A visita do Presidente da República, esta semana, ao município do Porto Novo está a gerar polémica no concelho. O PAICV local veio, nesta quinta-feira, 1, através do porta-voz, Elísio Rocha, saudar a visita mas estranha que Jorge Carlos Fonseca tenha alinhado o seu discurso ao da Câmara Municipal, responsabilizando o governo pelos insucessos que acontecem no concelho em vez de se comportar como moderador e árbitro do sistema político cabo-verdiano.
Elísio Rocha assevera que a visita do PR foi “programada pela Câmara Municipal do Porto Novo e acompanhada por uma comitiva do MpD local, enquanto os serviços desconcentrados do Estado no concelho foram ignorados para acompanhar a estada de Jorge Carlos Fonseca”.
“Em todas as localidades, os delegados municipais e líderes do MpD intervieram na presença do PR e este responsabilizou o governo pelos insucessos que acontecem no concelho e isentou a autarquia portonovense das suas responsabilidades, quando o ideal seria ter também a presença na visita dos chefes dos serviços desconcentrados do Estado, líderes associativos ou cidadãos comuns,” frisa Rocha.
O porta-voz do PAICV alega ainda que, se assim acontecesse, haveria opiniões isentas e se houvesse motivos, todos os poderes seriam responsabilizados, apesar de entender que o governo tem desempenhado o seu papel.
Elísio Rocha pontua ainda que a visita do PR ficou marcada pela “negativa, pois JCF reuniu-se no final da sua visita ao concelho num convívio apenas com pessoas afectas ao MpD, em vez de ter uma postura de convivência com pessoas ligadas a todos os partidos políticos em Porto Novo, facto que justifica que a política de proximidade prometida pelo Presidente não está a ter os efeitos desejados”.
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