Filho do arquitecto Nuno Portas e da colunista Helena Sacadura Cabral, irmão de Paulo Portas - que abandonou ontem as Jornadas Parlamentares do CDS nos Açores, viajando para a Bélgica - e de Catarina Portas, pai de André e Frederico Portas, Miguel cumpria o seu segundo mandato como eurodeputado do BE, tendo obtido como cabeça-de-lista o melhor resultado de sempre do partido nas últimas eleições europeias. O irmão pelo qual o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, disse um dia numa entrevista na televisão ser capaz de se atirar a um poço -e vice-versa - tinha 53 anos e integrou o movimento Política XXI a partir de 1994, uma tendência que viria a ser englobada no Bloco de Esquerda, mas afastada da direcção.
Ao contrário de Francisco Louçã, defendia que o BE deveria procurar entendimentos à esquerda - incluindo o PS - para formar governo a médio ou longo prazo.
A sugestão do "amigo libanês", que publicou no Facebook, revelava mais um dos grandes amores de Miguel Portas, depois da família, do jornalismo e da política: a região do Mediterrâneo, destino de muitas viagens e tema de dois dos seus livros.
PERFIL
Nasceu em Lisboa a 1 de Maio de 1958 e licenciou-se em Economia pelo ISEG em 1986, o mesmo ano em que assumiu a direcção da revista cultural ‘Contraste'. Redactor e depois editor internacional no semanário ‘Expresso' (1988), dirigiu ainda o semanário ‘Já', em 1996. Detido pela PIDE aos 15 anos, a política tornou-se na sua ocupação principal, depois de ser eleito ao Parlamento Europeu, em 2004, com 4,92% - e reeleito, em 2009, com 10,73%.
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