sábado, 30 de julho de 2011

Estado da Nação marcado pela insegurança e falta de energia no país

A insegurança e a falta de energia dominaram boa parte do debate do Estado da nação desta sexta-feira, 29, na Assembleia Nacional. Também o abastecimento de água, o desemprego, a educação e as políticas de economia marcaram o debate. Não faltaram troca de acusações entre os dois maiores partidos- PAICV e MpD- no Parlamento.

Estado da Nação marcado pela insegurança e falta de energia no país
“O tráfico de droga é um caminho de sangue”, assume a ministra da Administração Interna, Marisa Morais. Na hora em que tomou a palavra assumiu ainda que “não aceita corrupção generalizada na Polícia Nacional, como escreveu um jornal” e saiu em defesa dos profissionais “dignos e sinceros”.
O debate esteve debaixo de “fogo cruzado” onde o atentado, na semana passada, contra o juiz Faustino Varela e a droga que deu à costa no interior de Santiago, assim como a que desapareceu das instalações da Polícia Nacional na Praia foram os exemplos mais citados pela oposição, para atacar o governo e acusá-lo de “falta de políticas em matéria de segurança nacional”.
Da parte do governo, a ministra Marisa Morais diz que o executivo “está a tomar medidas” e apelou aos deputados para “não fazerem de algumas situações um cenário calamitoso”.
“A questão da droga é grave e reagimos, a questão das armas é grave e reagimos e no que diz respeito ao cerco do tribunal, devo dizer que acredito na independência da Justiça e às vezes é preciso deixar que as instituições funcionem”, assegurou a ministra, para quem “não há Estados sem criminalidade, nem segurança absoluta” e a título de exemplo falou da Noruega, que recentemente sofreu dois atentados.
À tarde, a educação, o emprego e juventude estiveram em debate, mas a questão da energia voltou à carga. A política energética do governo foi alvo de crítica, novamente por parte da oposição e o Primeiro-ministro saiu em defesa do seu executivo dizendo que a Electra “está a ser dividida em duas empresas, Norte e Sul, para ajudar a resolver os problemas existentes”.
“O governo está a fazer vários investimentos para que a Praia tenha um depósito de fuel pesado que se vai reflectir numa poupança de 400 mil contos por ano e vamos combater o roubo de energia”, disse José Maria Neves.
No final do dia, o líder da UCID acabou por reafirmar ao asemanaonline que o Estado da Nação “é negativo” e adiantou que “já sabia que não ia ficar esclarecido no final do debate”. “É o sexto debate a que nós assistimos e o senhor Primeiro-ministro já nos acostumou, nestes debates, a pintar o país da forma como bem entende”, considerou António Monteiro.
Também o presidente do MpD considerou que o Estado da nação “é mau, os resultados não são bons, apesar de muita propaganda” e também revelou que não ficou esclarecido.
“Nunca é. Neste formato nunca é. Temos 01h27 e o PAICV e o Governo têm, os dois, mais de três horas, portanto fica muito difícil debater as questões assim. Na próxima reforma do Parlamento, quando se tratarem as questões de fiscalização política temos de ser colocados em pé de igualdade”, reivindicou Carlos Veiga que também sugeriu a alteração do modelo de debate. “Temos de vir aqui debater um tema e se o fizermos durante uma tarde com certeza aprofundaremos esse tema, só ano a ano não há tempo”.
Por seu turno, o Primeiro-ministro disse que a nação “não está rosa nem negra” e que o governo “está a trabalhar para enfrentar os desafios do momento” e quanto aos esclarecimentos do debate, considera que “a oposição pode contribuir mais para os esclarecimentos”.
“Eu disse, durante todo o debate, que fiquei decepcionado com a prestação da oposição. Não trouxeram questões essenciais para o Estado da nação, para além de uma ou outra questão que, efectivamente, existem mas devíamos fazer um debate muito mais abrangente sobre o Estado da nação, ou seja, temos de ser mais produtivos neste confronto”, concluiu José Maria Neves.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Amy Winehouse, morre aos 27 anos!


Vícios matam Amy Winehouse aos 27 anos



Já se faziam apostas para adivinhar quando chegaria o fim, e o fim chegou bem depressa: a cantora britânica Amy Winehouse, de 27 anos, morreu ontem, na sua residência em Camden, no norte de Londres, Inglaterra. Apesar de a polícia, chamada ao local para confirmar o óbito às 11h00, não ter adiantado as causas, não é difícil imaginar que foram os excessos que mataram Amy Winehouse e calaram uma voz e um talento únicos.
A Universal, editora que a representa, apressou-se a lamentar o desaparecimento de uma cantora que em muito pouco tempo teve um impacto brutal no mundo da música - pelas boas e pelas más razões. "Estamos profundamente tristes com a perda de uma artista tão talentosa. As nossas orações estão com a família, os amigos e os fãs de Amy, nesta hora tão difícil para todos", lia-se no comunicado. Isto enquanto centenas de pessoas se juntavam já frente à casa de Amy Winehouse para prestar uma última homenagem à intérprete de ‘Back to Black' e ‘Rehab'.
A cantora, que em Junho passado tinha protagonizado mais um momento triste na sua carreira, actuando sob efeito de drogas em Belgrado, na Sérvia, naquele que foi considerado "o pior concerto de sempre", viu-se obrigada a cancelar a sua tournée europeia, que incluía Portugal.
Amy deveria voltar ao nosso país em Agosto para o festival Sudoeste, depois de ter cá estado no Rock in Rio Lisboa 2008.
Amy Winehouse começou a fazer história em 2003, quando, com 20 anos, lançou o seu álbum de estreia, ‘Frank', marcado pelas influências jazz. Três anos depois acontecia a explosão mundial com ‘Back to Black', que misturava sons R&B com soul e a pop dos anos 1950 e 60.
Os números começaram a falar: cinco Grammy, quase dois milhões de cópias vendidas num só ano. Mas Amy não sobreviveu à fama e ao tremendo sucesso.
PERFIL
Amy Jade Winehouse nasceu no seio de uma família judaica a 14 de Setembro de 1983, filha de um motorista de táxi e músico amador e de uma farmacêutica. Começou a compor aos 13 anos, entre os 20 e os 23 gravou dois discos (‘Frank' e ‘Back to Black') que a catapultaram para a fama. Em 2007 casou-se com Blake Fielder-Civil, de quem se divorciou em Agosto de 2009.
EX-MARIDO DE AMY NÃO QUIS DINHEIRO
O casamento com Blake Fielder-Civil alimentou os tablóides britânicos durante meses. Segundo as más-línguas, terá sido ele quem introduziu Amy à cocaína e à heroína, mas no processo de divórcio recusou receber dinheiro.
TERCEIRO DISCO ESTAVA PRONTO A SER LANÇADO
Há cinco anos que os fãs esperavam pelo sucessor do multipremiado ‘Back to Black'. O terceiro disco está completamente gravado e esperava-se apenas que a artista recuperasse para ser lançado. 
TANTO TALENTO QUANTO LOUCURA À MISTURA
O interesse de Amy Winehouse pela vida artística manifestou-se cedo - tão cedo quanto o seu carácter rebelde. Com 14 anos, foi expulsa da escola de teatro, a Sylvia Young Theatre School, por "não se esforçar" e por ter posto um ‘piercing' no nariz. Já adulta, confessou que em adolescente se automutilava e que sofria de distúrbios alimentares, mas foram as drogas e o álcool que assinaram a sentença de morte de Amy Winehouse, que, aos 23 anos, estava completamente dependente.
Ficarão para a história as fotos da cantora seminua, a deambular sozinha por Londres em Dezembro de 2007. Nos dois anos seguintes não se falou de outra coisa senão dos sucessivos internamentos da cantora em clínicas de desintoxicação.
Em 2010, Amy declarou-se "completamente curada", mas antes de um concerto na Sérvia, já neste ano, tinha feito novo tratamento na Priory Clinic.
CANÇÃO 'REHAB' FOI QUASE UMA CONFISSÃO PÚBLICA
A morte de Amy Winehouse apanhou o pai, Mitchell Winehouse, prestes a embarcar para os Estados Unidos, onde ia actuar com a sua banda de jazz, que ganhou novo impulso desde que a filha se tornou famosa. Amy até já tinha escrito a pensar na figura paternal: o tema ‘Rehab' (diminutivo de ‘reabilitação') foi inspirado nos conselhos do progenitor.
"Se o meu pai diz que estou bem/Ele tentou levar-me para a reabilitação/Mas eu não vou, não não." No estado de dependência em que se encontrava, de nada lhe serviram os conselhos. 
SABIA QUE IA MORRER AOS 27 ANOS
A maldição cumpriu-se: Amy Winehouse entra para a trágica lista de músicos talentosos que morreram aos 27 anos. E a cantora de ‘Rehab' suspeitava disso: ao ‘The Sun', uma amiga da artista confessou que Amy sabia que estava em risco e que se podia juntar a Kurt Cobain, dos Nirvana, Jim Morrison, dos The Doors, Janis Joplin ou Jimi Hendrix. Todos famosos, todos mortos prematuramente, aos 27 anos.
Os excessos foram tão frequentes que em 2007 o pai da cantora anunciou que já tinha escrito o discurso de funeral da filha, na sequência de um novo internamento de Amy por abuso de drogas, influenciada pelo ex-marido Blake Fielder--Civil: "Quando descobri que Blake lhe tinha dado mais drogas, não quis acreditar. Era tão mau como se alguém tivesse apontado uma pistola à cabeça da minha filha", comentou Mitchell Winehouse na altura.
O ‘Clube dos 27', que gerou teorias no universo da pop, começou com Brian Jones, dos Rolling Stones, afogado numa piscina em 1969.
Um ano depois, o mago das guitarras Jimi Hendrix engasgou-se no próprio vómito, num hotel londrino, depois de misturar vinho e drogas.
Seguiu-se Janis Joplin, também em 1970, que terá sucumbido a uma overdose de heroína. O líder dos The Doors, Jim Morrison, morreu numa banheira em 1971, em Paris, e, em 1994, Kurt Cobain, também viciado em drogas, matou-se com um tiro. A música pop nunca mais foi a mesma.
APOSTAS PARA ADIVINHAR MORTE
Com a ameaça de overdose em 2008, foi criado um site de apostas em que se convidava os utilizadores a preverem a data precisa da morte da cantora. Intitulado ‘When Will Amy Winehouse Die?' (traduzível por ‘Quando Vai Morrer Amy Winehouse?'), o portal prometia oferecer um iPod Touch da Apple ao vencedor. 
RIHANNA E MOBY REAGEM ON-LINE
Várias estrelas da música e não só reagiram nas redes sociais à morte de Amy Winehouse. A cantora Rihanna disse estar "genuinamente devastada" com o óbito, ao passo que o músico Moby pediu desculpa "por não ter ajudado mais" a cantora. Já a modelo Kate Moss disse no Twitter: "Estou triste por ver aquele talento esvanecer-se."
"MAIORIA DAS OVERDOSES É DE HEROÍNA" (João Goulão, Presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência)
- Que droga provoca mais overdoses?
- A maioria está relacionada com heroína, mas muitas vezes há mistura de substâncias. No entanto, hoje morre-se menos de overdose.
- Numa overdose de heroína o que sucede ao organismo?
- Há depressão do centro respiratório, morre-se por asfixia.
- De nada lhe valeu aceder aos melhores tratamentos...
- Se calhar nunca quis. Imagino que a pressão a levasse a consumir substâncias de sinal contrário, algo para acalmar, algo para trabalhar. Um cocktail terá levado à morte.
- Como analisa o impacto desta notícia?
- É mau pela vida que se perde mas pode ajudar a passar uma mensagem de alerta.
SÓSIA VAI ESTAR HOJE NO T CLUB  
O projecto musical ‘The Amy Winehouse Experience', liderado por uma sósia de Amy Winehouse e que interpreta músicas da cantora falecida, vai estar hoje no T Club, na Quinta do Lago, Algarve. A organização garantiu ontem ao CM que o espectáculo, marcado há algum tempo, vai realizar-se, apesar da súbita notícia, ontem, da morte da artista.
Além de canções como ‘Rehab', ‘Back to Black', ‘Me and Mr. Jones' ou ‘Valerie', da cantora, o projecto de tributo promete interpretar também clássicos de 1960.   
REACÇÕES
RUI VELOSO (Músico)
"Há pessoas que arriscam muito e outras que não arriscam nada - ela foi das que arriscaram. Infelizmente a história da música faz-se muito disto."
RITA GUERRA (Cantora)
"É uma péssima notícia e fico muito triste. Ela era tão jovem e tinha uma voz maravilhosa. Sucumbiu aos vícios, e é bom que os jovens pensem nisto."
ÁLVARO COVÕES (Promotor)
"A música fica mais pobre, sem dúvida, mas quem acompanhou a carreira da Amy percebia que não podia ir longe. Era uma pessoa muito doente."
ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO (Músico)
"A Amy há muito tempo que tinha traçado o fim da sua vida. Faz lembrar o Hendrix, a Janis Joplin... Vidas velozes que não têm a capacidade para travar."
MIGUEL ÂNGELO (Músico)
"Não é nada que não se pudesse prever. Agora poucas pessoas queriam trabalhar com ela. Os excessos levam a isto: ou se tornam adultos ou perecem."
JORGE PALMA (Músico)
"O que se pode dizer sobre Amy Winehouse que não seja previsível? Teve sucesso demasiado cedo na sua vida e não conseguiu lidar com isso."
LUÍS MONTEZ (Promotor)
"A primeira vez que vi Amy Winehouse ao vivo, em 2007 em Austin, Texas, a sua actuação deixou toda a gente emocionada. Pôs todos a chorar."
PAC (Músico)
"Não tenho afinidade com a sua música, mas tenho pena porque acho que ela tinha talento. Infelizmente é um cenário que conheço relativamente bem." 

