segunda-feira, 23 de maio de 2011

NÃO ME RENDO PERANTE AMEAÇAS E CALÚNIAS

 

Ao ler o “artigo” publicado no LIBERAL ON LINE intitulado JULIETA TAVARES É ASSESSORA DE IMPRENSA DO PAICV, com data de 16 de Maio de 2011, assinado por Manuel Furtado Pereira, pensei em não responder. Isso porque, determinadas coisas não merecem respostas. Mas, depois de alguma reflexão e analisando as ameaças que ultimamente me são feitas por pessoas que são apoiantes do Presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina e também pertencentes àquela edilidade, cheguei à conclusão que deveria aproveitar o mesmo espaço e este, do jornal A SEMANA ON LINE, para, não somente responder-lhe, mas também esclarecer algumas situações e deixar claro, de uma vez por todas, que não vale a pena me ameaçarem e tentarem atacar minha integridade pessoal e profissional, porque não tenho medo e não me rendo perante ameaças, suposições e calúnias. Aproveito tambem deste espaço para que mais pessoas saibam das pressões e ameaças que os jornalistas da RTC sofrem em Santa Catarina.

Julieta Tavares

NÃO ME RENDO PERANTE AMEAÇAS E CALÚNIAS 
 
Antes porém, gostaria de perguntar ao signatário se ele se revê no que está escrito? Se é mesmo a sua opinião. É que o estilo de escrita não me é estranho e muito menos a forma como o conteúdo foi abordado e estruturado. Espanta-me o seu conhecimento de certos pormenores. Se se revê no que foi assinado por si, com certeza não terá problemas em me enfrentar num tribunal para reafirmar e provar tudo o que escreveu. Desafio-o a ir provar, perante um juiz, cada insinuação que fez . A dar a cara pela verdade. Porque só escrever não basta. É preciso provar, justificar, sustentar. Isso aprende-se também na Universidade. Da mesma forma que Vital Tavares, irmão de Francisco Tavares, vai responder em tribunal por aquilo que escreveu, você também terá de arcar com as consequências das suas acções. Posso dar à opinião pública alguns esclarecimentos neste espaço, mas outras questões terá de esclarecê-las no local próprio onde o desrespeito pela honra e pelo bom nome é julgado.
Mas vamos aos factos. O “artigo” de opinião quis me atacar. Porquê? Porque faço o meu trabalho com isenção e profissionalismo? Porque reporto o que de facto existe ou acontece? Você se mostrou um “grande conhecedor” dos critérios para a produção de uma notícia e eu, que estudei para ser jornalista, nada sei. Eu não trabalho para denegrir a imagem de quem quer que seja. Eu faço o meu trabalho com ética e rigor técnico e sempre dou vez e voz ao contraditório. Se alguma instituição, nesse caso a Câmara Municipal de Santa Catarina, que você faz questão de defender tão fervorasamente, afirmar o contrário, fá-lo de má fé e desafio qualquer representante daquela instituição a me contradizer...com factos!
Nunca, em momento algum, foi feita uma matéria jornalística por qualquer jornalista da RTC, Delegação de Assomada, que implicasse qualquer pessoa ou instituição, nomeadamente a edilidade santacatarinense, em que não lhe foi dada a vez para falar da sua justiça. Muito pelo contrário. Muitas vezes, como aconteceu esses dias, dispensaram o direito à reacção, ao direito de resposta que a Lei da Comunicação Social lhes confere, nomeadamente ao não se interessarem em responder sobre o matadouro que foi encerrado por falta de higiene e ainda, não se mostram interessados em falar da nova organização do mercado e das novas formas de pagamento que causaram discordia no seio das vendedeiras. Isso tudo para nos deixar mal vistos, para mostrar que perseguimos a, dita indefesa, Câmara Municipal de Santa Catarina e desviar a atenção daquilo que são factos. Afinal, quem quer manipular o quê e/ou quem?
Mais, Sr. Manuel Furtado Pereira, você, muito cioso e aguerrido em defender a Câmara Municipal de Santa Catarina, escreve coisas que me levam a pensar que você não está a par de tudo como deveria estar alguem tão senhor da verdade, ou, simplesmente, quer criar factos para gerar conflitos. Quando diz que a Câmara de Santa Catarina homenageou cidadãos de Santa Catarina, entre eles o senhor Bispo Dom Arlindo e que a RTC não deu cobertura, tem a certeza do que escreveu? Exorto-lhe a ver mais televisão, a ser mais investigativo, a exercitar esse lado universitario que diz ter/ser, com investigação e procure nos arquivos da RTC (RCV e TCV). Eu própria terei muito gosto em ilucidá-lo. Mostre as qualidades que um estudante universitário deve ter, ou simplesmente, seja honesto e verdadeiro. Há mais, quando diz que na RTC de Assomada, ou melhor, eu, Julieta Tavares, não faço reportagens sobre problemas de cortes de energia, para não prejudicar o PAICV, está a escrever a sério, ou apenas gosta de atacar gratuitamente? Mais uma vez leva-me a acreditar que você não acompanha os noticíarios da TCV e nem da RCV e que simplesmente quer atacar-me gratuitamente.
