Júlio Rodrigues, Albertina Pereira e Jaqueline da Silva são três cabo-verdianos dos 12 empresários norte-americanos que estiveram esta semana no país. Querem investir em Cabo Verde para, como refere Júlio Rodrigues, “trazer uma vida melhor para os cabo-verdianos”.
A ideia de juntar um grupo de empresários para virem investir em Cabo Verde partiu do próprio Júlio Rodrigues. Usou os seus contactos e conseguiu reunir este grupo de bancários, homens de negócios ligados à construção civil, à hotelaria, saúde, energias e educação.
O líder do grupo, o presidente da Câmara do Comércio da cidade de Brockton, Chistopher Cooney, cidade de onde todos os empresários são provenientes, diz que a construção da primeira escola americana em Cabo Verde “está certamente na nossa mente”.
Outro dos objectivos destes empresários é abrir um banco em Cabo Verde. “Se muitos cabo-verdianos metem lá dinheiro (no banco Harber One) por que não abrir um banco em Cabo Verde?”, questiona Júlio Rodrigues. Presidente do Cape Vert Wind, empresa ligada às energias renováveis, Júlio Rodrigues tem um projecto de dessanalização e energia em Santa Cruz que, segundo a sua previsão, deve arrancar dentro de um mês.
Já Albertina Pereira, cabo-verdiana nascida na ilha do Fogo, tem como objectivo abrir uma farmácia e um laboratório em Cabo Verde. Após constatar as carências do país, quer trazer mais saúde aos seus compatriotas.
Jaqueline da Silva, enfermeira, também quer intervir na área da saúde. Como os outros empresários, veio para Cabo Verde explorar as oportunidades de negócio. Preocupada com a qualidade de saúde que os pacientes recebem em Cabo Verde, quer abrir uma empresa de consultoria para treinar as pessoas na prevenção de doenças, educá-las e mantê-las constantemente actualizados, a par das novidades. Chistopher Cooney referiu que em Dezembro devem chegar mais empresários americanos ligados à saúde, pública e privada, também com o objectivo de investirem no país.
Todos estes empresários planeiam vir mais vezes a Cabo Verde. É o caso de Jass Stewart, membro do Conselho Municipal da cidade de Brockton. “Estive no país em 2010 e fiquei fascinado pelas oportunidades que Cabo Verde tem”, afirmou.
“Dentro de quatro/cinco semanas chegam mais empresários americanos”, referiu Júlio Rodrigues. Fez questão de notar que isto é uma forma da América contribuir para economia de Cabo Verde e isto “é apenas o início”, sublinhou.
Nesta estada em Cabo Verde, os empresários norte-americanos encontraram-se com o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, com a ministra das Finanças, Cristina Duarte, com empresas nacionais como a Tecnicil e com os bancos BCN e Caixa Económica. Alguns empresários partiram sexta-feira, enquanto outros foram ainda à ilha do Sal, um mercado em que têm interesse.
A vinda destas empresas a Cabo Verde pode constituir um contributo decisivo para a empregabilidade dos cabo-verdianos, pontua Júlio Rodrigues. "Este é um acontecimento importante para o estreitar das relações entre Cabo Verde-Estados Unidos da América", asseguram todos,.
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