terça-feira, 17 de abril de 2012

Taur Matan Ruak é o novo Presidente de Timor-Leste

O ex-chefe das Forças Armadas timorenses, Taur Matan Ruak, foi eleito o novo Presidente de Timor-Leste na segunda volta das presidenciais, de acordo com os resultados difundidos nesta terça-feira pelo secretariado eleitoral.


Taur Matan Ruak conquistou 61,23% dos votos, ao passo que o seu adversário, o ex-presidente do Parlamento Francisco Lu Olo Guterres (apoiado pela histórica Fretilin – Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente) se ficou pelos 38,77% dos votos.
A participação cifrou-se nos 73%, especificou o secretário eleitoral.
Estes resultados, com base na totalidade dos votos, deverão ainda ser validados pelo sistema judicial timorense. Os resultados oficiais e definitivos não serão anunciados antes do final da semana.
O novo Presidente de Timor-Leste acredita que conseguirá replicar na política a "transição bem sucedida" que conduziu nas Forças Armadas e não deixará que o país se descontrole, como aconteceu na Guiné-Bissau.
O general e antigo chefe das Forças Armadas de Timor-Leste, 56 anos, quer ser um exemplo para os mais novos. "Acredito nos jovens que estão aqui", afirmou, a 8 de Fevereiro, após anunciar a sua candidatura às presidenciais, que acabou por vencer agora, à segunda volta, contra Francisco Lu Olo Guterres e de ter destronado, na primeira volta, o Presidente em funções, José Ramos-Horta, Nobel da Paz em 1996.
Na mesma altura, o ex-chefe das Forças Armadas disse que recebeu três pedidos dos cidadãos timorenses para o futuro: prosperidade, grandes mudanças e transição geracional. Também lhe pediram um "pensamento estratégico com grandes linhas de orientação" para o desenvolvimento do país nos próximos 20 anos e uma liderança forte, que inspire os timorenses e contribua para "prestigiar o povo", relata ainda a Lusa.
Taur Matan Ruak, nome de guerra de José Maria de Vasconcelos, líder da ala militar da Resistência na fase final da ocupação, chefe do Estado-Maior até Setembro do ano passado, contou também com o seu prestígio militar. Na campanha manifestou-se – tal como Lu-Olo – preocupado com a corrupção e os sinais exteriores de riqueza, que pretende ver investigados, e defendeu o serviço militar obrigatório para os jovens com mais de 18 anos.
A 7 de Julho os timorenses vão novamente às urnas eleger um novo Parlamento.

Sem comentários:

Enviar um comentário