quarta-feira, 23 de março de 2011

Três barragens começam a ser construídas em Santiago

 

O Dia Mundial da Água, 22, trouxe boas notícias para Cabo Verde. As barragens de Salineiro, Saltinho e Faveta, todas elas em Santiago, começam a ser construídas nos primeiros dias de Abril. Até 2015, a maior ilha do país terá seis destas infra-estruturas.

Três barragens começam a ser construídas em Santiago 
 
A par das três barragens cuja construção deve arrancar nos próximos dias na ilha de Santiago (o dinheiro chegou à empresa construtora Armando Cunha na última sexta-feira, 18), outras três vêm a caminho. São elas: a Barragem de Barca Furada, em São Nicolau; a de Canto da Cagarra, em Santo Antão; e a de Figueira Gorda, Santa Cruz, Santiago.
Esta última, próxima da maior empresa agrícola do país, a Justino Lopes, irá ajudar a reanimar a actividade agrícola neste espaço, sendo intenção do governo instalar lá várias outras explorações relacionadas com o sector alimentar.
Além destas infra-estruturas, fazem parte do mesmo pacote de 5 milhões, 691 mil contos - resultante de um crédito concessional do Governo de Portugal - 19 diques na Ilha do Maio, 10 na Boa Vista e 70 perfurações em Santiago, São Vicente, Maio e Fogo. Há ainda a instalação de cinco sistemas de bombagem de água - dois em Santo Antão, um nos Picos (Santiago), um no Fogo e outro em São Nicolau.
Neste momento, o Estado de Cabo Verde submeteu mais dois projectos de barragens ao BADEA (o Banco para o Desenvolvimento Económico em África) que está a ultimar o seu processo de financiamento. Com o desbloquear da verba do BADEA teremos as barragens de Principal e Flamengos, sendo que esta última irá roubar o estatuto de maior barragem do país ao Poilão, pois terá mais capacidade de armazenamento de água.
A construção destas infra-estruturas hídricas transformará Cabo Verde de país em constante stress hídrico num dos mais ricos em termos de água por habitante. Isso, além de vir alterar de forma drástica os sectores como a agricultura, o abastecimento de água às populações e até travar o êxodo rural, criando condições para o desenvolvimento de várias áreas económicas no interior.
O tempo médio para a construção deste tipo de barragem é de dois anos.

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