento estratégico com grandes linhas de orientação" para o desenvolvimento do país nos próximos 20 anos e uma liderança forte, que inspire os timorenses e contribua para "prestigiar o povo", relata ainda a Lusa.
Taur Matan Ruak, nome de guerra de José Maria de Vasconcelos, líder da ala militar da Resistência na fase final da ocupação, chefe do Estado-Maior até Setembro do ano passado, contou também com o seu prestígio militar. Na campanha manifestou-se – tal como Lu-Olo – preocupado com a corrupção e os sinais exteriores de riqueza, que pretende ver investigados, e defendeu o serviço militar obrigatório para os jovens com mais de 18 anos.
A 7 de Julho os timorenses vão novamente às urnas eleger um novo Parlamento.

Ronaldo e Mourinho entre os melhores em 20 anos de Premier League

Cristiano Ronaldo e José Mourinho, agora no Real Madrid (foto AP)
 
 

Os portugueses Cristiano Ronaldo e José Mourinho estão nomeados para os prémios de melhor futebolista e melhor treinador das últimas duas décadas da Premier League, cujos galardões vão ser entregues a 15 de maio.

O avançado, que brilhou em Inglaterra ao serviço do Manchester United, está na corrida ao troféu de melhor jogador com Dennis Bergkamp, Eric Cantona, Ryan Giggs, Thierry Henry, Roy Keane, Paul Scholes, Alan Shearer, Patrick Vieira e Gianfranco Zola, e disputa ainda um lugar no onze ideal das últimas duas décadas.

Já José Mourinho, que conduziu o Chelsea à conquista de diversos títulos, concorre ao galardão de melhor treinador com Alex Ferguson, Arsène Wenger, David Moyes e Harry Redknapp.

O treinador, que se apresentou em Inglaterra como sendo «especial» pelo que conquistara ao serviço do FC Porto, está ainda nomeado como autor de uma das cinco melhores frases dos últimos 20 anos, com a declaração que proferiu na sua primeira aparição em Stamford Bridge: «Sou campeão europeu, não sou apenas mais um. Sou especial».

Os dois portugueses podem ainda ser distinguidos na eleição da melhor equipa e melhor temporada, à qual concorrem Chelsea e Manchester United pelos desempenhos em 2004/05 e 2007/08, respetivamente.

Os prémios para melhor jogador, treinador, época e frase serão escolhidos por um painel formado por personalidades do futebol, jornalistas e comentadores, cabendo aos visitantes do ‘site’ da Liga inglesa a eleição do melhor golo, jogo, defesa, festejo e onze ideal.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Comité Internacional da Cruz Vermelha visita Carlos Gomes Júnior para lhe entregar medicamentos

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, preso em lugar incerto desde quinta-feira, pelos golpistas do Comando Militar, recebeu uma “visita de urgência” para a entrega de medicamentos da equipa local do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) no sábado à tarde.

A visita foi “breve”, e serviu apenas para um elemento da organização em Bissau o ver e lhe entregar os medicamentos de que necessita para controlar a diabetes, disse ao PÚBLICO por telefone, a partir de Dakar, no Senegal, o porta-voz do CICV na região, Denes Benczedi.
Benczedi disse não poder adiantar qualquer outra informação sobre o estado e as condições em que se encontra detido o primeiro-ministro e candidato mais votado na primeira volta das presidenciais, nem se Carlos Gomes Júnior está preso no quartel de Mansoa, a poucas dezenas de quilómetros de Bissau, como foi noticiado.
“Pudemos entrar para lhe entregar os medicamentos”, disse Denes Benczedi. “Ele está bem como uma pessoa pode estar bem nestas circunstâncias. É uma situação sem dúvida muito complicada para ele.”
Benczedi ressalvou ainda que esta não foi uma visita nos moldes habituais do CICV, habitualmente mais longas, mas apenas durou “poucos minutos” para responder à necessidade da medicação. “Não houve conversa.”
A equipa local da organização iniciou entretanto os procedimentos para poder ter acesso a todos os presos, entre os quais Raimundo Pereira, o Presidente interino. Sobre a possibilidade de outras figuras ligadas ao Governo estarem presas, o CICV não pode, neste momento, adiantar qualquer informação.
“Precisamos de confirmar quem está preso, antes de podermos avançar com qualquer dado seguro”, afirmou. O porta-voz em Dacar também optou por não adiantar quantas pessoas poderão estar detidas, se algumas continuam a ser perseguidas e em fuga devido às ameaças de morte que têm recebido.

