Vasco Gonçalves Spínola, deputado municipal eleito pela lista do PAICV e ex-líder da Assembleia Municipal da Brava, pede prudência na escolha do candidato do partido às eleições autárquicas de 2012 na ilha Brava.
Para não cometermos os mesmos erros das presidenciais e de outras eleições autárquicas, o PAICV deverá, em primeiro lugar, fazer um exercício mental, ou seja, ouvir as estruturas de bases ou através das sondagens para depois decidir ou definir os candidatos às próximas eleições autárquicas que se avizinham e não escolher um candidato de forma directa sem que as estruturas de base dêem a sua opinião. Isto seria envolver directamente as bases em todo processo da escolha do candidato e todos envolveria de corpo e alma na luta para eleger o candidato escolhido por bases e não pela direcção do partido, ou pela comissão regional.
No caso da ilha Brava, alguns nomes são apontados como possíveis candidatos na lista do PAICV que se não forem bem tratados poderíamos cair num abismo sem precedentes e perder as eleições autárquicas de 2012 nesta ilha.
Camilo Gonçalves poderia perfeitamente ficar o tempo que ele quiser à frente da Câmara Municipal da Brava, mas devido à sua ausência da ilha poder-lhe-ia custar muito para a sua reeleição a um quarto mandato. Sabemos que é difícil encontrar um candidato, seja pelo lado do PAICV seja pelo do MPD, com perfil de Camilo.
É um presidente que trabalhou muito para colocar a ilha num patamar de desenvolvimento desejável, realizou muitas obras de grande porte, mas a sua popularidade não é das melhores, por isso entendo que Camilo Gonçalves deveria sair pela porta da frente e não arriscar um quarto mandato o que poderia ditar uma derrota dele e do Partido. Para além de Camilo Gonçalves que já afirmou, caso apareça uma boa alternativa, ou um candidato de consenso, não avança com a sua candidatura à eleição autárquica de 2012, Daniel Tavares, é o nome mais falado.
Um candidato natural que pode ser alternativa ao actual presidente da Câmara da ilha das flores e que tem apoio das bases do partido. Ele foi primeiro secretário do PAICV e ex-delegado da EMPA, vereador e agora empresário. Este sim é o único candidato que pode reunir consenso e é, neste momento, o único candidato que poderá ganhar as eleições na ilha Brava.
Um outro candidato, que também já mostrou algum interesse, é Moisés Santiago que poderá ir às primárias, caso Camilo Gonçalves se recandidate. Outro nome é o de um senhor que vive nos Estados Unidos, de nome Petcha, e que quer o apoio do PAICV, caso não tenha apoio poderá concorrer como Independente.
Não quero aqui falar também numa possível candidatura minha às autárquicas, caso Camilo Gonçalves e Daniel Tavares se recusem a candidatar. Mas penso que posso contribuir para juntos encontrarmos um candidato que pode substituir Camilo Gonçalves e esse candidato só se for Daniel Tavares.
Seja como for, tanto a comissão política como a comissão regional devem deixar que os militantes escolham livremente o seu candidato sem interferência de um ou de outro para que todos mobilizem esforços em volta de um candidato e atribuir as responsabilidades aos militantes que, de uma forma ou de outra, se sentirão envolvidos em todo o processo da escolha do candidato e contribuirão para ganhar as próximas eleições autárquicas sem grandes sobressaltos.
Aos militantes impõe-se a responsabilidade de interpretar correctamente e de cumprir com as suas palavras, intensificando a sua acção quotidiana, elevando a consciência política e a preparação para que a eleição autárquica na ilha de Eugénio Tavares, seja sempre do PAICV.
Se fizéssemos este exercício mental de ouvir as estruturas de bases creio que, por mais ambicioso que os candidatos sejam, não haverá necessidade de realizar as primárias.
Para o bem do Partido sejamos prudentes para fortalecer a coesão interna e ganhar as próximas eleições autárquicas de 2012 em Cabo Verde.
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