Ainda mais, como você tem tanta certeza de que no dia em que as rabidantes foram invadir a casa do Presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, eu não ouvi ninguém da Câmara? Pelo facto de não terem aparecido na peça que passou na TCV? Porquê não procurou saber junto dos responsaveis da edilidade a justificação para essa ausência? Já que fala com tanta segurança é porque esteve lá e era um dos protagonistas ou a informação lhe foi passada por quem lá estava. Se esteve presente deve ter presenciado a tentativa de nos atacarem. Ou será que para si é normal o uso da violência para impedir/barrar a liberdade de imprensa? Mas vou refrescar-lhe a memória. Escreve que as rabidantes foram “por uns instantes à casa do Presidente”. Tem a certeza disso? Se elas foram “apenas por uns instantes” e não estivessem todas raivosas e com intensões de invadirem a casa do autarca, haveria necessidade de se chamar a polícia e colocar as autoridades policiais de plantão em frente à residência do edil? Sr. Manuel Furtado Pereira, você como conhecedor dos critérios para a elaboração de uma notícia, não acha que uma manifestação em frente à residência de uma autoridade e, ainda mais, com a presença policial, para garantir a segurança da autoridade, não é motivo para ser notícia? Para si pode não ser, mas para mim, que a seu ver, não passa de uma aprendiz de jornalismo, entendi que era notícia sim e lá estava eu. Mas estranho a sua afirmação de que o presidente passou por nós duas vezes e não o ouvimos. Se tiver dúvidas e não puder acreditar em mim, pergunte ao senhor Presidente da Camara Municpal de Santa Catarina se ele, em algum momento, nesse dia e naquela ocasião , deu a cara na porta ou na janela para dar alguma satisfação às rabidantes, quiçá, à comunicação social. Pergunte-lhe tambem, se lá estava algum responsável da Câmara para responder às rabidantes e esclarecer a situação com os jornalistas. Aproveite e pergunte aos responsáveis da Câmara Municipal quem terá desautorizado os fiscais a darem entrevista à TCV, para esclarecer o porquê da revolta das rabidantes naquela manhã de sábado, dia de feira.
Gostaria muito, mas muito mesmo, que me dissesse onde fica essa localidade chamada Gudo e quem são essas pessoas que instiguei a manifestar em frente à Câmara Municipal por causa de energia eléctrica. As coisas que você escreve não são coerentes. O que a Câmara de Santa Catarina tem a ver com localidades que ainda não têm energia eléctrica e cuja população reivindica? É a Câmara quem tem a responsabilidade de o fazer? Enfim...
Relativamente a homenagem feita pela Câmara Municipal de Santa Catarina ao jovem de Gil Bispo, dando o seu nome à placa desportiva local, infelizmente, por questões de agenda, não nos foi possivel fazer a cobertura. Incomoda-lhe, Manuel Furtado Pereira, que façamos uma reportagem sobre uma campanha de limpeza numa zona que está sempre cheia de lixo, como Cumbém, em que foi solicitado o apoio da Câmara Municipal de Santa Catarina, apoio que não foi concedido e ainda mais, o lixo ficou por recolher? Incomoda-lhe que noticiemos que os munícipes tentam ajudar a edilidade na prática da higiene numa cidade onde manter a higiene é um problema?
Incomoda-lhe que falemos de uma desorganização que de facto existiu durante as festividades da elevação de Assomada à categoria de cidade, facto a que presenciamos e que o organizador reconheceu em entrevista à RTC? Demos ou não demos vez à Câmara para explicar? Pergunte ao responsável máximo da Câmara que você tanto vitimiza e faz de mim o carrasco, se não o fizemos.
Sabe a quantos eventos desportivos fomos para cobertura, no quadro das festas da cidade de Assomada e que não se realizaram, ou começou com horas de atraso? Sabe para que horas estava marcado o início do concurso de miss? Digo-lhe, era para começar às 21 horas, às 23 horas estavam a armar o palco e começou a 1h da manha e terminou às 5h. Pergunte ao senhor Presidente a que horas ele foi chamado para coroar a vencedora. Aproveite e pergunte tambem a que horas estava marcado o espectáculo de jazz. Respondo-lhe, para as 21 horas. E a que horas começou? Quando já estava quase para não se realizar, passava das 23 horas. Pergunte ao senhor Virgilio da organização, se, quando ele chegou no cineteatro de Assomada, não encontrou os elementos do grupo de Jazz já partindo para Praia? Falei alguma mentira?
Como já havia mencionado, respondo a essa “dissertação académica do universitário Manuel Furtado Pereira” para deixar bem claro a ele e a todos quantos apoiam gratuito e incompreensível ataque à minha pessoa, que vejo esse “artigo” como mais uma forma de me intimidarem e tentarem impedir-me de fazer o meu trabalho, como se tem feito em Assomada, e, onde o nome do presidente da Câmara, Francisco Tavares, é mencionado como alguém que está a preparar “uma bomba” para mim. Como senti que as coisas estavam a ultrapassar os limites, procurei o senhor Presidente da Câmara, com quem conversei a respeito e lhe disse que caso ele não tenha nada a ver com as ameaças de que tenho sido vítima, supostamente por ele não estar satisfeito com o meu trabalho, que então tome a iniciativa de controlar a situação para que não venha a ter problemas, pois são os nossos nomes que andam de bares em bares, e sou sempre avisada a ter cuidado.
