sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sondagem: PSD reforça vantagem sobre o Partido Socialista

Passos Coelho vence Sócrates

O PSD deverá ser o partido mais votado nas eleições de domingo e Pedro Passos Coelho será provavelmente o próximo primeiro-ministro de Portugal. A sondagem CM/Aximage atribui 36,3% das intenções de voto ao partido laranja e 30,1% aos socialistas.
 
Um quadro de maioria parlamentar será alcançado com a coligação entre o partido liderado por Pedro Passos Coelho e o CDS-PP, de Portas, que surge com uma votação reforçada. Os deputados eleitos dos dois partidos da direita parlamentar deverão garantir uma ampla maioria.
A esquerda perde terreno com a erosão de votos no partido socialista. CDU segura eleitorado, enquanto o Bloco arrisca passar para quinta força no Parlamento.
Com a abstenção abaixo dos 40%, a margem do PSD sobre o PS parece confortável. As intenções de voto estão ainda longe do limiar da maioria absoluta, mas garantem um avanço ao partido de Passos Coelho sobre a lista de José Sócrates.
Nesta sondagem, o PSD surge com um valor central de 36,3%, mas o limite superior pode aproximar-se dos 40% (39,6%). O cenário mais desfavorável para Passos Coelho aponta para 32,8%. Por seu lado, as intenções de voto nos socialistas indicam 30,1%, sendo o cenário mais favorável 33,4% e o mais desfavorável 26,8%. A próxima legislatura terá uma maioria de direita e, uma vez que Passos Coelho recusa uma coligação com Sócrates, o próximo Governo será uma nova reedição da Aliança Democrática. Paulo Portas, depois do Ministério da Defesa, voltará ao Executivo.
O reforço de votos do CDS significa um reforço do peso político deste partido, que já representa um terço dos votos do seu parceiro na futura coligação governamental.
A esquerda perde as eleições, e o Bloco, que em 2009 esteve perto de disputar o terceiro lugar, desce para quinto. Sócrates e Louçã arriscam ser os maiores derrotados.
FICHA TÉCNICA
Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.
Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 1200 entrevistas efectivas: 566 a homens e 634 a mulheres; 278 no interior, 484 no litoral norte e 438 no litoral centro sul; 344 em aldeias, 398 em vilas e 458 em cidades. Proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.
Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido entre os dias 29 de Maio e 1 de Junho de 2011, com uma taxa de resposta de 76,7%.
Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 1200 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,014 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 2,8%).
Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz. 
Dos inquiridos que manifestaram intenção de votar houve 6,7% de indecisos. A distribuição desses 6,1% foi efectuada com base em várias perguntas: uma sobre a hesitação entre votar e não votar; outra, para os que mantiveram a intenção de ir votar, em que foi perguntado de novo em quem admitiam votar. Para os que não responderam a esta última pergunta foi utilizada uma outra questão relativa à actuação dos diferentes líderes partidários.

Sem comentários:

Enviar um comentário