Cabo Verde recebe 111 milhões de dólares de IDE

Cabo Verde recebe 111 milhões de dólares de IDE 

Cabo Verde recebeu 111 milhões de dólares em investimento directo estrangeiro (IDE) em 2010, menos oito milhões de dólares que no ano anterior. Estas informações constam do “World Investment Report 2011” da Agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

Cabo Verde recebe 111 milhões de dólares de IDE
No grupo dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, Angola foi o que recebeu mais investimento directo estrangeiro (IDE), com 9 mil milhões dólares. Mesmo assim, este valor foi inferior aos 11,6 mil milhões de USD registados em 2009.
Moçambique recebeu 893 milhões de dólares em 2009 e 789 milhões de dólares em 2010. São Tomé e Príncipe, o PALOP que menos IDE recebe, angariou menos investimentos externos em 2010, passando de 14 para três milhões de dólares.
A Guiné-Bissau recebeu nove milhões de dólares, montante também inferior ao do ano anterior. De acordo com esta agência da ONU, o investimento estrangeiro em África continua a cair, tendo o continente recebido no ano transacto 55 mil milhões de dólares.
Este número representa 10% do total dos fluxos de entrada de IDE nos países em desenvolvimento, contra os 12 por cento registados em 2009.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Benfica recebeu e venceu o Trabzonspor, por 2-0, golos de Nolito e Gaitán

Nolito e Gaitán garantem vitória na Luz


O Benfica recebeu e venceu o Trabzonspor, por 2-0, golos de Nolito e Gaitán, em jogo referente à primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões. A equipa portuguesa deu um importante passo para continuar na «Champions».

O Benfica com quatro reforços na equipa, Artur, Garay, Emerson e Enzo Pérez, entrou bem na partida e logo nos minutos iniciais teve uma boa oportunidade por Gaitán. Depois, perdeu velocidade e abusava nos passes, que acabavam por não dar em nada.

A segunda parte foi substancialmente diferente, o Trabzonspor começou a subir mais no terreno e a conceder mais espaços. Aos 54 minutos, Jorge Jesus decidiu apostar em Nolito e o extremo espanhol viria a ser decisivo, visto que aos 71 minutos inaugurou o marcador.

Aimar recuperou a bola e assistiu Nolito, com o médio espanhol, ex-Barcelona, a bater o guarda-redes Tolga. A equipa turca também foi criando alguns lances de perigo, mas muitas vezes caiam na malha do fora-de-jogo.

Depois, quando tudo apontava para o fim do jogo, o Benfica chegou ao segundo golo. Aos 88 minutos, o argentino Gaitán aplicou um espectacular remate, à entrada da área, sem defesa para o guardião do Trabzonspor.

De salientar que o Benfica a partir dos 64 minutos deixou de ter jogadores portugueses na equipa, após a saída de Rúben Amorim.

Este resultado faz com que o Benfica viaje até à Turquia com dois golos de vantagem na bagagem.

Presidenciais: Cabo-verdianos têm 49 mesas de voto em Portugal

O acto eleitoral para as presidenciais de 7 de Agosto vai decorrer em 49 mesas de assembleia de voto, distribuídas por Lisboa e Vale do Tejo, Região Norte e Sul do país e região autónoma dos Açores, informou esta quarta-feira a Embaixada em Lisboa.

Presidenciais: Cabo-verdianos têm 49 mesas de voto em Portugal
As mesas abrem às 08h00 e encerram às 18h00. Os cidadãos recenseados devem levar o respectivo passaporte ou bilhete de identidade cabo-verdianos, mesmo que se encontrem caducados, ou de título de residência ou passaporte português válidos.
Encontram-se disponíveis os websites da Embaixada de Cabo Verde - www.embcv.pt, e da Direcção Geral de Apoio ao Processo Eleitoral - www.dgape.cv, cuja consulta permitirá ao cidadão eleitoral identificar a sua Mesa de Voto e respectivo endereço. O número da linha telefónica aberta para informações é o 800 208 658.
As mesas na Região de Lisboa e Vale do Tejo estão em: Agualva, Alfornelos, Amora, Arrentela, Barreiro, Buraca, Carnaxide, Casal de S. Brás, Cova da Piedade, Damaia, Mina, Monte da Caparica, Odivelas, Porto Salvo, Queluz-Monte Abraão, Reboleira, Restelo, Rio de Mouro, Sacavém, São Domingos de Rana, Setúbal, Unhos, Vale da Amoreira, Vialonga, e Zambujal.
Na Região Norte, funcionam em Aveiro, Braga, Caminha; Coimbra, Leiria e Porto.
Na Região Sul, as Mesas de Voto ficam em Beja, Évora, Faro, Portimão e Sines. E na Região Autónoma dos Açores irão localizar-se em Angra do Heroísmo (ilha Terceira), Madalena do Pico (ilha do Pico) e Ponta Delgada (ilha de São Miguel).
Para qualquer informação adicional, as pessoas podem consultar os editais afixados nos seguintes locais:
- Secção Consular da Embaixada de Cabo Verde em Lisboa;
- Consulado Honorário de Cabo Verde no Porto;
- Consulado Honorário de Cabo Verde em Portimão;
- Consulado Honorário de Cabo Verde em Coimbra;
- Gabinete de Apoio Consular em Setúbal;
- Gabinete de Apoio Consular em Sines;
e em todos os locais onde se encontram Assembleias de Mesas de Voto.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO! Casimiro de Pina

 

