Grupo Salvador Caetano investe 3,6 milhões de euros em Cabo Verde
O Grupo Salvador Caetano (SC), que se instalou em Cabo Verde há duas décadas, investiu 3,6 milhões de euros na ampliação do espaço na cidade da Praia, tendo alargado o portefólio de marcas ao Grupo Volkswagen. Na cerimónia de inauguração, o ministro Humberto Brito desafiou o grupo económico a fazer do arquipélago uma plataforma de exportação automóvel.
As novas instalações, que passaram de 2088 para 3588 metros quadrados, vão permitir, segundo o director-geral do grupo SC, Adelino Silva, aumentar a produção e a capacidade de armazenamento e concretizar a aposta na parte comercial e nos serviços pós-venda, que “só representam, ainda, 15 por cento da facturação”.
A facturação da empresa foi de 20 milhões de euros em 2011, mas, ainda assim, Adelino Silva considera que o ano foi “mau” e 2012 perfila-se também como "negativo", uma vez que o primeiro semestre "está também a correr muito mal".
"Em 2011 vendemos cerca de 800 veículos. Para este ano, tínhamos previsto ultrapassar esse número, mas o primeiro semestre está a correr muito mal. Há uma crise muito grande, há uma grande falta de apoio ao consumo e tem havido retracção das vendas". Apesar disso, o director-geral acredita que é uma situação que será ultrapassada.
Já o vice-presidente do Grupo SC, Salvador Acácio Caetano, preferiu destacar as ambições do grupo que passam por expandir as suas actividades para a África Ocidental e América do Sul. E justifica, dizendo que a taxa de penetração no “relativamente pequeno” mercado cabo-verdiano, presente em seis ilhas, é de cerca de 87 por cento, e que a aposta em Angola, também há quase 20 anos, vai permitir diversificar mercados.
"Iremos talvez para outros países africanos. Queremos investir e internacionalizar fora da Península Ibérica, onde somos o "número 1". Temos é de sair para outros lados e, se calhar, há outros destinos que podem aparecer, e porque não a América do Sul", disse, sem especificar que países.
Na inauguração do novo espaço, o ministro do Turismo, Indústria e Energia, Humberto Brito, desafiou os empresários portugueses e espanhóis - os grupos Salvador Caetanos e Domingo Alonso – a utilizar Cabo Verde como plataforma para exportação das viaturas e serviços para outros mercados.
Lembrando que Cabo Verde quadruplicou o parque automóvel nos últimos cinco/seis anos, Humberto Brito salientou a promoção que tem sido feita no país do comércio de viaturas, realçando a realização da Feira do Automóvel, cuja primeira e única edição realizou-se em Maio de 2011.
"Cabo Verde poderá tirar aproveitamento deste desafio à volta da movimentação do sector financeiro", realçou, defendendo que a estabilidade do país numa sub-região oeste-africana política e militarmente conturbada, permite a criação de uma plataforma para outros mercados.
Humberto Brito realçou a vontade do Governo cabo-verdiano em tornar o arquipélago num "centro capacitado para servir de investimentos em outras latitudes", uma vez que o país tem condições para crescer e que a reforma do Estado, em curso, e o apoio ao sector privado, permitirá maior competitividade.
Ao criar em 2010 a parceria com o Grupo Domingo Alonso, o Grupo Salvador Caetano, através das empresas que criou em Cabo Verde, detém 80 por cento das vendas do mercado automóvel no arquipélago, comercializando a Toyota, Daihatsu e Ford, a que se juntaram as quatro marcas da empresa espanhola: Volkswagen, Audi, Skoda e Seat.
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