Nas suas primeiras palavras como Presidente da República eleito, Jorge Carlos Fonseca comprometeu-se com o que havia sido o seu programa eleitoral, falando de cooperação com os diferentes órgãos de soberania– Governo incluído - mas ressalvou que vai exercer “uma magistratura activa”, recorrendo a todos os poderes que lhe estão reservados pela Constituição.
“Começo por saudar o povo de Cabo Verde, que, nas ilhas e nas comunidades no exterior, me ofereceu esta vitória eleitoral e me elegeu como no próximo Presidente da República de Cabo Verde”. Foram estas as primeiras palavras do novo Chefe de Estado de Cabo Verde.
Naquele que foi o seu primeiro discurso enquanto Presidente eleito – apesar de ainda não estarem encerradas todas as urnas - Jorge Carlos Fonseca agradeceu o voto de confiança dado pelo eleitorado, afirmando que "procurarei merecer a confiança que me foi dada hoje nas urnas”.
Aproveitando para agradecer a todos os que estiveram com ele nesta corrida, assumiu que “esta vitória é de muita gente” apesar de que “talvez no início houvesse gente que não acreditava que este projecto pudesse vencer”.
Garantindo que cumprirá “escrupulosamente” todas as suas promessas eleitorais, afastou o fantasma da instabilidade política, ao reafirmar que irá cooperar com o Governo de José Maria Neves “com lealdade e com o respeito da Constituição e das leis”.
Refere, no entanto, que cumprirá igualmente “o compromisso" de ser "um presidente que exercerá de facto uma magistratura activa no plano político e moral na sociedade cabo-verdiana" e que não prescindirá "em caso algum dos poderes que a Constituição confere ao Presidente da República”.
Apontou ainda que se manterá atento aos grandes desafios do país, especialmente no que se refere à democracia de Cabo Verde, que, na sua opinião, “precisa de ser aprofundada e estendida". "Eu, como Presidente da República, darei o meu contributo para que a democracia seja cada vez mais moderna e mais avançada”.
Por último, Jorge Carlos Fonseca voltou a falar da compra de votos, referindo-se a “fenómenos que possam colocar em causa, parcialmente que seja, a exemplaridade da democracia em Cabo Verde”.
“Ser eleito Presidente de Cabo Verde, no actual contexto e com tantos desafios que vivemos actualmente, impõe uma enorme responsabilidade sobre os ombros”, terminou.
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