No último comício, o dr. José Neves foi, porém, longe de mais. A coisa foi de uma gravidade sem limites. Acusou a tropa fandanga de “intriguista” (lá saberá porquê…) e afirmou que Amílcar Cabral foi morto pelos camaradas do partido. Registe-se: o PAIGC-CV é, assumidamente, um partido de cúmplices e criminosos
Exactamente como no grande livro de A. Huxley (sobre a Utopia? Distopia?), o sr. José Maria Neves e a facção rival do PAICV (o grupo dos “ratos” ou “intriguistas”, na nova versão do “grande líder”!) querem transformar a sociedade cabo-verdiana numa eficiente “linha de montagem”, em que os Engenheiros das Almas e os Progressistas de outrora programam o presente e o futuro da nação à medida dos seus sonhos hegemónicos e de poder absoluto. Nada escapa à sua voracidade.
Aristides Raimundo Lima, da sua parte, é aquilo que se sabe. Conhecedor da “doublespeak” e da estratégia de desinformação, apresenta-se, hoje, como o candidato da “cidadania”, ao mesmo tempo que mantém a sua condição de dirigente fiel do PAICV e as funções de deputado (este ponto é fundamental, porque o dr. Aristides, astuciosamente, apenas SUSPENDEU o seu mandato, quando devia RENUNCIAR, mostrando, aí sim, alguma independência e equidistância, como é exigível num cargo constitucionalmente suprapartidário).
No debate televisivo, acossado por um Jorge Carlos Fonseca acutilante, e mais inteligente, fez o que pôde para negar o óbvio: nunca gostou da actual Constituição da República e não votou a carta magna que fundou a II República.
Lá veio com a esperteza totalitária, brandida antes por uma certa ministra, de que o MpD “impediu”, na altura, a participação do PAICV e “excluiu” propositadamente a oposição, razão pela qual ficaram tristes (ó que pena!!!) e, como justo protesto, decidiram não votar a Constituição. O argumento é giro, mas tem um problema: é falso! Absolutamente falso e patético.
O MpD não excluiu ninguém. Acontece que o PAICV caiu na própria armadilha, vertida na Constituição de 1980, cujo art. 97.º, n.º 2, era taxativo. Um partido que não tivesse 1/3 dos deputados não podia apresentar qualquer projecto de revisão constitucional. E o PAICV, por vontade popular, não preenchia este requisito. Tinha apenas 23 deputados, num total de 79. É só fazer as contas. A verdade é que a malta não queria, do ponto de vista material, dos valores, uma ruptura com o legado da “democracia nacional revolucionária”. Esta é a única razão que motivou a recusa do novo texto constitucional.
Aristides, ao contrário da fanfarra de Júlio Correia, Filú e companhia, nunca assumiu um compromisso sério com a Constituição, sem a qual não há nenhuma “magistratura de influência”. Sempre que pôde, ajudou o PAICV, o seu partido de sempre, a violá-la, entre sorrisos e afagos que só enganam desatentos e inocentes úteis. É o porta-estandarte da ala mais radical do PAICV, que está, em peso, a tratar da sua propaganda e imagem, a ver se consegue, ante o descuido geral, vender um produto que não existe.
Manuel Inocêncio, o “nice”!, é o desastre assumido. Não sabe qual é a função de um Presidente numa democracia constitucional e promete, com todas as letras, uma “vitória”…ao PAICV!!! A Presidência seria, então, a continuação das negociatas por outros meios.
Acredita na ignorância e julga que os cabo-verdianos também acreditam.
O “slogan” de campanha não podia ser mais ridículo: “MI ê Cabo Verde”, versão kitsch do velho e prepotente “O Estado, sou eu”! É a aparição do evangelista do betão, do homem “providencial”, embora imprevidente, como já vimos. Sem comentários.
Vendo que o despreparo do seu candidato atinge tais culminâncias, José Maria Neves resolveu, o quanto antes, entrar em liça, ameaçando uns, substituindo outros, jogando, enfim, com o poder dos tachos e das prebendas. É a política da chantagem e o apelo subliminar ao voto cabresto. Ao rubro…
No último comício, o dr. José Neves foi, porém, longe de mais. A coisa foi de uma gravidade sem limites. Acusou a tropa fandanga de “intriguista” (lá saberá porquê…) e afirmou que Amílcar Cabral foi morto pelos camaradas do partido. Registe-se: o PAIGC-CV é, assumidamente, um partido de cúmplices e criminosos.
Ouçamo-lo em discurso directo: “Amílcar Cabral foi assassinado por dirigentes do PAIGC, por causa das intrigas, da sede de poder e da falta de respeito pelos valores. Dia 7 pensem no sangue derramado por Amílcar Cabral, morto por causa da intriga. Por pessoas que não foram leais com os seus camaradas." (in http://www.expressodasilhas.sapo.cv/pt/noticias/detail/id/26118).
É claro que, no actual contexto político, a acusação é claramente dirigida à ala do Pedro Pires (que opera na sombra, minando a autoridade, já frágil, do primeiro-ministro…) e Aristides Lima.
Haverá algum jornalista cabo-verdiano, digno deste nome, para pedir explicações ao dr. José Maria Neves, investigando o assunto mais a fundo? Sei que é pedir demais, numa atmosfera de subserviência e bajulação. Ou não será?!
É neste ambiente de lama e acusações graves, na guerra louca das gentes do PAICV, que Jorge Carlos Fonseca trabalha.
Tranquilamente, ganha a confiança e a estima dos cabo-verdianos. O seu trunfo? A competência, a verticalidade, a indiscutível independência de espírito e pensamento.
Não há mancha que se lhe possa apontar, sendo, aliás, detentor de um carácter honesto, aprumado, incapaz de corromper ou ser corrompido. Fonseca é um gentleman.
Com ele, teremos uma voz séria e autorizada na Presidência da República, um fino intérprete das regras constitucionais e do seu elevado simbolismo.
Ao contrário dos outros, ele não postula uma estabilidade fácil, culturalmente atrasada, do baixar a cerviz, do “sim, senhor” permanente ao Governo.
A verdadeira estabilidade, que interessa ao país, é outra. É a estabilidade do Estado de Direito, da legalidade, da protecção rigorosa dos direitos fundamentais, da justiça justa (J. Guasp) e do bom funcionamento das instituições políticas. É isso que ele defende, e nada mais. A estabilidade dos “checks and balances”, como nos Federalist Papers de Alexander Hamilton et al..
Esta é, aliás, a única forma de evitar, introduzindo algum equilíbrio no sistema, a contínua degradação das instituições. A única forma de evitar que os “intriguistas” e os megalómanos (“MI ê Cabo Verde) transformem isto num jogo de soma nula, em que eles, por artes e trapaças mil, vencem a batalha eleitoral enquanto o país, sob uma rede de falácias, perde a guerra do desenvolvimento, com dívidas, desemprego galopante, corrupção e elefantes brancos…
Ainda vamos a tempo de suspender a opaca “linha de montagem”!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Aristides Lima pede votos em S. Vicente para “fazer história”

Aristides Lima pediu o voto aos mindelenses “para fazer história em Cabo Verde”, no comício-festa realizado esta quinta-feira na Avenida 5 de Julho, com uma plateia bem composta (4 a 5 mil pessoas) mas pouco entusiasta. A figura da noite foi Felisberto Vieira, que classificou o seu apoio à candidatura de AL como um acto de profundo amor a Cabo Verde e desafiou os presentes a não amordaçarem a cidadania. Ausente esteve a UCID, partido que manifestou publicamente o seu apoio ao candidato.

Aristides Lima começou por homenagear duas figuras de São Vicente, ilha com a qual tem uma grande dívida porque o acolheu enquanto estudante e lhe deu “muito apoio e amizade”. “Foi nesta ilha que aprendemos a conhecer Cabo Verde e foi aqui que despertamos para o mundo”, frisou AL, destacando duas figuras, Carlos Alhinho (desportista) e Manuel d´Novas (compositor).
O candidato também mostrou-se satisfeito por conseguir colocar no mesmo palco representantes de todos os partidos políticos e da sociedade civil cabo-verdiana, que o estão a ajudar nessa luta que, acredita AL, vai culminar com a sua vitória no dia 7 de Agosto. “Há candidatos que estão a dizer que têm o apoio de partidos políticos. Nós partimos do princípio que devemos colocar em primeiro lugar o interesse de Cabo Verde e não dos partidos políticos. Se alguém está com esta ideia, vai entrar numa grande encrenca”.
Mas foi “Filú” quem conseguiu incutir entusiasmo nos presentes. Algumas vezes com poesia, outras vezes quase que a cair no populismo, realçou que Cabo Verde está a viver um momento histórico, que se confunde com a história de São Vicente. “Estou aqui para pedir ao povo de São Vicente para continuarmos juntos. Se a independência nos trouxe soberania e progresso e a democracia liberdade e modernidade. Hoje é a vez, a voz e o tempo de consagrar a cidadania”, exclamou Vieira.
Antes de Filú, falaram o presidente do PTS, João do Rosário, as mandatárias para as mulheres e local, Dora Pires e Filomena Araújo. Ouviu-se ainda os testemunhos de João Gabriel (militante do MpD) e do membro da comissão de honra, Irineu Gomes. Todos elogiaram o candidato e destacaram os motivos que os levaram a apoiar AL.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

JMN lança primeira pedra do Centro de Formação em Energias Renováveis e Manutenção Industrial

José Maria Neves vai na manhã desta quarta-feira, 20, acompanhado pela ministra da Cooperação e Acção Humanitária do Luxemburgo, Marie-Josée Jacobs, lançar a primeira pedra do Centro de Formação em Energias Renováveis e Manutenção Industrial no Palmarejo Grande, Praia.

JMN lança primeira pedra do Centro de Formação em Energias Renováveis e Manutenção Industrial
O centro está vocacionado para a promoção de cursos que estimulem o uso de energias bioclimáticas. Vão ser oferecidas formações profissionais nos domínios de montagem e manutenção de frio, montagem e manutenção eletromecânica, montagem e manutenção de reservatórios de água, energias renováveis, concepção, montagem e manutenção de instalações fotovoltaicas, de instalações mini-eólicas e de sistemas solares e térmicas.
Este centro, que é mais um fruto da cooperação bilateral entre Cabo Verde e Luxemburgo, vai levar 18 meses a ser construído.