Portanto, caro universitário, não perca mais o seu tempo a escrever “artigos” para me atacar, nem para tentar manchar a minha imagem. A mim basta-me saber da minha responsabilidade profissional, da minha integridade e da confiança da minha família e dos meus amigos de verdade. Não estou na minha profissão por ou de favores nem me vendo a ninguem.
Não lhe faltava mais nada para dizer a meu respeito e enche-se de coragem para falar mais uma barbaridade ao afirmar que participo em reuniões na sede do PAICV e incito à desobediencia, através da RTC, contra a Câmara Municipal de Santa Catarina. Câmara Municipal de Santa Catarina, Câmara Municipal de Santa Catarina, sempre ela, coitada desta instituição, o que ela passa nas mãos da carrasca Julieta Tavares. Sinceramente! Custa-me acreditar que ninguém da autarquia nunca tenha tido a sua coragem de assinar tamanho lamento, ou de apresentar uma queixa ao Tribunal, contra a jornalista que persegue e maldiz a Câmara. Neste momento sou acusada de ser comissária do PAICV e que recebi do partido duzentos mil escudos durante a campanha, que me vendi ao PAICV. Já antes tinha sido acusada, por pessoas do PAICV, de instalar o monolitismo político em Santa Catarina, porque o edil local aparece muito na TV e dizem até que o Francisco Tavares me deu lote de terreno. Afinal, onde estão os duzentos contos e o lote de terreno? Afinal de que partido sou? Imaginação não vos falta. Porque não me deixam trabalhar em paz? Porque só me acusam de atacar a Câmara Municipal de Santa Catarina? Estranho, não é? É que faço inúmeros trabalhos nos seis municípios do interior de Santiago, 3 do PAICV e 3 do MPD e não tenho problemas com os outros, só com a edilidade santacatarinense. Deixo aqui duas perguntas públicas ao Senhor Presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, pessoa que, enquanto autoridade, muito respeito: alguma vez veiculamos na TCV ou na RCV alguma mentira ou cálunia referente à sua edilidade? Alguma vez publicamos alguma notícia sem que tenhamos procurado ouvir a vossa posição? Gostaria muito que o senhor Francisco Tavares esclarecesse as opiniões dos seus “fervorosos fãs e defensores” que têm a ousadia de falar em nome da Câmara, coisa que nem todos os vereadores fazem pública e explicitamente...
Tudo aquilo que assinou, Sr. Manuel Furtado Pereira, atacando-me de forma tão vil, leva-me a acreditar que essa era a “bomba” que estavam a preparar-me, pois não acho que as ameaças que me têm feito querem dizer que terão a coragem de me atacar fisicamente, covardemente. Pelo sim, pelo não, já dei conhecimento do assunto ao Procurador da Républica da Comarca de Santa Catarina e ao Comandante Regional de Santa Catarina.
O que se pretende com esse texto? Desmoralizar-me? Envergonhar-me? Fazer-me desistir de tudo e sair de Assomada? Colocar dúvidas na mente e no coração das pessoas que me respeitam, me amam e que confiam em mim? Não conseguiram!!!... e não me incomadam, nem um pouco, os comentários daqueles que se escondem por detrás de um nome falso ou textos metafóricos para atacarem as pessoas e depois são eles que nos encontram e nos cumprimentam com beijos e abraços. Estou tranquila, de pedra e cal em Assomada, para continuar a ser jornalista e Delegada da RTC, enquanto a Administração da Empresa assim o entender.
Para finalizar, senhor universitário Manuel Furtado Pereira, aguardo o nosso encontro numa sala de audiências de um tribunal, para se explicar perante a justiça, já que, num texto de opinião, acusar pode ser fácil e ser um expediente para se ser conhecido, mesmo que seja pelas piores razões. Reitero a minha paixão em fazer jornalismo independente e irreverente, como tenho feito até agora, e nenhuma ameaça ou calúnia me vai refrear, pois só tenho que obedecer às Leis da República e da minha profissão, o que tenho feito sempre.
Sou Delegada na RTC de Assomada por competência. Se eu fosse uma parasita, se estivesse apagada, se estivesse vegetando, ninguem falaria de mim, portanto, tentar condicionar-me ou silenciar-me é pura perda de tempo. Volto a dizer-vos que já alertei à Procuradoria e ao Comando da Polícia de Santa Catarina das ameaças que venho recebendo. Quem não deve, não teme, diz a sabedoria popular... por nada temer eu fui às instâncias onde os delitos devem ser denunciados e apurados. Quem tiver a minha coragem que faça o mesmo e basta de servirem-se de um artigo de opinião, onde não há contraditório, para ataques em pretensas causas de outrém, cujos titulares têm meios e autoridade para a sua auto-defesa. Ou será que a Câmara Municipal de Santa Catarina ratifica esse artigo do Sr. Manuel Furtado Pereira?!...

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