quarta-feira, 11 de abril de 2012

PCCS DE JMN VISA RESOLVER O PROBLEMA DOS “BOYS” E DAS “GIRLS”…

«Esse 'laisser faire, laisser passer' do MpD é bem pior que o fazer de errado o PAICV», escreve o/a leitor/a "Antónia" em comentário ao nosso artigo “Modesto apresentou ‘versão zero’ do PCCS”

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Lamentavelmente o MpD é sempre atrasado em reagir às políticas e propostas erradas deste Governo, dando a nítida impressão de ser um partido fadado à contemplação e só reage depois de ponderar as perdas e os ganhos de tal uma reação pública. É incompreensível que o MpD precise de mais de 48 horas para estudar um documento de 36 páginas e dele extrair todo lixo e apresentar esse mesmo lixo ao povo e, de queda, dizer: povo, eu faria diferente porque isso daqui não serve. Esse “laisser faire, laisser passer” do MpD é bem pior que o fazer de errado o Paicv. Com efeito, esse Plano de Carreiras da Administração Pública, em 36 páginas, só pode ser mais uma chacota do JMN, igual ao plano de cargos que ele fez para uma empresa pública de Cabo Verde e que nunca chegou a ser implementado, devido às suas incongruências insanáveis. Tratou-se naquela altura da pior consultoria em matéria da gestão dos recursos humanos jamais realizada em Cabo Verde, por um graduado em Administração Pública. As 36 páginas que o Romeu apresentou em nome do seu ex-colega da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, JMN, visam, no essencial, resolver os grandes problemas dos boys e girls que o Paicv colocou nas altas e nas intermédias chefias da administração pública, sem concursos, sem consignação de vagas, sem orçamento, e necessidade aparente, resultando num processo de engorda do Estado, sem resultados ao nível da produtividade para o Estado e para sociedade. Há direções gerais que funcionam com o DG, obviamente, uma secretária, um motorista. Há departamentos do Estado que funcionam só com o seu DG, que foi trazido às presas de Coimbra, no dia seguinte à sua formatura. São centenas de meninos e meninas, recrutados, nas portas das faculdades, em que o critério fundamental era: “na quem qui nhos ta vota?” São pessoas que chegaram ao cargo de diretor geral, diretor de serviço, presidente de instituto, logo no seu primeiro emprego. Nossa administração até paga bem as suas lideranças (partidarizadas), não protege o corpo da administração, frustrando os competentes. JMN não tem condições para resolver os grandes problemas da administração, pelas mesmas razões que o Paicv impediu a Renato Cardoso de reformar a administração pública. Certa vez, perguntaram ao Renato quais eram os maiores entraves à reforma da administração e a resposta não poderia ser mais paradigmática: - o Paicv. Renato era Secretário de Estado, assessorado por Alfredo Teixeira, Yolanda Livramento e outros jovens talentos. O diretor geral do CENFA, aquém competia implementar, na prática, a reforma, nem mais, nem menos que José Maria Neves, em pessoa. Por isso, JMN deve apenas dar uma única garantia à sociedade: de que sai governo, entra governo, sai ministro, entra ministro, o DG é a garantida da continuidade do Estado. Só isso e isso já é pedir demais! Acontece que, para os partidos como o Paicv, o Estado pode assumir diferentes cores, emblemas, ideologias e funcionalidades políticas. E é sobre isso que ainda se espera coragem do MpD para reagir, ou então que se cale, para sempre! É que, paradoxalmente, só o MpD acredita que as 36 páginas feitas à pressa irão resolver os problemas que o Paicv levou 12 anos a criar.

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