O presidente dos Estados Unidos afirmou que não hesitará em atacar o Irão para o impedir de fabricar armas nucleares, mas advertiu que "falar demasiado de guerra" só ajuda o regime e faz aumentar o preço do petróleo.
Barack Obama, que discursava este domingo no principal "lobby" pró-Israel dos Estados Unidos, sublinhou que o Irão ainda pode escolher a via diplomática para resolver o conflito em torno do seu controverso programa nuclear.
"Acredito firmemente que continua a haver uma oportunidade para que a via diplomática - acompanhada de pressão - tenha êxito. Os Estados Unidos e Israel consideram ambos que o Irão ainda não tem uma arma nuclear e estamos extremamente vigilantes no acompanhamento do programa", disse Obama. O presidente norte-americano pediu a Israel mais tempo para que as sanções internacionais isolem ainda mais o Irão.
"Em nome da segurança de Israel, da segurança dos Estados Unidos e da paz e segurança no mundo, este não é o momento para falar com voz grossa", disse Obama perante milhares de participantes na conferência anual do Comité de Relações Públicas Americano-Israelita. "Este é o momento de permitir que a nossa pressão reforçada faça efeito e de sustentar a ampla coligação internacional que construímos", acrescentou.
Obama falou depois de o presidente de Israel, Shimon Peres, se ter dirigido ao congresso para afirmar que Israel "vencerá" se for obrigado a combater o Irão, um regime "diabólico, cruel e moralmente corrupto". "O regime iraniano baseia-se na destruição", disse Peres, acrescentando que o Irão "é o centro, o mecenas e financiador do terror no mundo".
Estas intervenções foram feitas um dia antes de uma reunião em Washington entre Obama e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que Israel quer consagrar à questão nuclear iraniana. Por outro lado, elas ocorrem num contexto de repetidas declarações de responsáveis israelitas sobre um possível ataque unilateral ao Irão para o impedir de conseguir progressos irreversíveis com vista ao fabrico de uma arma atómica.
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