Hiacemar: Novo barco para transporte turístico inter-ilhas

Hiacemar é o novo barco que irá transportar turistas entre São Vicente, Santo Antão e São Nicolau. O navio recebeu as bênçãos do Bispo Ildo Fortes este sábado, 14, no cais do Porto Grande, numa cerimónia que teve a presença de Humberto Brito, ministro do Turismo, Indústria e Energia.

Hiacemar: Novo barco para transporte turístico inter-ilhas
 
Foi num estaleiro improvisado na localidade de Ribeira de Vinha, São Vicente, que Graça e seus três irmãos “vestiram” o espírito empreendedor e deram corpo a este sonho. A construção do navio durou 14 meses.
“A aquisição de um barco no mercado internacional seria muito caro. Então optamos pela importação dos equipamentos dos EUA, Espanha e Portugal. Para construir o Hiacemar tivemos que improvisar um estaleiro na Ribeira de Vinha, e como as condições técnicas não eram as melhores muitas vezes recorremos à empresas especializadas na ilha”, disse o capitão Manuel Graça, durante a cerimónia de bênção do navio.
Augusto Neves, presidente da Câmara Municipal de São Vicente que também esteve presente na cerimónia, regozijou-se com a capacidade empreendedora desses irmãos. “A inauguração e bênção deste barco demonstra que Mindelo é uma cidade voltada para o mar, e é a partir dele que devemos projectar o desenvolvimento da nossa ilha turística. Quero parabenizar o comandante e a família por esses anos de imaginação e de sacrifício, porque hoje temos um navio para garantir o transporte turístico em São Vicente ”, declarou Neves.
Esta é uma iniciativa que vai beneficiar a economia nacional, considera Humberto Brito, ministro do Turismo, Indústria e Energia. "Este é um exemplo de empreendedorismo a ser seguido. Mostra a capacidade nacional para produzir embarcações de qualidade que possam servir a economia nacional e promover o crescimento de Cabo Verde no seu todo”, disse Brito, que também apelou aos agentes da área a desenvolverem iniciativas para promover a circulação turística inter-ilhas.
O Hiacemar tem 17 metros de comprimento e quatro metros de boca. Percorre 20 milhas náuticas por hora e tem capacidade para transportar 50 passageiros.

Assalto!

Ok, nta bem ranja um bicicleta assi bu ca ta assaltam.

Radar 13 de Abril 2012
Aproveitadora

Com a ilha em plena pré-campanha para as autárquicas, em S. Vicente não faltam cenas para descontrair. Radar soube de um caso que aconteceu no último fim de semana em Ribeirinha. Em tempos de todas os simpatias, o edil Augusto Neves (MpD) cedeu a praça da Ribeirinha aos jovens do bairro, que queriam dar um “move” no feriado da Páscoa. Estando a Nelita de visita à zona, a rapaziada deu de olho na gata do PAICV e convidou-a a participar na festa. Nelita, que sabia ao que ia, não se fez rogada e foi direitinha ao palco… E até botou discurso para as mais de 200 pessoas presentes no local. Xatiadu si, Gust mandou avisar que não gostou dessa da Nelita aproveitar, na “mansu mansu”, o trabalho dos outros. O recado está dado!
Lua engana galo
Um indivíduo tentou roubar numa casa em Ponta D’Água e se deu muito mal. O galo foi cantar depois da 4H00 da madrugada desta quarta-feira, mas, por falta de sorte, saiu de lá galinha. Após ser apanhado com a boca na botija, o dono encheu-lhe de pancada e só saiu de lá “piladinho” numa maca rumo ao hospital. “Mamã, n ka ta ba la más, mamã, n ka ta ba lá más”... Se tiver vergonha na cara não voltará, com certeza. Se voltar jamais cantará nem nesta nem noutra freguesia, vai avisando a antena do Radar. A vida é um bem preciooooso…Que o ladrão lembre disto antes de colocar “mon na kusas di alguén”
Bodas de ouro
Hélder e Celeste Almeida celebraram no último sábado, as suas Bodas de Ouro, corolário de uma relação baseada no amor que os une há 50 anos. Rodeados de filhos e netos, familiares, amigos de longa data e recentes, renovaram os votos de amor e fidelidade, inspirando outros a seguirem este exemplo raro nos dias de hoje. Ao simpático e ainda muito apaixonado casal, votos de muitas felicidades..

