Jorge Humberto defende hoje, 25, a sua tese de mestrado na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa. Filho de cabo-verdianos optou por viver em Portugal, mas sem nunca se desligar de Cabo Verde, que agora foi reencontrar no “Bairro Alto da Cova da Moura nos Títulos de Imprensa”. Director de uma empresa de comunicação que trabalha com empresas crioulas e portuguesas, este cabo-verdiano tem trilhado uma carreira de sucesso em terras lusas.
Na realidade, Jorge Humberto Ramos Fernandes nasceu em Angola, um “menino Jesus” de 1970. Quis o destino que a mãe, Rosa Pereira Ramos, natural de Chã das Furnas, em Ribeira Grande, Santo Antão, o fosse dar à luz no dia 25 de Dezembro em Angola. Com o marido, Eugénio Fernandes de Andrade, natural de Mosteiros, Fogo, viajam mais tarde para Cabo Verde, onde chegam a 5 de Julho de 1975, dia em que o arquipélago se torna independente.
Dois anos depois, a família ruma a Portugal, e fixa residência na Amadora, onde ainda hoje Jorge Humberto vive e constrói carreira. Um concelho com forte presença da emigração cabo-verdiana e que agora serve de tese de mestrado deste crioulo que se licenciou em Ciências da Comunicação, uma influência do seu irmão Rui Pereira, actualmente administrador da TIVER, na Praia.
A tese de mestrado analisa o bairro Alto da Cova da Mora nos títulos de imprensa portuguesa - os diários Público e Correio da Manhã e ainda o semanário Expresso – entre Janeiro de 2006 e Dezembro de 2007, anos “marcantes para o bairro e sua comunidade”, como defende o autor da tese.
Isto, para tentar compreender de que forma o território e os assuntos relacionados com o mesmo são retratados pelos jornais, sabendo-se que o bairro Cova da Moura é constituído, na sua maioria, por cabo-verdianos.
Actualmente, Jorge Humberto é director da Scripsigest, marketing e serviços, uma empresa que se destina a ser útil às empresas de Cabo Verde e de Portugal, na área da comunicação global e procura ser a “ponta de lança de Cabo Verde nos negócios da comunicação”.
Com sede em terras lusas esta empresa surge no seguimento de trabalhos feitos, desde os anos 90, por Jorge Humberto na área da comunicação e marketing. Em relação estreita com o irmão Rui Pereira, e já organizou diversos eventos como é o caso da amarCulturas, um projecto de Humberto que se destina a promover conferências sobre multicultura e desenvolvimento que acontecem na Amadora e contam com a presença de importantes figuras cabo-verdianas, portuguesas e de outros países da lusofonia.
Licenciado em Ciências da Comunicação e especialista em Marketing e Relações Públicas, Jorge Humberto tem-se destacado na Amadora como um dos representantes e activistas pela melhoria das condições de vida das comunidades cabo-verdianas nos bairros e pela promoção da formação e emprego para os jovens descendentes do arquipélago, como ele próprio.
Já liderou a Associação de Moradores na Amadora, durante sensivelmente uma década, coordenou o jornal Aliança: Cabo Verde Portugal e também geriu e produziu a carreira da artista internacional Gardénia Benrós.
Jorge Humberto conquistou, igualmente, a admiração e respeito de entidades públicas como o presidente da Câmara da Amadora, e comandantes da Polícia pela sua “incansável luta em prol da comunidade e do bem-estar das populações” e, neste momento, está na forja uma possível candidatura à secção política de um partido, no concelho em que reside.
Sem comentários:
Enviar um comentário