Campanha Presidencial: Candidatos dividem terreiro na Cidade da Praia

Os quatro candidatos à Presidência da República - Aristides Lima, Joaquim Jaime Monteiro, Jorge Carlos Fonseca e Manuel Inocêncio – escolheram a cidade da Praia como palco para dar início à campanha eleitoral na noite desta quarta-feira. Lima vai estar na Achada de Santo António, Inocêncio marca presença no largo do Estádio da Várzea e Fonseca inaugura a sua sede de campanha para a juventude na Gamboa. Jaime Monteiro não tem nenhum acto público agendado.

Campanha Presidencial: Candidatos dividem terreiro na cidade da Praia
Aristides Lima convidou Beto Dias, Suzzana Lubrano, Bino Branco e batucadeiras de Santiago para animar a sua festa de hoje à noite, na Achada de Santo António. O candidato apoiado pela UCID e pelo PTS dá o pé de saída na sua campanha no largo em frente à Escola Técnica. Amanhã, quinta-feira, fará o seu primeiro comício-festa na cidade do Mindelo.
Já Manuel Inocêncio Sousa faz o comício no largo do Estádio da Várzea, num acto em que estará presente o líder do PAICV, José Maria Neves. Gilyto, Cordas do Sol e La MC Malcriado são alguns dos artistas e grupos convidados para ritmar a festa.
Entretanto, a candidatura de Jorge Carlos Fonseca decidiu fazer a abertura oficial da campanha na noite de quinta-feira, na Achada de Santo António. Mas hoje, quarta-feira, o candidato faz um comício na Cidade Velha ao lado do presidente do MpD, Carlos Veiga, para a partir das 22 horas inaugurar a sua sede de campanha para a juventude na Gamboa.
Joaquim Jaime Monteiro deve privilegiar os contactos directos com a população na cidade da Praia.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Reino Unido - O império dos escândalos

Reino Unido

O império dos escândalos

Rupert Murdoch ganhou fama e fortuna graças ao seu talento como patrão de imprensa. Mas as escutas ilegais efetuadas por alguns dos seus jornais britânicos podem sair-lhe muito caras. VEJA A INFOGRAFIA INTERATIVA e saiba tudo sobre o tema

Filipe Fialho
17:30 Segunda feira, 18 de Jul de 2011
Última atualização há 8 minutos
Manchetes sacadas à custa de crimes diversos: escutas telefónicas, subornos, pirataria informática, contratação de detetives privados, eventualmente traficando influências e obstruindo o trabalho da Justiça. Eis alguns dos contornos do escândalo que abala o Reino Unido e os jornais da Velha Albion que pertencem a Rupert Murdoch, um dos maiores magnatas de media do planeta. Um caso de consequências imprevisíveis, não só a nível mediático como político. Mais de 4 mil súbditos de Isabel II foram alvo de escutas e nem a família real escapou aos "métodos de investigação" dos tabloides detidos pelo octogenário nascido em Melbourne, na Austrália: atores, futebolistas, publicitários, governantes, figuras públicas em geral e até familiares de soldados mortos no Afeganistão e no Iraque se tornaram alvos fáceis dos repórteres sequiosos de exclusivos a qualquer preço. Como foi tudo isto possível? Devido à "enorme corrupção entre jornalismo e política promovida pela cultura Murdoch, nos dois lados do Atlântico", escreveu, esta semana, na Newsweek, um repórter com pergaminhos, Carl Bernstein, cuja carreira ficou marcada pelo Watergate, o escândalo que culminou na demissão do Presidente americano Richard Nixon, em 1974.
A jornalista modelo Mas comecemos com um exemplo desta cultura: Rebekah Brooks. Na adolescência, descobriu que tinha vocação para jornalista e, mal termina os estudos secundários em Cheshire, no Noroeste de Inglaterra, decide rumar a França, onde colabora com a L'Architecture d'aujourd'hui, uma revista parisiense de arquitetura. O trabalho não a deve ter entusiasmado e a jovem ruiva regressa ao seu país, para tentar a sua sorte em Londres. E até consegue emprego no "maior jornal do mundo", o News of the World (NotW), semanário dominical fundado em 1843. Pormenor importante: ocupa o cargo de secretária, estava-se então em 1989. Mas ela depressa percebeu que o slogan desta publicação que chegou a vender 8 milhões de exemplares por edição devia ser levado muito a sério: "Queremos exclusivos, não queremos desculpas". Em apenas 11 anos, cometeu a proeza de se tornar na mais jovem diretora de um jornal britânico - tinha 32 anos. Pelo meio, deu sobejas provas do que era capaz, em dois nobres géneros jornalísticos, a entrevista e a reportagem. Comecemos pelo último. Em 1994, disfarçou-se de empregada de limpeza para entrar na redação do Sunday Times, a fim de ter acesso às histórias picantes sobre o príncipe Carlos que o jornal iria publicar no dia seguinte. A incursão correu-lhe bem, tendo saído com um exemplar recém-impresso da edição para, depois, escrever, em tempo recorde, um texto no NotW, com base no jornal surripiado. No mesmo ano, garante uma conversa exclusiva com James Hewitt, na expectativa de o oficial britânico assumir o romance que tivera com a princesa Diana. No entanto, tenham-se em conta os preparativos de Rebekah: reservou uma suite de hotel e contratou uma equipa especial para "instalar aparelhos de escuta em vários vasos e na mobília", revela, no seu livro de memórias, Piers Morgan, então diretor do NotW e agora um dos nomes de proa da CNN.
Terão sido estas práticas a justificar a meteórica carreira de Rebekah? A verdade é que ela tornou-se uma figura imprescindível para a família Murdoch. O seu desempenho à frente do News of the World e depois do The Sun, levaram o magnata a colocá-la num cargo de administração - conselheira delegada. Mas as notícias entretanto vindas a lume sobre esta mulher apontam-lhe uma outra peculiaridade: o talento para as relações públicas. Ou melhor, o talento para se bem relacionar com as figuras com poder. Basta pensar na sua privilegiada carteira de contactos, onde se incluem os três últimos primeiros-ministros do Reino Unido e respetivas famílias. David Cameron, por exemplo, é frequentador habitual da sua casa de campo, em Oxfordshire, no Sul do país. Antes, tinha já privado com Gordon Brown, que agora se diz "chocado" com as escutas e os métodos dos jornais de Murdoch. Uma reação compreensível mas estranha, vinda de alguém que, segundo a edição do The Guardian  da última terça-feira, 12, foi informado pela própria Rebekah Brooks, em 2006, que o The Sun iria tornar pública a grave doença - fibrose cística - de James Fraser Brown, um dos filhos do ex-governante.
Murdoch, o mundo desfeito a seus pés? A promiscuidade entre os tabloides e os líderes britânicos parece ser um problema de longa data e, no caso de Rupert Murdoch, vem de longe a sua capacidade para vender muitos jornais e influenciar decisivamente a vida política. A exemplo do que fez, no final do século XIX, William Randolph Hearst, personagem imortalizada por Orson Welles em Citizen Cane. É por isso que também o acusam de fazer e desfazer primeiros-ministros. Em 1987, as sondagens diziam ser possível a Neil Kinnock, então o líder dos Trabalhistas, desalojar Margaret Thatcher do número 10 de Downing Street. Mas The Sun encarregou-se de fazer campanha em prol dos conservadores e numa delas foi muito claro: "Se ganhar Kinnock, o último a abandonar a Grã-Bretanha que apague as luzes." Resultado: a Dama de Ferro voltou a impor-se nas urnas e os conservadores permaneceram no poder até 1997. Nessa data, para espanto geral, The Sun manifesta o seu apoio público ao jovem líder dos trabalhistas. Tony Blair chega ao poder e as más línguas alegam que o novo primeiro-ministro, antes de ser eleito, aceitou um convite de Murdoch para uma viagem de iate, ao largo da Austrália, durante a qual o magnata lhe arranca a promessa de acabar com o monopólio da BBC e o leva a garantir que não interferirá nos negócios televisivos da News Corporation.
Atualmente, Murdoch tem razões para estar preocupado. O caso das escutas pode comprometer as suas intenções de adquirir o controlo a 100% da BSkyB, a operadora de TV por satélite mais lucrativa do Reino Unido. O Governo de Londres preparava-se para lhe fazer a vontade a troco de 10 mil milhões de euros, mas as revelações bombásticas dos últimos dias fizeram-no recuar. Pior. O vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, aconselhou Murdoch a desistir do negócio e ameaçou colocar o seu Partido Liberal ao lado dos trabalhistas, numa eventual moção parlamentar para impedir que o magnata aumente o seu capital de 39% na BSkyB. Como se não bastasse, alguns dos principais protagonistas deste escândalo já começaram a prestar contas aos deputados, em Westminster. Na passada terça-feira, 12, um dos visados foi Andy Hayman, o oficial da Scotland Yard que conduziu a investigação ao News Of the World, na sequência das escutas realizadas ao príncipe William, em 2005. Andy Hayman concluiu não haver indícios de escutas generalizadas, ordenou o fim do processo e, pouco tempo depois, abandonou a Scotland Yard para se tornar colunista do The Times, de Rupert Murdoch. Mas é bem provável que Murdoch, o seu filho James e Rebekah Brooks tenham igualmente de se explicar em Westminster. Afinal, as ações da News Corporation não param de baixar, as indemnizações podem ascender a dezenas de milhões de euros e multiplicam-se as grandes empresas a cancelar contratos publicitários com o grupo. Aliás, a própria Igreja Anglicana ameaça fazer o mesmo, deixando de pagar os 4 milhões de euros em anúncios colocados no The Sun e demais títulos do grupo...  