Força portuguesa com destino à Guiné-Bissau ficará estacionada em Cabo Verde

A Força de Reacção Imediata (FRI) portuguesa que partiu este fim-de-semana com destino à Guiné-Bissau ficará estacionada em Cabo Verde. Segundo a imprensa lusa, o objectivo desta missão é ficar mais próximo de Bissau para resgatar cidadãos portugueses e também de outras nacionalidades.

Força portuguesa com destino à Guiné-Bissau ficará estacionada em Cabo Verde
A Força de Reacção Imediata das Forças Armadas portuguesas é composta por uma fragata, uma corveta e um avião P-3 Orion. Partiram na tarde do passado domingo e já devem estar em solo cabo-verdiano.
Fonte oficial do Ministério da Defesa afirmou à Lusa o objectivo desta decisão: “ficarmos mais próximos da Guiné-Bissau caso venha a ser necessário proceder a uma missão de evacuação de cidadãos portugueses e de pessoas de outras nacionalidades”. Entretanto, o Ministério da Defesa garantiu que “não há nenhum projecto de intervenção militar previsto”.

domingo, 15 de abril de 2012

CPLP quer “força de interposição” na Guiné-Bissau 

A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) defendeu este sábado uma “força de interposição” na Guiné-Bissau com o aval da ONU. A força visa a defesa da paz e da segurança e a garantia da ordem constitucional.

CPLP quer “força de interposição” na Guiné-Bissau
 
A força de interposição, com um mandato definido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, visaria a protecção das instituições, das autoridades legítimas e das populações. Mais, permitiria a conclusão do processo eleitoral e a concretização da reforma do sector de defesa e segurança.
O pedido foi feito num comunicado publicado neste sábado depois de uma longa reunião do Conselho de Ministros da CPLP. O conselho decide “condenar, com veemência, todas as acções de subversão ocorridas na Guiné-Bissau, exigindo a imediata reposição da ordem constitucional, da legalidade democrática e a conclusão do processo eleitoral”.
O documento urge ao fim de todos os actos de violência feitos pelos golpistas e avisa que se estes actos ocorrerem haverá consequências graves no âmbito do direito penal internacional. “As únicas autoridades reconhecidas pela CPLP na Guiné-Bissau são as que resultam do exercício do voto popular, da legalidade institucional e dos imperativos da Constituição”, lê-se no comunicado.
A CPLP quer ainda aprovar um “plano de acção imediata” com as decisões tomadas acima. Uma das maiores preocupações é resgatar todas as personalidades que estão sob custódia dos militares sublevados. O secretário executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, tinha adiantado nesta manhã à Lusa que o principal objectivo do encontro seria “o de continuar a persuadir todas as estruturas, no sentido da preservação da segurança e da integridade física das pessoas que estão sob custódia” – nomeadamente o primeiro-ministro e candidato à presidência, Carlos Gomes Júnior, e do chefe de Estado interino, Raimundo Pereira.

sábado, 14 de abril de 2012

Com a situação na Guiné-Bissau ainda mergulhada na incerteza, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reúne-se hoje em Lisboa para discutir uma reacção ao golpe de Estado de quinta-feira à noite.

