segunda-feira, 11 de abril de 2011

Tarrafal: frustrações dos desportistas da vila/cidade de Mangui 11 Abril 2011

Onde estaríamos hoje (em termos desportivos) se tivéssemos as condições minimamente humanas para a prática desportiva?

Peço-vos que reflictam sobre essa questão!

Na época anterior, a equipa de Volley do Tarrafal foi vice-campeã nacional, a equipa de andebol feminino ficou em 3º no campeonato nacional e o Basket foi vice no campeonato de Santiago Norte.

Tarrafal: frustrações dos desportistas da vila/cidade de Mangui 
 
Em 2010 o Município contribuiu com dois atletas na selecção nacional de Sub-16 de Basket que representou o país em Moçambique, uma atleta na selecção de andebol e uma dupla de vólei-de-praia que vestiu as cores da nossa bandeira. Actualmente uma dupla de vólei-de-praia no escalão sénior masculino é do Tarrafal.
Todo esse mérito, apesar das condições precárias!
Hoje assistimos à construção de placas desportivas por todas as zonas do país e do concelho em particular. Por estranho que pareça, os desportistas da Vila (centro da “Cidade”) ainda praticam as modalidades em condições inaceitáveis. Temos um único polivalente que por “sabedoria” aproveitaram para nele construir um palco dentro em vez de bancadas.
Outra estranheza é o facto da actual placa desportiva do “Mangui Baixo”, que outrora já fora polivalente e que na década de 90 decidiram demolir as paredes em vez da sua requalificação e aproveitar as pedras para a ampliação do cemitério, está imprópria para a prática de desporto das equipas federadas, sem que seja efectuado qualquer esforço para a sua requalificação.
Podem achar a situação caricata, mas eu e os meus colegas de equipa assistimos à situação descrita anteriormente: Enquanto jogávamos Basket, o Volvo da Câmara Municipal apanhava as pedras e as conduzia ao cemitério local, ou seja, somos sacrificados durante a vida para termos conforto depois da morte! Estranha filosofia!
Há rumores de que não estão a fazer qualquer obra de requalificação no referido espaço, porque pensam vendê-lo (se já não o fizeram) aos irlandeses que compraram o Hotel Tarrafal.
Eu pergunto: A vontade dos munícipes não conta? Já foram ouvidos? Os estrangeiros chegam aqui, vêem as oportunidades de negócio e são satisfeitos: E nós, não contamos?
Qualquer dia chegamos à praça e somos proibidos de sentar nos bancos porque estes também já não nos pertencem.
Sempre que a Câmara for abordada sobre a situação das infra-estruturas desportivas na Vila, respondem que há um projecto para a construção de um pavilhão desportivo sem ainda saberem a sua localização (Vila, Chão Bom ou entre essas duas localidades)
Eu pergunto: Há projecto ou ideia? Falam em projecto sem localização, sem orçamento e sem qualquer desenho!
Sempre dão essa desculpa! Lembro-me que em 1995 perguntámos ao então Presidente da Câmara Municipal, Sr. Jacinto Furtado, que nos disse da existência de um projecto de pavilhão desportivo. Já passaram 16 anos e ainda estamos na fase do projecto. Aposto que se contactarem a Câmara Municipal, hoje, a mesma falará sobre o tal projecto/ideia.
Creio que seja uma atitude vingativa contra os desportistas (que seguramente são mais de 80% dos jovens) e sobretudo uma atitude bairrista por parte da edilidade, daí a insistência em perguntar:
Onde estaríamos hoje se tivéssemos condições condignas para a prática desportiva?

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