segunda-feira, 6 de junho de 2011

“Guardião” transferido de estaleiro para recheio e acabamento final

O casco e superestrutura do navio patrulha “Guardião” já estão concluídos e foram transferidos do estaleiro da MADE, em Mordjik, para o estaleiro central da DAMEN em Gorinchem ( cidades da Holanda) para recheio e acabamento final. Moderno, equipado com tecnologia de ponta, veloz e adaptado para navegar com a máxima segurança e em qualquer estado de tempo prevalecente, esse barco que vai patrulhar as águas sob jurisdição cabo-verdiana, a nossa Zona Económica Exclusiva (ZEE) nesse vasto Oceano Atlântico, está também dotado de um sistema comunicação à altura das suas responsabilidades.

 “Guardião” transferido de estaleiro para recheio e acabamento final

A equipa técnica - constituída pelo coordenador geral da Segurança Portuária, comandante António Cruz, engenheiro João Pires ( Enapor), e o Tenente Coronel António Duarte Monteiro, comandante da Guarda Costeira - designada para acompanhar a construção do navio patrulha “Guardião” nos estaleiros da Damen na Holanda, testemunhou no passado dia 1 de Junho o primeiro contacto do navio com a água.
De acordo com António Cruz, o casco e superestrutura do navio “Guardião” foram concluídos no estaleiro naval da Made. Agora mudam-se para o estaleiro central da Damen, para receber a maquinaria e equipamentos electrónicos, cabelagem, tubaria, forragem e pintura. Os testes de estabilidade e outras provas no mar devem acontecer no próximo mês de Dezembro.
As provas de estabilidade, velocidade, manobra e de comportamento do navio no mar serão acompanhadas pela tripulação do navio - a Guarda Costeira Nacional. António Cruz confirma a chegada do navio em Janeiro de 2012, no Porto de Registo - Porto Grande do Mindelo, onde a tripulação holandesa procederá a sua entrega oficial.
“Este projecto espelha as boas relações de cooperação e representa a conjugação de esforços entre os governos da Holanda e de Cabo Verde. Orçado em 10.9 milhões de Euros, o navio é co-financiado pelo Governo de Cabo Verde, Enapor e ORET - Cooperação Holandesa”, assevera.
Trata-se de um navio com 50 metros de comprimento, que pode atingir até 23 milhas náuticas por hora, podendo navegar em condições de segurança no estado de tempo e de mar prevalecentes na ZEE Cabo Verde. O "Guardião" será dotado de quatro motores Caterpillar com funcionamento independente, o que lhe confere redundância na sua operação e exploração. O navio será igualmente dotado de dois bowtruster independentes, ficando com um grande poder de manobrabilidadede.
O "Guardião", acrescenta Cruz, será também dotado de estabilizadores que garantem à tripulação um conforto adequado, navegando com vento fresco e mar cavado. Além de alojamento para a guarnição, o navio terá um salão confortável, com capacidade para 72 pessoas.

Alta tecnologia e embarcação semi-rígida

No cumprimento das suas missões, o Guardião contará com uma embarcação semi-rígida, rápida, que poderá atingir 36 nós, com capacidade para 18 pessoas. A nivel de navegação, o navio terá equipamentos da mais alta tecnologia ergonómicamente bem localizados, permitindo deste modo um fácil manuseamento por parte dos operadores. Equipamentos modernos, com tecnologia de ponta garantem a esse barco que vai patrulhar as águas sob jurisdição cabo-verdiana, a nossa Zona Económica Exclusiva (ZEE) nesse vasto Oceano Atlântico, uma comunicação rápida e à altura das suas responsabilidades.
Para fazer face a incêndios contra terceiros o "Guardião" contará com uma agulheta auxiliada por uma bomba com capacidade para 120 metros cúbicos de água por hora. A nivel de proteção e no quadro do Codigo ISPS, o navio terá um sistema de vigilância electrónica interna e externa, composta por 12 câmaras, sendo 8 no interior e 4 no exterior.
“O Guardião terá uma autonomia superior a 2000 milhas náuticas e uma capacidade de água para 27.5 tons, podendo, quando a navegar, produzir a sua própria água, pois será dotado de um désalinizador com capacidade para 3 tons/dia”, afirma o comandante António Cruz.
Em jeito de remate, o comandante afiança que essas características permitirão ao navio desenvolver toda a actividade da Guarda Costeira na ZEE de Cabo Verde, designadamente: busca e salvamento, fiscalização, combate ao tráfego ilícito, pesca ilegal, entre outras.

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