O secretário executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, adiantou à Lusa que o principal objectivo do encontro será “o de continuar a persuadir todas as estruturas, no sentido da preservação da segurança e da integridade física das pessoas que estão sob custódia” – nomeadamente o primeiro-ministro e candidato à presidência, Carlos Gomes Júnior, e do chefe de Estado interino, Raimundo Pereira. Será igualmente prioritário criar “canais de comunicação para permitir a procura de uma solução negociada para a crise”.

Na véspera, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas, defendeu que a organização deve adoptar uma postura firme face à intentona militar, a fim de garantir um “triunfo da legalidade”. “Não podemos condescender com um golpe militar que acontece a meio de um processo de eleição do Presidente da República”.

No terreno, a situação permanece calma mas confusa. Depois do recolher obrigatório imposto durante a noite pelo autodenominado “comando militar”, a manhã começou sem incidentes em Bissau: o comércio abriu e é pouco visível a presença de militares nas ruas, adiantam várias fontes.

Num comunicado divulgado ontem à noite, os golpistas confirmaram ter detido o Presidente interino, o primeiro-ministro e vários membros do seu governo, bem como o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, António Indjai. Na nota, assinada pelo “Estado Maior General das Forças Armadas”, os militares repudiam “qualquer ação que possa pôr em causa a instauração da ordem e tranquilidade” e referem que todas as estações de rádio privadas vão continuar encerradas.

O golpe de Estado coincidiu com a data prevista para o início da campanha para a segunda volta das presidenciais, mas os golpistas justificam a acção com um “acordo secreto” entre as autoridades nacionais e o Governo de Angola “para aniquilar as forças armadas da Guiné-Bissau”. No documento, os militares referiram não ter “qualquer ambição de poder”, e justificaram o golpe com a missão militar angolana (Missang) que está na Guiné-Bissau desde 2011 com um mandato de capacitação, e que inclui a reforma das forças armadas.

Mais tarde, os golpistas reuniram com partidos da oposição e propuseram a criação de um governo de unidade nacional, adiantaram à AFP membros das formações políticas que participaram na reunião. "Os militares pediram-nos para reflectir sobre um governo de união nacional e a sua composição, mas exigem os cargos de ministro da Defesa e do Interior", disse um dos responsáveis políticos que pediu anonimato.

Nasceu uma estrela

Retratos

Mónica Alice ainda só gravou um single – In the Zone –, mas adivinha-se-lhe um futuro de estrela. Filha de pais cabo-verdianos da ilha de Santo Antão, a jovem cantora foi descoberta por Denis Graça, que agora apadrinha a sua ascensão ao estrelato. “Ela é extraordinária”, declara o produtor sobre a cantora de voz encorpada, que muito faz lembrar as divas da soul music.

Nasceu uma estrela
 
In the Zone, que já está à venda no amazon.com, é um zouklove cantado em inglês e com pitadas de techno integralmente produzido pela DG Records, a produtora de Denis Graça. “Mónica Alice é a primeira artista da minha label. Acredito que ela vai estourar nos tops”, diz Denis Graça que já disponibilizou no youtube um excerto do video de gravação de In the Zone.
O sucesso que o single está a fazer não é obra do acaso. A história de Mónica Alice começou a ser escrita quando era ainda criança. Em casa dos pais ouvia e cantava desde ritmos cabo-verdianos, latinos, bossa nova a R&B / soul, pop e dance-music. Mariah Carey e Tina Turner, divas com quem partilha a voz potente, inspiraram-lhe confiança para lutar pelo sonho de ser cantora.
Aos 18 anos, Mónica Alice finalmente decidiu testar o seu talento, longe da apreciação quase sempre suspeita dos pais e parentes. E largou o curso de turismo. Entrou para a Escola de Artes de Amsterdão, após uma concorrida audição, e não mais parou. A solo, em salas como Paradiso, De Melkweg, Panama e Sugar Factory. Como corista de outros artistas. A sua agenda está sempre cheia.
Mas o melhor estava por vir. É que um primo de Mónica Alice enviou para Denis Graça o videoclip em que a cantora aparece dançando e cantando com alguns amigos nas ruas de Amsterdão. Encantado, o cantor, compositor e produtor não perdeu tempo. Ofereceu a Mónica Alice a chance de gravar um disco.
O álbum, ainda sem data de lançamento, promete um novo som, fusão de pop/R&B/house com ritmos africanos e latinos, tradução perfeita da cultura global que mora na voz de Mónica Alice.