Reino Unido

O império dos escândalos

Rupert Murdoch ganhou fama e fortuna graças ao seu talento como patrão de imprensa. Mas as escutas ilegais efetuadas por alguns dos seus jornais britânicos podem sair-lhe muito caras. VEJA A INFOGRAFIA INTERATIVA e saiba tudo sobre o tema

Filipe Fialho
17:30 Segunda feira, 18 de Jul de 2011
Última atualização há 8 minutos
Manchetes sacadas à custa de crimes diversos: escutas telefónicas, subornos, pirataria informática, contratação de detetives privados, eventualmente traficando influências e obstruindo o trabalho da Justiça. Eis alguns dos contornos do escândalo que abala o Reino Unido e os jornais da Velha Albion que pertencem a Rupert Murdoch, um dos maiores magnatas de media do planeta. Um caso de consequências imprevisíveis, não só a nível mediático como político. Mais de 4 mil súbditos de Isabel II foram alvo de escutas e nem a família real escapou aos "métodos de investigação" dos tabloides detidos pelo octogenário nascido em Melbourne, na Austrália: atores, futebolistas, publicitários, governantes, figuras públicas em geral e até familiares de soldados mortos no Afeganistão e no Iraque se tornaram alvos fáceis dos repórteres sequiosos de exclusivos a qualquer preço. Como foi tudo isto possível? Devido à "enorme corrupção entre jornalismo e política promovida pela cultura Murdoch, nos dois lados do Atlântico", escreveu, esta semana, na Newsweek, um repórter com pergaminhos, Carl Bernstein, cuja carreira ficou marcada pelo Watergate, o escândalo que culminou na demissão do Presidente americano Richard Nixon, em 1974.
A jornalista modelo Mas comecemos com um exemplo desta cultura: Rebekah Brooks. Na adolescência, descobriu que tinha vocação para jornalista e, mal termina os estudos secundários em Cheshire, no Noroeste de Inglaterra, decide rumar a França, onde colabora com a L'Architecture d'aujourd'hui, uma revista parisiense de arquitetura. O trabalho não a deve ter entusiasmado e a jovem ruiva regressa ao seu país, para tentar a sua sorte em Londres. E até consegue emprego no "maior jornal do mundo", o News of the World (NotW), semanário dominical fundado em 1843. Pormenor importante: ocupa o cargo de secretária, estava-se então em 1989. Mas ela depressa percebeu que o slogan desta publicação que chegou a vender 8 milhões de exemplares por edição devia ser levado muito a sério: "Queremos exclusivos, não queremos desculpas". Em apenas 11 anos, cometeu a proeza de se tornar na mais jovem diretora de um jornal britânico - tinha 32 anos. Pelo meio, deu sobejas provas do que era capaz, em dois nobres géneros jornalísticos, a entrevista e a reportagem. Comecemos pelo último. Em 1994, disfarçou-se de empregada de limpeza para entrar na redação do Sunday Times, a fim de ter acesso às histórias picantes sobre o príncipe Carlos que o jornal iria publicar no dia seguinte. A incursão correu-lhe bem, tendo saído com um exemplar recém-impresso da edição para, depois, escrever, em tempo recorde, um texto no NotW, com base no jornal surripiado. No mesmo ano, garante uma conversa exclusiva com James Hewitt, na expectativa de o oficial britânico assumir o romance que tivera com a princesa Diana. No entanto, tenham-se em conta os preparativos de Rebekah: reservou uma suite de hotel e contratou uma equipa especial para "instalar aparelhos de escuta em vários vasos e na mobília", revela, no seu livro de memórias, Piers Morgan, então diretor do NotW e agora um dos nomes de proa da CNN.
Terão sido estas práticas a justificar a meteórica carreira de Rebekah? A verdade é que ela tornou-se uma figura imprescindível para a família Murdoch. O seu desempenho à frente do News of the World e depois do The Sun, levaram o magnata a colocá-la num cargo de administração - conselheira delegada. Mas as notícias entretanto vindas a lume sobre esta mulher apontam-lhe uma outra peculiaridade: o talento para as relações públicas. Ou melhor, o talento para se bem relacionar com as figuras com poder. Basta pensar na sua privilegiada carteira de contactos, onde se incluem os três últimos primeiros-ministros do Reino Unido e respetivas famílias. David Cameron, por exemplo, é frequentador habitual da sua casa de campo, em Oxfordshire, no Sul do país. Antes, tinha já privado com Gordon Brown, que agora se diz "chocado" com as escutas e os métodos dos jornais de Murdoch. Uma reação compreensível mas estranha, vinda de alguém que, segundo a edição do The Guardian  da última terça-feira, 12, foi informado pela própria Rebekah Brooks, em 2006, que o The Sun iria tornar pública a grave doença - fibrose cística - de James Fraser Brown, um dos filhos do ex-governante.
Murdoch, o mundo desfeito a seus pés? A promiscuidade entre os tabloides e os líderes britânicos parece ser um problema de longa data e, no caso de Rupert Murdoch, vem de longe a sua capacidade para vender muitos jornais e influenciar decisivamente a vida política. A exemplo do que fez, no final do século XIX, William Randolph Hearst, personagem imortalizada por Orson Welles em Citizen Cane. É por isso que também o acusam de fazer e desfazer primeiros-ministros. Em 1987, as sondagens diziam ser possível a Neil Kinnock, então o líder dos Trabalhistas, desalojar Margaret Thatcher do número 10 de Downing Street. Mas The Sun encarregou-se de fazer campanha em prol dos conservadores e numa delas foi muito claro: "Se ganhar Kinnock, o último a abandonar a Grã-Bretanha que apague as luzes." Resultado: a Dama de Ferro voltou a impor-se nas urnas e os conservadores permaneceram no poder até 1997. Nessa data, para espanto geral, The Sun manifesta o seu apoio público ao jovem líder dos trabalhistas. Tony Blair chega ao poder e as más línguas alegam que o novo primeiro-ministro, antes de ser eleito, aceitou um convite de Murdoch para uma viagem de iate, ao largo da Austrália, durante a qual o magnata lhe arranca a promessa de acabar com o monopólio da BBC e o leva a garantir que não interferirá nos negócios televisivos da News Corporation.
Atualmente, Murdoch tem razões para estar preocupado. O caso das escutas pode comprometer as suas intenções de adquirir o controlo a 100% da BSkyB, a operadora de TV por satélite mais lucrativa do Reino Unido. O Governo de Londres preparava-se para lhe fazer a vontade a troco de 10 mil milhões de euros, mas as revelações bombásticas dos últimos dias fizeram-no recuar. Pior. O vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, aconselhou Murdoch a desistir do negócio e ameaçou colocar o seu Partido Liberal ao lado dos trabalhistas, numa eventual moção parlamentar para impedir que o magnata aumente o seu capital de 39% na BSkyB. Como se não bastasse, alguns dos principais protagonistas deste escândalo já começaram a prestar contas aos deputados, em Westminster. Na passada terça-feira, 12, um dos visados foi Andy Hayman, o oficial da Scotland Yard que conduziu a investigação ao News Of the World, na sequência das escutas realizadas ao príncipe William, em 2005. Andy Hayman concluiu não haver indícios de escutas generalizadas, ordenou o fim do processo e, pouco tempo depois, abandonou a Scotland Yard para se tornar colunista do The Times, de Rupert Murdoch. Mas é bem provável que Murdoch, o seu filho James e Rebekah Brooks tenham igualmente de se explicar em Westminster. Afinal, as ações da News Corporation não param de baixar, as indemnizações podem ascender a dezenas de milhões de euros e multiplicam-se as grandes empresas a cancelar contratos publicitários com o grupo. Aliás, a própria Igreja Anglicana ameaça fazer o mesmo, deixando de pagar os 4 milhões de euros em anúncios colocados no The Sun e demais títulos do grupo...  

Rupert Murdoch ganhou fama e fortuna graças ao seu talento como patrão de imprensa. Mas as escutas ilegais efetuadas por alguns dos seus jornais britânicos podem sair-lhe muito caras.

 
 


