Tratava-se de uma questão de tempo. O Benfica estava galvanizado e preparava-se para colocar o Estugarda no seu lugar, fora da eliminatória seguinte. Gaitán e Coentrão ameaçaram momentos antes, mas foi Salvio a encostar a turma germânica às cordas. Aimar bateu um canto na esquerda, Luisão saltou com Delpierre e a bola sobrou para Salvio, que, à entrada da área, não deixou os seus créditos por mãos alheias, colocando-a no fundo das redes de Ziegler com um remate rasteiro e bem colocado. Este golo deu maior tranquilidade ao Benfica e praticamente retirou o Estugarda do jogo. É verdade que foi numa fase embrionária da partida, havia ainda muitos minutos para se jogar, mas percebeu-se que estava encontrada a chave do sucesso. A equipa de Labbadia ainda tentou encontrar caminhos para as redes de Roberto, mas estes estavam todos fechados. E quando as águias se soltam, é um problema.
A figura: Gaitán
Este já dá baile de olhos fechados
Terá realizado, muito provavelmente, um dos melhores jogos com a camisola dos encarnados, à semelhança das últimas partidas. Na ausência de Saviola, parecia ser ele que conhecia Pablo Aimar há muitos anos. Com El Mago, jogou quase de olhos fechados; com Fábio Coentrão, fez uma ala esquerda a cem à hora, revelando-se uma permanente dor de cabeça para o adaptado lateral-direito Boulahrouz, que só o conseguia parar recorrendo a inúmeras faltas, muitas que o árbitro nem assinalou. O internacional argentino está cada vez mais afeiçoado à ala esquerda e à função de extremo, e faz com que todos esqueçam que é no centro do terreno, a 10, que se sente bem mais à vontade. Os 8,4 milhões que os encarnados gastaram na sua contratação parecem uma ninharia comparados com o futebol que este argentino demonstra cada vez mais.
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