«Situação não é a melhor na Guiné-Bissau» comenta ministro angolano das Relações Exteriores

Crise agudizou-se em Bissau horas depois de Georges Chicoty ter deixado o país (foto ASF)
 
 

Georges Chicoty, ministro das Relações Exteriores de Angola, estava de viagem entre Luanda e Lisboa quando se iniciou a intervenção militar nas ruas de Bissau. Coincidência ou não, tudo aconteceu horas depois de ter deixado a Guiné, onde se reuniu com o Presidente interino, Raimundo Pereira, a quem comunicou o fim da Missang, Missão Angolana de Apoio à Reforma do Setor Militar da Guiné-Bissau, e a retirada dos cerca de 200 militares que compunham o efetivo angolano.

«Esta retirada deve-se à situação de crise. De facto, a situação não é a melhor na Guiné-Bissau. Neste momento nem sabemos o que se está a passar lá, por isso as nossas tropas estão em período de retirada. A Missang está no seu fim, mas não abandonamos a Guiné-Bissau, vamos continuar a trabalhar para encontrar a melhor solução para ultrapassar esta crise», disse Georges Chicoty em Luanda, momentos antes de embarcar, citado pela Angop. Declarações absolutamente premonitórias.

Reunião de emergência da CPLP
Nem de propósito: o conselho de ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa vai reunir-se este sábado em Lisboa para discutir a situação na Guiné Bissau.

O encontro foi marcado com caráter de urgência, mas, curiosamente, ainda antes da intervenção dos militares em Bissau. O objectivo inicial era ouvir Angola e analisar as razões e implicações do fim abrupto da missão das tropas angolanas (Missang) na capital guineense.

Por maioria de razão, este encontro ganha contornos mais relevantes.

África Ocidental reage a «informações negativas» sobre Guiné-Bissau

Carlos Gomes Júnior está protegido por militares angolanos (foto AP)
 

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenou esta sexta-feira o golpe militar na Guiné-Bissau.

«Tivemos informações negativas sobre a Guiné-Bissau e essas informações indicam-nos que há um golpe em curso», disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Costa do Marfim, Daniel Kablan Duncan. «A CEDEAO condena essa tentativa de golpe de Estado.»

Neste momento, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, estará a salvo, protegido por militares angolanos, embora o seu paradeiro não seja conhecido, por motivos de segurança.

Tensão na Guiné-Bissau, depois de presidente interino detido e PM protegido

Carlos Gomes Júnior está protegido (foto ASF)
 

O clima vivido esta sexta-feira na Guiné-Bissau é, aparentemente, calmo, segundo os relatos que chegam do país, mas mantém-se a tensão, depois da profunda agitação do golpe militar.

O cenário de tiroteio nas ruas deu lugar a uma situação mais estável a partir do final da noite de quinta-feira, notando-se uma menor presença de militares, que bloqueavam as vias.

Até ao momento também não foram reportadas vítimas da intervenção militar, não havendo registos de mortos ou feridos nos hospitais após os tiros que tomaram de assalto o território.

Presidente interino detido
O Presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, foi ontem detido por militares na Fortaleza Amura, onde funciona o Estado-maior das Forças Armadas, de acordo com o Público.

Até ao momento, não existem informações oficiais sobre a situação do presidente interino, qual a sua localização e se estará ou não a salvo.

