segunda-feira, 7 de março de 2011

Regime de Khadafi oferece diálogo aos rebeldes

Conselho Nacional Líbio não aceita menos do que a demissão do líder líbio
O regime líbio fez hoje uma oferta de “diálogo” ao movimento rebelde no país, no mais claro sinal de disponibilidade de Muammar Khadafi em negociar uma solução de compromisso quando a convulsão no país entra hoje no 21º dia consecutivo e as duas facções prosseguem violentos combates no terreno.
Al-Talhi não avançou que concessões está Khadafi disposto a fazer 
Al-Talhi não avançou que concessões está Khadafi disposto a fazer 


Antigo primeiro-ministro (na década de 1980) Jadallah Azous Al-Talhi, oriundo do Leste da Líbia – que está em boa parte controlado pela rebelião – foi à televisão estatal propor aos anciões de Bengasi, a “casa-forte” dos rebeldes, que “dêem uma hipótese ao diálogo nacional para resolver a crise, para parar o derramamento de sangue, e não dar margem de manobra a que estrangeiros capturem o país outra vez”.

Neste apelo Al-Talhi não avançou que concessões está Khadafi disposto a fazer, mas a sua transmissão pela profundamente controlada televisão estatal é sinal de que a proposta é sancionada pelo regime líbio – o qual, até agora, não mostrara ainda grande interesse em entrar em quaisquer conversações, antes manteve sempre uma posição belicosa e de desafio aberto, descrevendo os rebeldes como não mais do que jovens armados sob a influência de drogas alucinógeneas e manipulados pela Al-Qaeda.

A resposta de Bengasi, onde a rebelião criou um Conselho Nacional Líbio (como “cara política” do movimento rebelde), não se fez esperar: “Conheço bem Al-Talhi e ele é muito respeitado na Líbia, como alguém que enfrentou Khadafi, mas nós já deixámos bem claro que quaisquer negociações têm que assentar na base de que Khadafi se afasta [do poder]”, frisou um dos membros de topo do conselho, Ahmed Jabreel, citado pela agência noticiosa britânica Reuters.

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