Uma avaria no motor fez com que o Kriola Fast Ferry ficasse à deriva em alto mar durante várias horas. O incidente ocorreu ao início da tarde de quarta-feira, no percurso Fogo-Praia, fazendo com que cerca de 170 passageiros visse a sua viagem prolongada em mais de oito horas.
Um problema mecânico em dois dos geradores do Kriola ditou a avaria. Praticamente lotado e a meio da viagem, o navio esteve à deriva em alto mar até à chegada do rebocador da Enapor, cerca de quatro horas depois.
As tentativas do engenheiro de bordo em consertar a avaria vieram a revelar-se infrutíferas, obrigando a tripulação a tentar tranquilizar os passageiros.
A baixa velocidade do rebocador agudizou o problema. Quatro horas para lá chegar, e quatro horas no regresso até à Praia já com poucas reservas de água e alimentos a bordo, alguns dos passageiros acabaram por reagir mal ao sucedido.
Sean Tond, administrador da empresa detentora do Kriola, a Cabo Verde Fast Ferry, diz que “o que deveria ter sido um pequeno problema, transformou-se num grande”. mas como representante da empresa, assume o desconforto perante a situação. "Lamentamos muito o que sucedeu. Tentámos, na medida do que nos foi possível e face ao que aconteceu, compensar os passageiros, dando-lhes dois bilhetes para futuras viagens”, refere.
Sobre a prevenção de futuros cenários, diz que a Cabo Verde Fast Ferry está já a trabalhar em várias soluções, passando por reforçar a formação dos engenheiros mecânicos a bordo, por mais peças a bordo, mas também pela aumento das reservas de água e de comida.
Refere ainda a instalação de uma rádio na sede da empresa, na Praia, “uma vez que os telemóveis nem sempre funcionam em alguns locais das várias ilhas”. Questionado acerca da reacção dos passageiros, considera que, "há sempre alguém que reage com mais pessimismo, mas na sua esmagadora maioria os passageiros compreenderam o ocorrido".
Na altura, a ondulação era de cerca de 2,5 metros.
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