Primeiro-ministro protegido pela Missang
Já o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, candidato presidencial, está em local incerto, mas protegido pela Missang, Missão Angolana de Apoio à Reforma do Setor Militar da Guiné-Bissau. A informação voltou a ser confirmada.

A rua Combatentes da Liberdade da Pátria, onde se localiza a casa de Carlos Gomes Júnior, voltou esta sexta-feira a ser bloqueada pelos militares.

Blogues que seguem ao minuto a situação de instabilidade no país relatam que a casa do chefe de Governo ficou destruída depois dos ataques dos militares e que o cão de Carlos Gomes Júnior terá sido morto a tiro. A mulher do político também terá sido encontrada em casa e levada por populares.

Instabilidade política na Guiné-Bissau
A crise nos destinos políticos da Guiné-Bissau começou a desenhar-se depois da morte do presidente Malam Bacai Sanhá. As eleições presidenciais realizadas após o falecimento do chefe de Estado colocaram Carlos Gomes Júnior, atual primeiro-ministro da frente (49 por cento dos votos).

No entanto, o resultado eleitoral foi fortemente constestado pelos candidatos adversários, principalmente por Kumba Yalá, antigo presidente da Guiné-Bissau e candidato ao cargo. Yalá, que arrecadou 23 por cento dos votos, denunciou uma alegada fraude nos resultados e apelou ao boicote da segunda volta, que está agendada para dia 29 deste mês.

Primeiro-ministro da Guiné-Bissau protegido permanece em local incerto

Carlos Gomes Júnior (foto AP)
 

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, permanece em paradeiro incerto, por motivos de segurança, mas está a salvo. A informação voltou a ser confirmada esta sexta-feira.

Segundo o blogue Ditadura do Consenso, que tem acompanhado os desenvolvimentos no território, Carlos Gomes Júnior «está bem e em local seguro», um dia depois de A BOLA ter noticiado que o político está sob proteção da Missang, Missão Angolana de Apoio à Reforma do Setor Militar da Guiné-Bissau.

Não foi, por isso, revelado o local onde se encontra Carlos Gomes Júnior, candidato às eleições presidenciais da Guiné-Bissau, depois da morte do antigo chefe de Estado Malam Bacai Sanhá.

O mesmo blogue dá ainda conta de pilhagens, entre as quais a residência da presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maria do Céu Monteiro, do ministro do Comércio, Botche Candé, do presidente da CNE, Desejado Lima da Costa, do secretário de Estado dos Transportes e genro do PM, José Carlos Esteves. Também é revelado que o presidente interino, Raimundo Pereira, foi detido.

Entretanto, um comunicado das Forças Armadas explica que a decisão de lançar a operação na capital foi motivada pela necessidade de defender a instituição contra uma alegada agressão das forças angolanas.

O documento, divulgado pelo auto-intitulado Comando Militar, indica que as Forças Armadas não ambicionam «o poder», mas sim a defesa das Forças Armadas guineenses de uma agressão que estaria a ser liderada pelas Forças Armadas de Angola, no âmbito da União Africana.

Cavaco Silva condena golpe de Estado na Guiné-Bissau

Cavaco Silva, Presidente da República (foto LUSA)
 
 

O Presidente da República Portuguesa reagiu esta sexta-feira de manhã aos recentes acontecimentos vividos em Bissau, condenando «veemente» a atuação dos militares.

Cavaco Silva lamentou «o golpe de Estado que teve lugar na Guiné-Bissau na passada noite», numa altura em que as informações que surgem do território não são concretas.

O chefe do Estado defendeu, por isso, uma «intervenção firme» da comunidade internacional para impedir que prossiga a «fonte de violência» das chefias militares na Guiné-Bissau, que penalizam o povo guineense.

Comando Militar prestou esclarecimentos após reunião com partidos políticos

Dabana Na Walna (foto LUSA)
 

Depois da reunião de esclarecimento entre o comando militar guineense e os partidos políticos com e sem assento parlamentar, os militares revoltosos afirmaram querer «uma saída política para a crise» em que se encontra o país.

