sexta-feira, 20 de maio de 2011

Praia: Governo e autarquia unem-se em prol de uma cidade competitiva

 

Ulisses Correia e Silva quer tirar vantagem de o facto da Praia ser a capital política e económica do país, especializando-se para explorar um segmento de alto rendimento que é o turismo e pediu a colaboração do governo. José Maria Neves acedeu e propôs uma parceria para transformar a Praia numa cidade competitiva e “os sonhos”.

Praia: Governo e autarquia unem-se em prol de uma cidade competitiva 
 
“Um turismo baseado na oferta de história e cultura, em complementaridade com a Cidade Velha, por ser o berço da nacionalidade e Património Mundial da Humanidade e Tarrafal, por ter fortes ligações a nossa história comum, nomeadamente com os PALOP. A Praia deve continuar a articular e desenvolver o turismo cultural baseado na diversificação que a própria ilha de Santiago proporciona”, reiterou Ulisses Correia no dia em que o município comemora os seus 153 anos de existência.
E mais, acrescenta aquele responsável, esta será uma forma de transformar a Praia numa cidade competitiva do ponto de vista ambiental, cultural e económico, fazendo com que disponha de serviços com bom nível de qualidade para que os investidores, visitantes e residentes se sintam confortáveis e possam desfrutar de ofertas únicas na cidade”.
Ulisses Correia e Silva não deixou entretanto de apontar um conjunto de obras que, segundo ele, dignificariam a cidade capital, como a requalificação do Plateau, cine-teatro, mercados e miradouros, entre outros. E, para já, o autarca apontou como desafios da autarquia qualificar a oferta ambiental através do ordenamento do território, urbanização e saneamento. A oferta patrimonial, histórica e cultural, como as zonas ribeirinhas e baixa, e ainda a oferta hoteleira e de restauração são outros condimentos.
Neste sentido, Silva pediu ao primeiro-ministro uma forte parceria económica, social e cultural para o desenvolvimento da Praia, num jogo que, segundo disse, “todos saem a ganhar” e só haverá vencedores. Em resposta, José Maria Neves propôs uma parceria para que, juntos, possam os transformar a Praia na “cidade dos sonhos”.
Entretanto, segundo aquele governante, para que isso aconteça “é preciso um alto consenso que envolva o governo, os partidos políticos, munícipes e a sociedade civil, numa convergência de todos os cabo-verdianos de forma a densificar a agenda de transformação de Cabo Verde”.
“É a nossa intenção. Para isso contamos com o apoio e parcerias das câmaras locais para idealizarmos num espaço de concertação e entendimento, a questão do poder local e do desenvolvimento do país através de uma cimeira anual entre os primeiros-ministros e os presidentes das câmaras municipais questões como ordenamento do território, gestão do solos e políticas das cidades, ZDTI e questões ambientais, designadamente o problema da falta de água e saneamento, básico Diálogos que devem acontecer entre os três níveis de governação”.
JMN fez questão de reconhecer que hoje a Cidade da Praia está mais limpa, funcional e mais perto dos cidadãos. “A rua pedonal do 5 de Julho, Kriol Jazz Festival, os ginásios públicos ao ar livre, o embelezamento da frente marítima, a recolha domiciliária do lixo, a remodelação do estádio da Várzea, a reorientação do parque 5 de Julho e a construção de um novo mercado municipal são algumas das infra-estruturas que reputamos como positivas e que marcam uma nova e legítima cidade da Praia”, salientou, aplaudindo o esforço do edil praiense.
Note-se que durante a sessão solene do Dia do Município foram homenageados o escritor Mário Fonseca (a título póstumo), o escritor Arménio Vieira, o grupo de dança Raiz di Polon e a banda Ferro Gaita. Num ambiente de muita dança e aplausos, marcaram presença na Cerimónia do dia da Praia, o Presidente de Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Arlindo Medina, o Procurador Geral da República, vereadores, deputados nacionais, representantes do corpo diplomático, presidentes das câmaras de cidades de Bissau e Dakar, entre outros parceiros internacionais.
Entretanto, faltaram à chamada o ex-presidente da República, Aristides Pereira, o Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Ramos, os ex-presidentes da CMP – Jacinto Santos e Felisberto Vieira –, e o deputado municipal José Joaquim Barbosa.

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