"Ridículo, contraproducente e estúpido". Foi desta forma que o porta-voz do Departamento de Estado, Philip J. Crowley, criticou publicamente o Pentágono, na passada sexta-feira, pelas condições da detenção do soldado Bradley Manning, acusado de passar ao site WikiLeaks milhares de mensagens diplomáticas e documentos militares confidenciais.
Philip Crowly não resistiu ao impacto das suas críticas e ontem, dois dias depois, apresentou a renúncia ao cargo. Esta é a primeira baixa na administração de Barack Obama causada pelo WikiLeaks.
"Considerando o impacto de minhas observações, pelas quais assumo inteira responsabilidade, apresentei a minha demissão ao cargo de porta-voz do Departamento de Estado", anunciou Philip Crowley num comunicado divulgado pelo Governo americano.
Nesse comunicado, a secretária de Estado, Hillary Clinton, revela ter aceite o pedido de demissão de Crowley, de quem destaca "a profunda dedicação ao serviço público e da diplomacia" dos EUA. O cargo será interinamente desempenhado pelo adjunto de Crowley, Mike Hammer.
No dia 2 de Março, recorde-se, o soldado americano Bradley Manning foi preso por ter fornecido ao site WikiLeaks milhares de documentos confidenciais. Aos 23 anos, o soldado foi acusado de 22 crimes, entre os quais "conluio com o inimigo", e poderá vir a ser condenado à prisão perpétua.
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