Manchetes sacadas à custa de crimes diversos: escutas telefónicas, subornos, pirataria informática, contratação de detetives privados, eventualmente traficando influências e obstruindo o trabalho da Justiça. Eis alguns dos contornos do escândalo que abala o Reino Unido e os jornais da Velha Albion que pertencem a Rupert Murdoch, um dos maiores magnatas de media do planeta. Um caso de consequências imprevisíveis, não só a nível mediático como político. Mais de 4 mil súbditos de Isabel II foram alvo de escutas e nem a família real escapou aos "métodos de investigação" dos tabloides detidos pelo octogenário nascido em Melbourne, na Austrália: atores, futebolistas, publicitários, governantes, figuras públicas em geral e até familiares de soldados mortos no Afeganistão e no Iraque se tornaram alvos fáceis dos repórteres sequiosos de exclusivos a qualquer preço. Como foi tudo isto possível? Devido à "enorme corrupção entre jornalismo e política promovida pela cultura Murdoch, nos dois lados do Atlântico", escreveu, esta semana, na Newsweek, um repórter com pergaminhos, Carl Bernstein, cuja carreira ficou marcada pelo Watergate, o escândalo que culminou na demissão do Presidente americano Richard Nixon, em 1974.
A jornalista modelo
Mas comecemos com um exemplo desta cultura: Rebekah Brooks. Na adolescência, descobriu que tinha vocação para jornalista e, mal termina os estudos secundários em Cheshire, no Noroeste de Inglaterra, decide rumar a França, onde colabora com a L'Architecture d'aujourd'hui, uma revista parisiense de arquitetura. O trabalho não a deve ter entusiasmado e a jovem ruiva regressa ao seu país, para tentar a sua sorte em Londres. E até consegue emprego no "maior jornal do mundo", o News of the World (NotW), semanário dominical fundado em 1843. Pormenor importante: ocupa o cargo de secretária, estava-se então em 1989. Mas ela depressa percebeu que o slogan desta publicação que chegou a vender 8 milhões de exemplares por edição devia ser levado muito a sério: "Queremos exclusivos, não queremos desculpas". Em apenas 11 anos, cometeu a proeza de se tornar na mais jovem diretora de um jornal britânico - tinha 32 anos. Pelo meio, deu sobejas provas do que era capaz, em dois nobres géneros jornalísticos, a entrevista e a reportagem. Comecemos pelo último. Em 1994, disfarçou-se de empregada de limpeza para entrar na redação do Sunday Times, a fim de ter acesso às histórias picantes sobre o príncipe Carlos que o jornal iria publicar no dia seguinte. A incursão correu-lhe bem, tendo saído com um exemplar recém-impresso da edição para, depois, escrever, em tempo recorde, um texto no NotW, com base no jornal surripiado. No mesmo ano, garante uma conversa exclusiva com James Hewitt, na expectativa de o oficial britânico assumir o romance que tivera com a princesa Diana. No entanto, tenham-se em conta os preparativos de Rebekah: reservou uma suite de hotel e contratou uma equipa especial para "instalar aparelhos de escuta em vários vasos e na mobília", revela, no seu livro de memórias, Piers Morgan, então diretor do NotW e agora um dos nomes de proa da CNN.
Terão sido estas práticas a justificar a meteórica carreira de Rebekah? A verdade é que ela tornou-se uma figura imprescindível para a família Murdoch. O seu desempenho à frente do News of the World e depois do The Sun, levaram o magnata a colocá-la num cargo de administração - conselheira delegada. Mas as notícias entretanto vindas a lume sobre esta mulher apontam-lhe uma outra peculiaridade: o talento para as relações públicas. Ou melhor, o talento para se bem relacionar com as figuras com poder. Basta pensar na sua privilegiada carteira de contactos, onde se incluem os três últimos primeiros-ministros do Reino Unido e respetivas famílias. David Cameron, por exemplo, é frequentador habitual da sua casa de campo, em Oxfordshire, no Sul do país. Antes, tinha já privado com Gordon Brown, que agora se diz "chocado" com as escutas e os métodos dos jornais de Murdoch. Uma reação compreensível mas estranha, vinda de alguém que, segundo a edição do The Guardian  da última terça-feira, 12, foi informado pela própria Rebekah Brooks, em 2006, que o The Sun iria tornar pública a grave doença - fibrose cística - de James Fraser Brown, um dos filhos do ex-governante.
Murdoch, o mundo desfeito a seus pés?
A promiscuidade entre os tabloides e os líderes britânicos parece ser um problema de longa data e, no caso de Rupert Murdoch, vem de longe a sua capacidade para vender muitos jornais e influenciar decisivamente a vida política. A exemplo do que fez, no final do século XIX, William Randolph Hearst, personagem imortalizada por Orson Welles em Citizen Cane. É por isso que também o acusam de fazer e desfazer primeiros-ministros. Em 1987, as sondagens diziam ser possível a Neil Kinnock, então o líder dos Trabalhistas, desalojar Margaret Thatcher do número 10 de Downing Street. Mas The Sun encarregou-se de fazer campanha em prol dos conservadores e numa delas foi muito claro: "Se ganhar Kinnock, o último a abandonar a Grã-Bretanha que apague as luzes." Resultado: a Dama de Ferro voltou a impor-se nas urnas e os conservadores permaneceram no poder até 1997. Nessa data, para espanto geral, The Sun manifesta o seu apoio público ao jovem líder dos trabalhistas. Tony Blair chega ao poder e as más línguas alegam que o novo primeiro-ministro, antes de ser eleito, aceitou um convite de Murdoch para uma viagem de iate, ao largo da Austrália, durante a qual o magnata lhe arranca a promessa de acabar com o monopólio da BBC e o leva a garantir que não interferirá nos negócios televisivos da News Corporation.
Atualmente, Murdoch tem razões para estar preocupado. O caso das escutas pode comprometer as suas intenções de adquirir o controlo a 100% da BSkyB, a operadora de TV por satélite mais lucrativa do Reino Unido. O Governo de Londres preparava-se para lhe fazer a vontade a troco de 10 mil milhões de euros, mas as revelações bombásticas dos últimos dias fizeram-no recuar. Pior. O vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, aconselhou Murdoch a desistir do negócio e ameaçou colocar o seu Partido Liberal ao lado dos trabalhistas, numa eventual moção parlamentar para impedir que o magnata aumente o seu capital de 39% na BSkyB. Como se não bastasse, alguns dos principais protagonistas deste escândalo já começaram a prestar contas aos deputados, em Westminster. Na passada terça-feira, 12, um dos visados foi Andy Hayman, o oficial da Scotland Yard que conduziu a investigação ao News Of the World, na sequência das escutas realizadas ao príncipe William, em 2005. Andy Hayman concluiu não haver indícios de escutas generalizadas, ordenou o fim do processo e, pouco tempo depois, abandonou a Scotland Yard para se tornar colunista do The Times, de Rupert Murdoch. Mas é bem provável que Murdoch, o seu filho James e Rebekah Brooks tenham igualmente de se explicar em Westminster. Afinal, as ações da News Corporation não param de baixar, as indemnizações podem ascender a dezenas de milhões de euros e multiplicam-se as grandes empresas a cancelar contratos publicitários com o grupo. Aliás, a própria Igreja Anglicana ameaça fazer o mesmo, deixando de pagar os 4 milhões de euros em anúncios colocados no The Sun e demais títulos do grupo...  

sábado, 16 de julho de 2011

Benfica: Encarnados derrotam PSG e apagam má imagem trazida da Suíça

Águia resgata orgulho perdido

O jogo inaugural do Torneio do Guadiana redundou numa injecção de moral para a equipa de Jorge Jesus.


As exibições e os fracos resultados trazidos dos jogos de preparação na Suíça desmotivaram claramente os adeptos, que compareceram em número reduzido, ontem, no Estádio Algarve, pelo que a partida assumiu um carácter muito mais importante do que seria de esperar num jogo de preparação. Novo desaire poderia acentuar o nervosismo de alguns jogadores, como Saviola, que continua longe da melhor forma mas marcou um golo fabuloso que poderá trazer-lhe a confiança perdida.
Cardozo trouxe a tão necessária acalmia, com um golo madrugador (10 minutos) e Aimar e Gaitán fizeram o que lhes competia, dando o exemplo aos mais novos. Foi precisamente o nº 10 argentino (Aimar) quem fabricou o golo de ‘Tacuara'.
Os festejos duraram apenas cinco minutos, porque uma distracção colectiva do sector defensivo permitiu a Nenê receber um passe, já isolado, e fazer um belo chapéu a Artur.
Jesus lançou Saviola e Jara, proporcionando ao mesmo tempo mais duas estreias, Nolito e Witsel. O belga, apresentado na quarta-feira, passou a ser, por esse motivo, o principal pólo de atracção, mas os benfiquistas vão ter de esperar mais algum tempo para poder julgá-lo. Participou na jogada do segundo golo, mas ainda é um corpo estranho na equipa. Jara sim, não desperdiçou a oportunidade para demonstrar que vai lutar por um lugar no onze.
Razões para acreditar trouxeram Nolito, um valor com que Jesus vai ter de contar e, sobretudo, Artur, que deu um verdadeiro recital no Algarve.
FICHA DO JOGO
Torneio do guadiana - 15/07/2011
Estádio Algarve - Assistência: 6133
Golos: 1-0, Cardozo (10'); 1-1, Nenê (15'); 2-1, Jara (65'); 3-1, Saviola (89')
4 - 3 nos penáltis. Saviola, Urreta, Javi e Nolito marcaram e Witsel falhou. Artur defendeu um de Kebano
BENFICA
Artur, André Almeida, Javi Garcia, Miguel Vítor ,Fábio Faria, Matic, Aimar, Bruno César, Enzo Pérez, Gaitán, Cardozo.
Jogaram ainda: Witsel, Jara, Saviola, Nolito, Urreta, Nuno Coelho
Treinador: Jorge Jesus
PSG
Douchez, Landre, Sakho, Ngouyi, Tiené, Maurice, Clement, Chantôme, Nenê, Hoaru, Erding.
Jogaram ainda: Areola,Jallet, Camara, Armand,Makonda, Bodmer, Kebano, Arnaud, Bahebeck, Luyindula, Kevin Gameiro
Treinador: Antoine Kombouaré
Árbitro: João Ferreira (Setúbal)
Disciplina: amarelos: Sakho (40'), Aimar (40'), Armand (48' e 67'), Camara (74'), Miguel Vítor (74'). VERMELHO: Armand (67')

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Carlos Veiga: Eleição de Jorge Carlos Fonseca é importante para o MPD

Carlos Veiga exortou os apoiantes do MPD durante a apresentação da candidatura de Jorge Carlos Fonseca esta quarta-feira, 13, no Centro Cultural do Mindelo, a votarem em Zona para Presidente da República porque a vitória daquele candidato é crucial para o partido.

Carlos Veiga: Eleição de Jorge Carlos Fonseca é importante para o MPD  
 
“Esta eleição é crucial, pois temos um partido que está há dez anos no poder e que tem a maioria no parlamento. Se tivermos um Presidente da República que seja uma extensão do partido no poder teremos grandes dificuldades em ter autarquias que não sejam do partido no poder. Se isso acontecer teremos um regime de partido único e não teremos pluralismo e democracia”, alertou Veiga.
Sobre os adversários de Zona, o presidente do MPD afirmou que, caso sejam eleitos, tanto Manuel Inocêncio como Aristides Lima serão uma extensão do PAICV e estarão ao serviço do partido da estrela negra.
Augusto Neves, coordenador da campanha de Zona em São Vicente, também afinou pelo mesmo diapasão e pediu aos militantes que se engajassem em prol da continuidade da democracia em Cabo Verde.
“Precisamos dar continuidade à democracia que Carlos Veiga, Jorge Carlos Fonseca e outros desencadearam com muita coragem nos anos noventa e que nos dá a oportunidade de viver hoje em liberdade”, declarou Neves, para quem “estamos a viver um momento perigoso”. “Se não tivermos coragem para enfrentá-los, voltaremos aos anos 80 em que vivemos numa autêntica ditadura”, finalizou.
Maria Celeste Fonseca, mandatária da candidatura de Zona para São Vicente, apelou à força e à união dos presentes. “Faço um forte apelo para que todos os que estão aqui se empenhem na eleição de Jorge Carlos Fonseca. Vamos criar uma corrente de entusiasmo, de força e de luta para elegê-lo”, apelou a mandatária.
Jorge Carlos Fonseca, que chegou ao CCM de surpresa, foi recebido com assobios, aplausos e gritos, agradeceu o apoio e a presença dos militantes, simpatizantes e da estrutura directiva do MPD. “É um privilégio muito grande e sinto-me muito honrado por ter o apoio político do MPD”, afirmou Zona que entretanto retomou o discurso de Veiga e Augusto Neves.
“Esta eleição tem uma importância especial.E se eu for eleito, vou defender a Constituição. Vou ser um presidente junto das pessoas e cooperar com o governo de José Maria Neves”, declarou Jorge Carlos Fonseca.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Complexo de Frio da Praia poderá exportar peixe para EUA

O governo concluiu as negociações com empresários pesqueiros norte-americanos para que o Complexo de Frio da Praia, que está desactivado, volte a funcionar em novos moldes. Está na mira a exportação de peixe fresco e congelado da região sul do país para os Estados Unidos da América.