Os golpistas terão ainda alegado que o conflito se precipitou devido à «presença perigosa» de uma missão militar angolana na Guiné-Bissau, argumentando que esta terá desenvolvido missões secretas no país, tendo inclusivamente chegado a acordo com o primeiro-ministro e o presidente para neutralizarem as forças armadas guineenses.

Ainda sem propostas concretas, Dabana Na Walna, porta-voz do Estado-maior General das Forças Armadas, exigiu a formação de um novo governo, assim como a realização de novas eleições.

A tensão continua iminente nas ruas da Guiné-Bissau, com a população a confessar a vários meios de comunicação o desejo de intervenção militar externa para pôr fim ao clima de instabilidade que se apoderou do país após o golpe na noite de quinta-feira.

Chefe das Forças Armadas António Indjai foi deposto

Nacional
Fotos de arquivo (foto AP)
 

Um dia depois do início dos confrontos na Guiné-Bissau, os golpistas começam a dar indícios de estar a ceder às pressões exteriores.

Condenados internacionalmente pelos Estados Unidos, União Europeia, Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDIA), Portugal e o Conselho de Segurança da ONU, entre outros, depois de marcar uma reunião de esclarecimento acerca das suas intenções, os revoltosos anunciaram a deposição do chefe das Forças Armadas, António Indjai.

Autoridade máxima, nos golpes que começaram na noite quinta-feira, Indjai foi deposto depois dos revoltosos terem exigido a formação de um governo de união nacional, sem o presidente interino Raimundo Pereira, nem o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, no prazo de três dias.

Daba Na Walna, porta-voz do comando militar, acrescentou ainda que serão convocadas novas eleições presidenciais e legislativas, mas não forneceu mais dados sobre a questão.

De acordo com declarações ao longo de sexta-feira, os militares afirmaram que a despoletar do golpe só aconteceu devido a um suposto acordo secreto entre Guiné-Bissau e as forças angolanas, presentes no país.

Recorde-se que cerca de duzentos soldados angolanos foram enviados recentemente para a Guiné-Bissau para ajudar na reforma do país e tentar para com o clima de instabilidade vivido.

Este golpe ocorreu em plena campanha eleitoral do país.

Paradeiro do primeiro-ministro permanece desconhecido

Carlos Gomes Júnior  (foto LUSA)
 

O paradeiro do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior permanece desconhecido após a sua residência oficial ter sido atacada, esta quinta-feira, por militares.

«A casa foi atacada com granadas e fomos forçados a recuar», disse à AFP um policia que fazia a segurança da residência oficial de Carlos Gomes Júnior, confirmando que este estava em casa mais cedo, não podendo no entanto adiantar o seu paradeiro atual.

Militares atacam casa do primeiro-ministro

Carlos Gomes Júnior foi o vencerdo da primeira volta das eleições presidenciais guineenses (foto ASF)
 
Desconhece-se o paradeiro do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior - candidato do PAIGC e vencedor da primeira volta das presidenciais guineenses - depois de, esta quinta-feira, terem sido disparados tiros de metralhadora junto à sua residência oficial que terá sido atacada por militares com granadas.

Segundo avança a RTP Informação, os militares já tomaram controlo da Rádio Nacional e da sede do PAIGC, havendo relatos de pânico entre a população e de descontrolo nas ruas de Bissau, onde as forças militares também cortaram as estradas.

A embaixada de Portugal pediu a todos os portugueses para que não saiam das suas residências até a situação voltar ao normal.

Os incidentes registam-se na véspera de começar a campanha para a segunda volta das eleições presidenciais, agendadas para 29 de abril, e depois de Kumba Yalan ter apelado a um boicote à votação, ameaçando todos aqueles que fizessem campanha eleitoral. «Quem fizer campanha, arrisca-se a sofrer consequências», disse Kumba Yala, que na primeira volta obteve 23,26 por cento dos votos.