Conselho de Segurança condena por unanimidade violência na Líbia
Exigindo o “fim imediato da violência” e instando o regime de Trípoli a “dar resposta às exigências legítimas da população”, os 15 membros do Conselho de Segurança sublinharam ainda que as autoridades líbias “têm que cumprir as suas responsabilidades de protecção da sua população, agir com contenção e respeitar os direitos humanos e as leis internacionais”.
Neste documento, as Nações Unidas dizem ainda que as autoridades líbias têm que levar à justiça aqueles que são responsáveis pelos ataques aos civis nos protestos – que entram hoje no décimo dia consecutivo – e respeitar os direitos dos cidadãos a manifestarem-se pacificamente, assim como a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa.
“É uma linguagem razoavelmente forte (para os padrões do Conselho de Segurança”, avaliava a correspondente da BBC nas Nações Unidas em relação a esta primeira declaração do órgão sobre os acontecimentos na Líbia – onde morreram já mais de 300 pessoas na repressão das autoridades à vaga de contestação ao regime, inspirada nas revoltas populares pró-democráticas na Tunísia e Egipto.
A Rússia e a China assinaram o documento com alguma relutância, esgrimindo argumentos de se estar perante assuntos internos de países soberanos, mas acabaram por acordar num texto que expressou a unidade do Conselho de Segurança – chamado a pronunciar-se, de resto, a pedido dos diplomatas líbios nas Nações Unidas que, entretanto, tinham já renegado as acções brutais das autoridades no seu país e instado também ao afastamento de Khadafi do poder, que exerce há 42 anos.
Já no final da reunião, que durou praticamente todo o dia de ontem, o chefe da missão diplomática no Reino Unido nas Nações Unidas, Mark Lyall Grant, sustentou que a declaração emitida é “extremamente forte”, e indicou ainda que novas medidas podem ser tomadas nos próximos dias.
Os diplomatas nas Nações Unidas indicaram que o nível da violência reportada na Líbia – de onde chegam relatos que as autoridades bombardearam as zonas dos protestos com aviões e helicópteros e estão a atacar os manifestantes a tiro com recurso também a mercenários – foi decisivo nesta tomada de acção, num momento em que a comunidade internacional começa também a revelar-se ansiosa e preocupada com o fluxo de dezenas de milhares de refugiados em fuga da Líbia para os países vizinhos.
Para esta tomada de posição do Conselho de Segurança contribuiu também o tom belicoso do coronel Khadafi, que, num discurso público ontem à tarde, ameaçou continuar a usar a força sobre os manifestantes e até mesmo a pena de morte contra os revoltosos no país, os quais descreveu como não mais do que "terroristas" e jovens sob os efeitos de “drogas alucinogénicas”.
O vice-embaixador líbio nas Nações Unidas, Ibrahim Dabbashi – um dos primeiros diplomatas do país a renegar o regime de Trípoli após a repressão dos manifestantes – avaliou, porém, que a linguagem “não foi suficientemente forte”, defendendo que está a ocorrer um “genocídio” no seu país. Ainda assim admitiu que a declaração “é uma boa mensagem ao regime na Líbia sobre a necessidade de parar o derramamento de sangue”. O superior de Dabbashi nas Nações Unidas, Abdul Rahman Mohammed Shalgam, distanciou-se destas acusações e referiu-se a Khadafi como um seu “amigo”.
A Liga Árabe – cujo secretário-geral, Amr Moussa, descreveu já as reivindicações dos manifestantes líbios como "legítimas" e instou também ao fim da repressão por parte das autoridades líbias – condenou também ontem, em reunião urgente no Cairo, os “crimes” cometidos pelo regime de Trípoli. A organização decidiu ainda banir a Líbia das suas reuniões e actividades.
Neste documento, as Nações Unidas dizem ainda que as autoridades líbias têm que levar à justiça aqueles que são responsáveis pelos ataques aos civis nos protestos – que entram hoje no décimo dia consecutivo – e respeitar os direitos dos cidadãos a manifestarem-se pacificamente, assim como a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa.
“É uma linguagem razoavelmente forte (para os padrões do Conselho de Segurança”, avaliava a correspondente da BBC nas Nações Unidas em relação a esta primeira declaração do órgão sobre os acontecimentos na Líbia – onde morreram já mais de 300 pessoas na repressão das autoridades à vaga de contestação ao regime, inspirada nas revoltas populares pró-democráticas na Tunísia e Egipto.
A Rússia e a China assinaram o documento com alguma relutância, esgrimindo argumentos de se estar perante assuntos internos de países soberanos, mas acabaram por acordar num texto que expressou a unidade do Conselho de Segurança – chamado a pronunciar-se, de resto, a pedido dos diplomatas líbios nas Nações Unidas que, entretanto, tinham já renegado as acções brutais das autoridades no seu país e instado também ao afastamento de Khadafi do poder, que exerce há 42 anos.
Já no final da reunião, que durou praticamente todo o dia de ontem, o chefe da missão diplomática no Reino Unido nas Nações Unidas, Mark Lyall Grant, sustentou que a declaração emitida é “extremamente forte”, e indicou ainda que novas medidas podem ser tomadas nos próximos dias.
Os diplomatas nas Nações Unidas indicaram que o nível da violência reportada na Líbia – de onde chegam relatos que as autoridades bombardearam as zonas dos protestos com aviões e helicópteros e estão a atacar os manifestantes a tiro com recurso também a mercenários – foi decisivo nesta tomada de acção, num momento em que a comunidade internacional começa também a revelar-se ansiosa e preocupada com o fluxo de dezenas de milhares de refugiados em fuga da Líbia para os países vizinhos.
Para esta tomada de posição do Conselho de Segurança contribuiu também o tom belicoso do coronel Khadafi, que, num discurso público ontem à tarde, ameaçou continuar a usar a força sobre os manifestantes e até mesmo a pena de morte contra os revoltosos no país, os quais descreveu como não mais do que "terroristas" e jovens sob os efeitos de “drogas alucinogénicas”.
O vice-embaixador líbio nas Nações Unidas, Ibrahim Dabbashi – um dos primeiros diplomatas do país a renegar o regime de Trípoli após a repressão dos manifestantes – avaliou, porém, que a linguagem “não foi suficientemente forte”, defendendo que está a ocorrer um “genocídio” no seu país. Ainda assim admitiu que a declaração “é uma boa mensagem ao regime na Líbia sobre a necessidade de parar o derramamento de sangue”. O superior de Dabbashi nas Nações Unidas, Abdul Rahman Mohammed Shalgam, distanciou-se destas acusações e referiu-se a Khadafi como um seu “amigo”.
A Liga Árabe – cujo secretário-geral, Amr Moussa, descreveu já as reivindicações dos manifestantes líbios como "legítimas" e instou também ao fim da repressão por parte das autoridades líbias – condenou também ontem, em reunião urgente no Cairo, os “crimes” cometidos pelo regime de Trípoli. A organização decidiu ainda banir a Líbia das suas reuniões e actividades.
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