Complexo de Frio da Praia poderá exportar peixe para EUA
O projecto de exportação de pescado fresco e congelado de Cabo Verde para os EUA, indica o secretário de Estado dos Recursos Marinhos, tem como promotores duas empresas norte-americanas de referência no sector das pescas- a Peer Fish e a Carlos Seafood - que já operam em Cabo Verde em parceira com empresários nacionais. Este projecto, reafirma Adalberto Vieira, conta com o forte apoio do governo e do departamento governamental responsável pelo sector das pescas.
“A instalação dessas empresas na Cidade da Praia, além de contribuir fortemente para também transformar Praia num Centro de Pescas, à semelhança do que vem acontecendo em São Vicente, vai gerar entre 125 a 150 postos de trabalho directamente e cerca de 400 postos de trabalho indirectamente, e um volume de negócios de vários milhões de dólares”, revela o SE dos Recursos Marinhos.
Prevê-se o arranque do projecto a curto prazo, logo que as instalações do Complexo de Frio da da Praia sofra obras de melhoria e obtenha a autorização de funcionamento e o número sanitário de exportação da Direcção Geral das Pescas (DGP).
Este projecto surge no âmbito da estratégia do Cluster do Mar, que perspectiva fazer de Cabo Verde um Centro Internacional de certificação in natura, com transformação e exportação dos recursos marinhos. O projecto vai também ao encontro da "visão do governo de transformar as estruturas de frio em unidades empresariais de sucesso".

segunda-feira, 11 de julho de 2011

PM inaugura Mercado Municipal em Santa Cruz

José Maria Neves inaugura esta sexta-feira, 15, o mercado municipal de Santa Cruz. A Obra, que custou à autarquia local cerca de 200 mil contos, vai resolver definitivamente o problema da venda nas ruas da cidade sem as mínimas condições de higiene. O acto de inauguração está agendado para as 9h00, em Achada Fátima.

PM inaugura Mercado Municipal em Santa Cruz
Finalmente, após três anos, os santa-cruzenses vão poder ter um espaço comercial novo, moderno e com melhores condições de higiene e saúde pública. Essa infra-estrutura vai trazer mais animo às mulheres chefes de família, que antes ocupavam as estradas daquela cidade para vender peixes, carnes, verduras e comida no meio de fumaça dos carros que por ali passam.
A infra-estrutura de dois pisos alberga 41 lojas, um espaço para venda de peixe e outra para verduras e uma pastelaria. Para a conservação de alimentos, o mercado municipal possui uma sala frigorífica com capacidade para 15 toneladas.
Este é o pressente que a Câmara Municipal dá aos santa-cruzenses nesta altura em que celebram as festividades do município e do santo padroeiro Nho Santiago Maior.

Cabo Verde com previsão de ’azágua’ farta!!!

As previsões do tempo para a zona oeste-africana apontam para uma ’azágua’ farta em Cabo Verde. As informações concretas sobre o nosso país só serão disponibilizadas nesta semana, mas dados sobre os países desta região postados no site do African Center of Meteorological Application for Development (ACMAD) indicam que a pluviometria será “superior ao normal”, no período entre Julho a Setembro.

Cabo Verde com previsão de ’azágua’ farta 
 
As informações sobre Cabo Verde- que ainda estão a ser trabalhadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica- segundo a presidente desse serviço, Ester Brito, indicam que vai ser um ano “muito húmido”, com chuvas em quantidade similar às registadas no ano passado, um pouco por todo o país. Estes dados são confirmados por informações disponibilizadas pela ACMAD, que prevê “condições pluviométricas muito favoráveis, superior ao normal, na região Ocidental de África”.
A boa-nova foi anunciada após o 14º Fórum de Previsão Sazonal na África de Oeste, realizado nos dias 22 e 23 de Junho, em Abuja (Nigéria). “A qualidade de uma estação normal a excedentária pode corresponder a uma estação onde se deve esperar uma pluviometria superior ao normal, com fortes probabilidades de acontecer eventos pluviométricos extremos – fortes chuvas e inundações, início precoce da estação e prolongamento da estação das chuvas", lê-se no site do instituto de meteorologia do Senegal.
A mesma fonte recomenda, por isso, aos 16 países a adoptarem medidas de prevenção para evitar efeitos nefastos ligados às precipitações extremas, nomeadamente as inundações. Uma recomendação que deverá ser assumida pelas autoridades cabo-verdianas.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Hillary Clinton saúda 36º aniversário da Independência de Cabo Verde 05 Julho 2011

“Em nome do Presidente Obama e do povo americano, apraz-me expressar os melhores desejos ao povo de Cabo Verde por ocasião do vosso 36º aniversário da Independência, neste 5 de Julho”, começa assim a mensagem enviada pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, às autoridades cabo-verdianas.

Hillary Clinton saúda 36º aniversário da Independência de Cabo Verde
A Secretária de Estado sublinha que os dois países compartilham o compromisso com a democracia, boa governação e desenvolvimento económico.
Clinton destaca ainda alguns programas de cooperação em curso, entre os dois países, como a melhoria da segurança marítima no Atlântico, o fortalecimento do Estado de Direito e o incentivo ao investimento em Cabo Verde.
Para Hillary Clinton, as conquistas da democracia e desenvolvimento económico do arquipélago cabo-verdiano devem servir de modelo para outras nações da África Ocidental.
Termina a mensagem realçando que “os Estados Unidos são um parceiro e amigo” de Cabo Verde. “Estamos comprometidos com essa relação de um futuro melhor para todos os cabo-verdianos”, conclui.

Cabo Verde de gala no 36º aniversário da Independência

Uma referência para despertar a memória colectiva do povo cabo-verdiano, reafirmar a identidade nacional no presente e perspectivar o destino futuro de Cabo Verde num mundo globalizado. É a tudo isso que o acto solene, que acontece no Salão Nobre “Abílio Duarte”, na Assembleia Nacional, se propõe. Comemoram-se os 36 anos da independência deste país considerado inviável, pelo menos a nível económico, mas que é hoje apontado como um caso de sucesso.

Cabo Verde de gala no 36º aniversário da Independência 
 
É com pompa e circunstância que esta data histórica está a ser assinalada. Às 9h00, a Companhia Especial da 3ª Região Militar presta a Guarda de Honra. Logo de seguida, às 9h20, o presidente da Assembleia, Basílio Ramos, abre a sessão, que será acompanhada pelos presidentes da República de Cabo Verde, Pedro Pires, e de Timor Leste, José Ramos-Horta, pelo primeiro-ministro, José Maria Neves e pelo presidente Supremo Tribunal de Justiça, Arlindo Almeida Medina e ainda por representantes dos partidos políticos.
Estão previstas intervenções de um deputado da UCID, dos presidentes dos grupos Parlamentares do MpD e PAICV, e dos presidentes da República e da Assembleia Nacional. Na quarta-feira, 06, o Presidente da República Democrática de Timor-Leste, José Ramos-Horta, convidado especial para acompanhar as celebrações, retorna ao Parlamento onde, desta vez, fará uso da palavra.
Terminada a parte solene desta terça-feira, os cabo-verdianos vão ocupar algumas artérias da Praia - a Avenida Cidade de Lisboa, por exemplo, para assistir ao desfile “Mundo Encantado”. Está ainda programada uma exposição de fotografia sobre a Rua 05 de Julho de antigamente e de agora. Segue-se a inauguração desta emblemática rua da cidade capital e uma tocatina nessa rua pedonal.
Em São Vicente, como manda a tradição, a Rua de Lisboa recebeu a partir das 21h00 desta segunda-feira, um baile popular, abrilhantado pelo agrupamento musical The Kings, que também celebra 40º aniversário da sua criação. Constantino Cardoso, Vlú, Chico Serra, Jorge Sousa e ainda o grupo Serenata foram os anfitriões desta festa da música promovida pela Câmara Municipal de São Vicente. A festa prossegue hoje no Pont d´Água, com o “Baile da Cabo-verdianidade”, que terá como animadores Micas Cabral (Guiné Bissau), Tó Alves, Edson, Gai e Vlú.
Na ilha do Sal, a cadeia hoteleira Oásis Atlântico & Resort celebra o Dia da Independência com várias iniciativas, com destaque para uma exposição e venda de livros de autores locais na recepção do hotel, estando também prevista a presença de um artista plástico cabo-verdiano para pintura ao vivo. Haverá ainda um show tradicional de Colá San Jon e batucada.
Com um três em um, Boa Vista festeja a sua padroeira, Santa Isabel, o Município e o 36º aniversário da independência. O fim-de-semana foi de bailes populares com grupos locais, de S. Vicente e Santiago, e da diáspora, casos do Grace Évora e Gil Semedo. Hoje, 05, os boavistenses podem desanuviar apreciando a exposição fotográfica “Recordar Boa Vista. Passado, Presente e Futuro”, na Biblioteca Municipal, e “Céu, Sol e Mar”, de Mário Costa, que retrata o quotidiano, hábitos e costumes locais, na Explanada Silves.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Plantel encarnado já partiu para a Nyon, Coentrão ficou em Lisboa

13:35 - Futebol - Benfica
Plantel encarnado já partiu para a Nyon, Coentrão ficou em Lisboa
O defesa lateral esquerdo Fábio Coentrão, desejado pelo Real Madrid, não seguiu hoje para a Suíça com a comitiva do Benfica, para o estágio de pré-época que a equipa de futebol "encarnada" vai cumprir em Nyon.
O internacional português, de 23 anos, assumiu publicamente a vontade de se mudar para a equipa comandada por José Mourinho, mas participou nos trabalhos de arranque de época do Benfica, acabando por não seguir para o estágio no centro desportivo de Colovray.
A comitiva do Benfica, com mais de 30 jogadores, partiu em silêncio do Aeroporto de Lisboa para a Suíça, onde vai permanecer até 13 de julho, dia em que regressa a Portugal.
Ausentes do da preparação "encarnada" vão estar o brasileiro Luisão e o uruguaio Maxi Pereira, ambos ao serviço das suas seleções na Copa América, bem como Nelson Oliveira e Carole, que vão representar Portugal e França, respectivamente, no Mundial de sub-20.
Na Suíça, onde o treinador Jorge Jesus deverá começar a definir os ajustamentos a fazer no plantel, o Benfica vai efectuar três jogos particulares, com o Nice (a 9 de julho), o Servette (a 10) e o Dijon (a 12), antes de regressar a Portugal, a 13 de julho.
Depois de participar no Torneio do Guadiana, de 15 a 17, com os franceses do Paris Saint-Germain e os belgas do Anderlecht, o Benfica fará o jogo de apresentação aos sócios a 20 de julho, com o Toulouse, de França, seis dias antes de iniciar oficialmente a época na primeira mão da pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
13:35 - Futebol - Benfica
Plantel encarnado já partiu para a Nyon, Coentrão ficou em Lisboa
O defesa lateral esquerdo Fábio Coentrão, desejado pelo Real Madrid, não seguiu hoje para a Suíça com a comitiva do Benfica, para o estágio de pré-época que a equipa de futebol "encarnada" vai cumprir em Nyon.
O internacional português, de 23 anos, assumiu publicamente a vontade de se mudar para a equipa comandada por José Mourinho, mas participou nos trabalhos de arranque de época do Benfica, acabando por não seguir para o estágio no centro desportivo de Colovray.
A comitiva do Benfica, com mais de 30 jogadores, partiu em silêncio do Aeroporto de Lisboa para a Suíça, onde vai permanecer até 13 de julho, dia em que regressa a Portugal.
Ausentes do da preparação "encarnada" vão estar o brasileiro Luisão e o uruguaio Maxi Pereira, ambos ao serviço das suas seleções na Copa América, bem como Nelson Oliveira e Carole, que vão representar Portugal e França, respectivamente, no Mundial de sub-20.
Na Suíça, onde o treinador Jorge Jesus deverá começar a definir os ajustamentos a fazer no plantel, o Benfica vai efectuar três jogos particulares, com o Nice (a 9 de julho), o Servette (a 10) e o Dijon (a 12), antes de regressar a Portugal, a 13 de julho.
Depois de participar no Torneio do Guadiana, de 15 a 17, com os franceses do Paris Saint-Germain e os belgas do Anderlecht, o Benfica fará o jogo de apresentação aos sócios a 20 de julho, com o Toulouse, de França, seis dias antes de iniciar oficialmente a época na primeira mão da pré-eliminatória da Liga dos Campeões.

O defesa lateral esquerdo Fábio Coentrão, desejado pelo Real Madrid, não seguiu hoje para a Suíça com a comitiva do Benfica, para o estágio de pré-época que a equipa de futebol "encarnada" vai cumprir em Nyon.
O internacional português, de 23 anos, assumiu publicamente a vontade de se mudar para a equipa comandada por José Mourinho, mas participou nos trabalhos de arranque de época do Benfica, acabando por não seguir para o estágio no centro desportivo de Colovray.
A comitiva do Benfica, com mais de 30 jogadores, partiu em silêncio do Aeroporto de Lisboa para a Suíça, onde vai permanecer até 13 de julho, dia em que regressa a Portugal.
Ausentes do da preparação "encarnada" vão estar o brasileiro Luisão e o uruguaio Maxi Pereira, ambos ao serviço das suas seleções na Copa América, bem como Nelson Oliveira e Carole, que vão representar Portugal e França, respectivamente, no Mundial de sub-20.
Na Suíça, onde o treinador Jorge Jesus deverá começar a definir os ajustamentos a fazer no plantel, o Benfica vai efectuar três jogos particulares, com o Nice (a 9 de julho), o Servette (a 10) e o Dijon (a 12), antes de regressar a Portugal, a 13 de julho.
Depois de participar no Torneio do Guadiana, de 15 a 17, com os franceses do Paris Saint-Germain e os belgas do Anderlecht, o Benfica fará o jogo de apresentação aos sócios a 20 de julho, com o Toulouse, de França, seis dias antes de iniciar oficialmente a época na primeira mão da pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
Hackers põem Twitter da Fox News a anunciar morte de Obama
 
A página do Twitter da Fox News anunciou, esta madrugada, a morte do presidente norte-americano, Barack Obama, depois de a conta da cadeia televisiva ter sido alvo de um ataque de piratas informáticos.

«Barack Obama acabou de morrer. O Presidente está morto. Um 4 de Julho triste. Barack Obama morreu», lia-se na primeira mensagem no Twitter da Fix News. Pouco depois surgiam mais informações: «Notícia de última hora. Presidente Barack Obama assassinado, dois tiros de caçadeira e não resistiu aos ferimentos. É um triste 4 de Julho para a América».

O ataque informático foi reivindicado pelos «The Script Kids», mas desconhece-se se se trata de um grupo ou de um único indivíduo.

A conta da Fox News está agora suspensa e a cadeia televisiva está a ser duramente criticada pela falta de segurança dos seus meios de informação. A falsa notícia fez abalar o dia da independência da América, que se celebra esta segunda-feira, 4 de Julho.
 

«Pinto da Costa tem espiões no Benfica e no Sporting»

 
O FC Porto tem espiões no Benfica e no Sporting: esta foi uma das conclusões a que chegaram as autoridades no âmbito das várias investigações que estão a decorrer ao futebol português.

No caso das águias, a análise de informação recolhida pela PJ, que utiliza sofisticados meios tecnológicos, aponta para a existência de um número de telefone atribuído a um elemento do staff dirigente do clube. No caso do Sporting, as suspeitas são mais antigas e apontam para um funcionário que já trabalhou muito perto dos dirigentes e que também estava a par dos contactos efectuados com empresários e outros agentes que lidam com o futebol profissional.

Príncipe Alberto alvo de rumores sobre terceiro filho ilegítimo

Príncipe Alberto do Mónaco (foto AP)

Apesar de o casal real do Mónaco estar em vésperas de lua-de-mel, o príncipe Alberto tem sido alvo de rumores de que terá um terceiro filho ilegítimo, pelo que poderá ter que enfrentar um teste de paternidade.

O «Telegrph» aponta o alegado mal-estar da princesa Charlene e a suposta tentativa de fuga ao casamento por três vezes como indicadores de que o príncipe terá um outro filho ilegítimo, para além de Jazmin, de 19 anos, filha de uma agente imobiliária norte-americana, e Alexandre, de 6 anos, filho de Nicole Coste, uma cabeleireira togolesa.

O «Telegrph» diz ainda, citando uma fonte oficial do palácio real, que Alberto do Mónaco deve fazer um teste de paternidade.

A publicação «Voici» avança que Nicole Coste terá tido um outro filho com Alberto.

Economista defende que países mais ricos abandonem o Euro

Um professor de economia exige a saída da Alemanha do euro, face à crise das dívidas soberanas na Europa e à ameaça de bancarrota na Grécia.
Markus Kerber justifica a posição num artigo publicado no jornal Handelsblatt. «O que devia ter sido politicamente decidido em 2010, que era excluir a Grécia da moeda única face à sua bancarrota fraudulenta, vem agora tarde demais, porque a distorcida situação da União Económica e Monetária já não se pode resolver através da saída de países isolados. A medida ela provocaria enormes encargos fiscais aos países que permanecessem no euro, também devido às ajudas financeiras à Irlanda e a Portugal», diz o mesmo economista.

«Por isso, a única resposta possível é a saída do euro de países com balanças comerciais estruturalmente positivas como a Alemanha, a Holanda, a Áustria, a Finlândia e o Luxemburgo», conclui Kerber, que foi Março, um dos subscritores do requerimento no Tribunal Constitucional contra a participação da Alemanha no Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).

União Africana recusa mandado de captura de Kadhafi

Muammar Kadhafi  (foto AP)
União Africana recusa mandado de captura de Kadhafi


A União Africana decidiu não executar o mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional contra o coronel Muammar Kadhafi.

Na cimeira realizada na Guiné Equatorial, a UA «decidiu que os Estados membros não vão cooperar com a execução do mandado de captura» o líder líbio.

A União Africana pediu ao Conselho de Segurança da ONU que «implemente resoluções com vista a anular o processo do Tribunal Penal Internacional sobre a Líbia».

Para além disso, a UA também se revelou «preocupada pelo modo como o procurador do TPI está a gerir a situação» uma vez que no seu entender o «mandado de captura complica seriamente os esforços para uma solução política negociada da crise líbia e para tratar as questões de impunidade e de reconciliação, tendo em conta o interesse das partes envolvidas».

Recorde-se que o TPI emitiu mandados de captura contra o líder líbio, o seu filho Seif al-Islam e Abdallah Al-Senoussi, chefe dos serviços de segurança líbios, por alegados crimes contra a humanidade.